sábado, junho 30, 2007
(1223) VOZES INSUSPEITAS (3)
" ... para além de algumas minudências e teimosias, o Tratado Modificativo ou da Reforma venha buscar a sua inspiração e conteúdo à quase totalidade do Tratado Constitucional. Dir-se-á sempre, gostem ou não os eurocépticos ou os oportunistas, que o Futuro Tratado será um descendente, na linha recta e em primeira criação, do que aparentemente se extinguiu. Não será tão perfeito, tão exigente, coerente e arrojado como o seu antecessor. Nem sequer herdará a sua estética e a emoção que transmitia sobre o destino da Europa. Mas é fiel aos princípios que lhe ensinaram os seus progenitores convencionais em 2003 e aos votos com que o brindaram todos os Estados-Membros da União, em Roma, no Outono de 2004. "
Luís Marinho, no Diário Económico.
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(1222) INTERNACIONALIZAÇÃO
O Tomar Partido lá se vai internacionalizando aos poucos. Brasil, Argentina, Itália. Nas respectivas secções de ligações podem encontrar-se agora El Opinador Compulsivo, da Argentina, Ação Humana, do Brasil e Importanza dele Parole, da Itália. Tudo boa gente a visitar.
(1221) O PS, HOJE
"O PS, que os portugueses se habituaram a ver como o defensor da liberdade e da democracia, não passa hoje de um partido intolerante e persecutório, que age por denúncia e tem uma rede potencial de esbirros, pronta a punir e a liquidar qualquer português por puro delito de opinião." Vasco Pulido Valente, no Público. Subscrevo. E acrescento: não passa hoje de um partido cuscovilheiro, sempre pronto a deitar os olhos para dentro da intimidade da vida privada dos cidadãos.
(1219) AO LONGO DOS TEMPOS
(Teatro São Carlos)
Neste dia, em 1097, dá-se a batalha de Niceia, da I Cruzada. Em 1487, é publicado o primeiro livro impresso em Portugal, intitulado em hebraico "Pentateuco", actualmente no Museu Britânico, em Londres. Em 1686, a Royal Society autoriza a publicação do primeiro dos três volumes dos "Principia" de Isaac Newton ("Princípios Matemáticos da Filosofia Natural"), com o patrocínio do astrónomo Edmond Halley. A primeira edição integral apareceria a 05 de Julho de 1687. Em 1793, é inaugurado o Teatro de S.Carlos, Lisboa, com a exibição de "Amore e Riconoscenza". Em 1798, é fundada a Sociedade Real Marítima, Militar e Geográfica. Em 1805, morre, em Lisboa, o intendente-geral da polícia Pina Manique, impulsionador da Casa Pia. Em 1860, são abolidos os morgados e capelas existentes em Portugal. Em 1878, é inaugurada a ponte de Viana do Castelo, construída pela firma Eiffel. Em 1906, são fizadas as fronteiras territoriais da zona demarcada do Douro. Em 1913, é criada a Faculdade de Ciências Económicas e Políticas, dirigida por Afonso Costa. Em 1918 tomará o nome de Faculdade de Direito de Lisboa. Em 1930, são lançadas as bases da União Nacional, partido único da ditadura do Estado Novo de Oliveira Salazar. Em 1934, dá-se a "Noite das facas longas", na Alemanha nazi. Adolf Hitler, Goering e Himmler ordenam a morte dos dirigentes da tropa de choque SA. Em 1936, é publicado o romance "E Tudo o Vento Levou", da escritora norte-americana Margaret Mitchell. Em 1941, tropas romenas, sob a orientação das forças nazis de ocupação, matam 10 mil judeus, nas principais cidades do país. Em 1942, o jornal britânico Daily Telegraph começa a publicar o "dossier" que denuncia a morte de um milhão de judeus, até à data, pelas forças nazis, nos países ocupados. Em 1960, é proclamada a independência do Congo Belga, depois Zaire, actualmente República Democrática do Congo. Em 1963, é entronizado o Papa Paulo VI. Em 1971, os astronautas da Soyuz 11 são encontrados mortos, no regresso da nave à Terra. Em 1987 , o Soviete Supremo aprova a proposta de reforma de Mikhail Gorbachov, que estabelece nova gestão económica e a primeira legislação da URSS sobre os direitos humanos. Em 1991, Portugal ganha, pela segunda vez, o título de Campeão Mundial de Futebol em Sub-20. Em 2006, demite-se o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros Freitas do Amaral, por motivos de saúde. Sucede-lhe Luís Amado, ministro da Defesa, que é substituído por Nuno Severiano Teixeira.
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sexta-feira, junho 29, 2007
(1218) VAMOS VER SE MUDA OU NÃO MUDA
O resultado desta sondagem é um produto de muita coisa junta. Os disparates que s efazem não se traduzem logo nas sondagens, demoram um certo tempo a amadurecer. Certamente que a partir de hoje, casos como a implantação do deserto na margem sul, da DREN ou do centro de Saúde de Vieira do Minho, para já não falar em alguns procesos judiciais seriam tratados de outra maneira. O que surpreende na sondagem é que a descida aos infernos de Sócrates e do PS faz-se por si, sem oposição eficaz. Veremos daqui em diante se mudam ou não mudam certas coisas.
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(1217) VOZES INSUSPEITAS (2)
"As grandes inovações do falhado tratado constitucional de 2004 permanecem no novo tratado: personalidade jurídica da UE, alargamento das matérias a decidir por maioria qualificada (em vez da unanimidade), regra da dupla maioria, diminuição da composição da Comissão, ampliação das funções legislativas do Parlamento europeu, reforço da intervenção dos parlamentos nacionais, presidência estável da UE (presidente do Conselho europeu), ministro dos negócios estrangeiros (rebaptizado "alto representante"), força vinculativa da Carta de Direitos Fundamentais da UE.O saldo é portanto positivo."
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(1216) VOZES INSUSPEITAS (1)
"António Vitorino alerta para a “negociação trabalhosa” que vem aí na conferência intergovernamental. E tendo em conta que todos os partidos se comprometiam a referendar o tratado constitucional, Vitorino, que acompanha desde o início do processo constitucional,avisa agora que “o mandato cobre 80%” desse texto. Para bom entendedor, meia palavra basta."
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(1215) O EURO 2007
José Sócrates quer fazer da Presidência portuguesa do Conselho da União Europeia o seu Euro-2007. Assim mais ou menos seis meses com bandeirinhas à janela e, sobretudo, sem qualquer manifestação de discordância sobre o treinador, os jogadores e o modo como a equipa joga. Corra bem ou mal, o que é preciso é aplaudir, incensar, endeusar. Em 2004 quem criticava Scolari era quase descendente em linha recta de Miguel de Vasconcelos. Em 2007, quem ousar discordar da Presidência, quem ousar criticar o Governo, quem ousar discutir assuntos que não aqueles que a Presidência entende que se devem discutir comete, para Sócrates, um crime de lesa-Pátria.
Esta postura revela bem o provincianismo político do Primeiro-Ministro, mas, sobretudo, constitui uma tentativa inaceitável de condicionamento do debate político. Já o líder parlamentar do PS, em linha com a obediência às directrizes do seu Comité Central entende que discutir agora a possibilidade de um referendo ao futuro tratado europeu é uma questão minúscula, que não deve ser discutida. «Será um apoucamento provinciano antepor a estas grandes questões que são planetárias esta questão do minúscula e fora de tempo que é ratificar ou não um tratado», afirmou Alberto Martins. Provinciana é a postura deste outrora campeão de pedir a palavra para falar em frente aos poderosos.
Na cimeira de Bruxelas, os 27 decidiram excluir as palavras e manter a substância da Constituição europeia. No fundo tratou-se apenas de uma negociação de vocabulário. Depois da Agenda de Lisboa, que teve o sucesso que se sabe, os 27 decidiram tentar instituir a Constituição de Lisboa, esperamos nós que com o mesmo sucesso da Agenda. Mas para isso vai ser necessário um enorme combate político. Esse combate tem de derrotar ideias feitas do europês corrente, alimentado por um sistema de órgãos de comunicação social à escala europeia, que recebe dinheiro da Comissão Europeia para fazer programas de europês de massas, mera propaganda paga. Só entre 203 e 2006, a Comissão Europeia gastou 1, 707 milhões de euros a financiar programas sobre temas europeus nas estações de rádio e de televisão portuguesas ( SIC Notícias, RTP N, RTP Madeira, RTP 2, TSF, RR, RDP e R. Paris Lisboa).
Um exemplo desse europês corrente é a ideia segundo a qual a Europa só avança se se fizer, no mínimo, um tratado novo para aí de dois em dois anos. Se tal não suceder a Europa estagna. Esta ideia feita tem por finalidade a extinção dos Estados e a instituição de uma Europa federal. É uma evidência que não sucedeu nada de mal à Europa depois da humilhação nas urnas holandesas e francesas da primeira versão da constituição europeia. Outro exemplo desse europês corrente é a ideia de que os Estados que defendem os seus interesses, supremo pecado, são contra o avanço da Europa. Esta ideia primária esconde que todos os Estados fazem exactamente o mesmo, cada um à sua maneira e com o seu estilo. É certo que há Estados que o fazem menos e Estados que o fazem mais. Mas todos fazem.
Com a perspectiva da Presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, José Sócrates regressou feliz da cimeira. Infelizmente, não podemos acompanhar José Sócrates nem na felicidade nem nas graves afirmações que proferiu quando confrontado com a promessa que fez aos portugueses de referendar o próximo tratado europeu.
Já toda a gente percebeu que há uma tentativa de intromissão nos assuntos internos dos Estados no sentido de impedir a realização de referendos, que como se viu, podem estragar as mais reluzentes ilusões. Os jornais têm dado conta das pressões de Durão Barroso, um federalista empedernido e um alto funcionário dos Estados em Bruxelas obediente, no sentido de não se fazer o referendo prometido em Portugal pelo PS e pelo PSD. De Cavaco Silva nem se fala. E Sócrates está no bolso.
Aproximam-se dias difíceis. É verdade que os símbolos têm uma função. Mas também a verdade é que a substância sem os símbolos é tão má como com eles. O futuro tratado consagrará 80, 90 ou quase 100%, consoante a lupa do analista, da Constituição europeia derrotada em referendo. Há que dar a palavra aos cidadãos, essa maçada de que os políticos do sistema não gostam.
Esta postura revela bem o provincianismo político do Primeiro-Ministro, mas, sobretudo, constitui uma tentativa inaceitável de condicionamento do debate político. Já o líder parlamentar do PS, em linha com a obediência às directrizes do seu Comité Central entende que discutir agora a possibilidade de um referendo ao futuro tratado europeu é uma questão minúscula, que não deve ser discutida. «Será um apoucamento provinciano antepor a estas grandes questões que são planetárias esta questão do minúscula e fora de tempo que é ratificar ou não um tratado», afirmou Alberto Martins. Provinciana é a postura deste outrora campeão de pedir a palavra para falar em frente aos poderosos.
Na cimeira de Bruxelas, os 27 decidiram excluir as palavras e manter a substância da Constituição europeia. No fundo tratou-se apenas de uma negociação de vocabulário. Depois da Agenda de Lisboa, que teve o sucesso que se sabe, os 27 decidiram tentar instituir a Constituição de Lisboa, esperamos nós que com o mesmo sucesso da Agenda. Mas para isso vai ser necessário um enorme combate político. Esse combate tem de derrotar ideias feitas do europês corrente, alimentado por um sistema de órgãos de comunicação social à escala europeia, que recebe dinheiro da Comissão Europeia para fazer programas de europês de massas, mera propaganda paga. Só entre 203 e 2006, a Comissão Europeia gastou 1, 707 milhões de euros a financiar programas sobre temas europeus nas estações de rádio e de televisão portuguesas ( SIC Notícias, RTP N, RTP Madeira, RTP 2, TSF, RR, RDP e R. Paris Lisboa).
Um exemplo desse europês corrente é a ideia segundo a qual a Europa só avança se se fizer, no mínimo, um tratado novo para aí de dois em dois anos. Se tal não suceder a Europa estagna. Esta ideia feita tem por finalidade a extinção dos Estados e a instituição de uma Europa federal. É uma evidência que não sucedeu nada de mal à Europa depois da humilhação nas urnas holandesas e francesas da primeira versão da constituição europeia. Outro exemplo desse europês corrente é a ideia de que os Estados que defendem os seus interesses, supremo pecado, são contra o avanço da Europa. Esta ideia primária esconde que todos os Estados fazem exactamente o mesmo, cada um à sua maneira e com o seu estilo. É certo que há Estados que o fazem menos e Estados que o fazem mais. Mas todos fazem.
Com a perspectiva da Presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, José Sócrates regressou feliz da cimeira. Infelizmente, não podemos acompanhar José Sócrates nem na felicidade nem nas graves afirmações que proferiu quando confrontado com a promessa que fez aos portugueses de referendar o próximo tratado europeu.
Já toda a gente percebeu que há uma tentativa de intromissão nos assuntos internos dos Estados no sentido de impedir a realização de referendos, que como se viu, podem estragar as mais reluzentes ilusões. Os jornais têm dado conta das pressões de Durão Barroso, um federalista empedernido e um alto funcionário dos Estados em Bruxelas obediente, no sentido de não se fazer o referendo prometido em Portugal pelo PS e pelo PSD. De Cavaco Silva nem se fala. E Sócrates está no bolso.
Aproximam-se dias difíceis. É verdade que os símbolos têm uma função. Mas também a verdade é que a substância sem os símbolos é tão má como com eles. O futuro tratado consagrará 80, 90 ou quase 100%, consoante a lupa do analista, da Constituição europeia derrotada em referendo. Há que dar a palavra aos cidadãos, essa maçada de que os políticos do sistema não gostam.
(publicado na edição de hoje do Semanário)
(1214) CASTELO DE CONTRADIÇÕES
O presidente da Câmara de Castelo de Paiva, Paulo Teixeira, eleito pelo PSD, que admitiu ser arguido em pelo menos 21 processos judiciais, garantiu esta semana que o líder do seu partido o convidou para se recandidatar à autarquia em 2009. Estas declarações do autarca foram proferidas em sessão pública da Câmara. Mais, para que não restassem dúvidas, o autarca sublinhou que Luís Marques Mendes «não telefonou a anular o convite», feito «em almoço privado».
Recentemente, num acórdão datado do passado dia 06, o Tribunal da Relação do Porto considerou «manifestamente improcedente» um recurso de Paulo Teixeira, que queria evitar o seu julgamento num processo por burla qualificada e falsificação de documentos. O autarca é arguido neste processo por alegadamente ter vendido, como se fossem seus, terrenos que a sua família já teria transaccionado com a Câmara Municipal para reinstalar a feira local.
Tentando desvalorizar a decisão da Relação do Porto, Paulo Teixeira disse dia 13, ao Diário de Notícias, que era arguido em 21 processos, e posteriormente, em sessão de câmara, admitiu que até podem ser em mais. “Não sei se são 21 ou 30. Até podem ser 50. Não é por isso que vou deixar de dormir descansado», afirmou o autarca social-democrata, após um repto da oposição socialista para clarificar a matéria desses processos. Paulo Teixeira disse ainda que quando se candidatou à autarquia, em 2001 e 2005, já era arguido em processos judiciais. Paulo Teixeira assegurou ainda que vai terminar o mandato para que foi eleito em 2005. «Posso ir a tribunal, mas vou terminar o mandato para o qual fui eleito em 2005, mesmo que os socialistas falem do assunto 500 vezes em sessão de Câmara», garantiu.
Este caso, embora haja outros, é paradigmático da falta de critério e de coerência de Marques Mendes. Um arguido, qualquer arguido, é inocente, até trânsito em julgado de sentença condenatória. Na política, o problema é a falta de credibilidade para gerir a coisa pública que está em causa nas situações em que os autarcas se encontram nesta situação.
Para Marques Mendes, Valentim Loureiro e Isaltino Morais não serviram por não serem credíveis, mas Paulo Teixeira já serve e já é credível. O problema de Marques Mendes não está nas decisões que toma. Está, sim, nas que não toma.
O balanço é um mar de contradições, ou melhor, mais propriamente, um castelo de contradições. É pena. Portugal precisa de consequência na limpeza da vida pública. Mas já se percebeu que com o PSD, essa consequência tem dias. Que é como quem diz, é só para alguns e não para todos.
O balanço é um mar de contradições, ou melhor, mais propriamente, um castelo de contradições. É pena. Portugal precisa de consequência na limpeza da vida pública. Mas já se percebeu que com o PSD, essa consequência tem dias. Que é como quem diz, é só para alguns e não para todos.
(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)
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(1213) COISAS INTEMPORAIS
A UNESCO designou mais dez locais como Património Mundial da Humanidade. Vale a pena dar uma vista de olhos, no mínimo e ir lá, no máximo.
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quinta-feira, junho 28, 2007
(1212) CONVERGÊNCIAS
"Dois países extremamente ricos do ponto de vista das riquezas naturais, mergulhados na corrupção e onde a maioria das populações vive na miséria. Putin e Chávez precisam mesmo de trocar experiências.", José Milhazes, no Da Rússia.
(1211) SEM COMENTÁRIOS
Notícia da TSF, sem comentários!
"Abílio Curto, presidente da Câmara da Guarda durante 19 anos e condenado por corrupção a uma pena de dois anos de prisão efectiva, garantiu esta quinta-feira que aceitar ofertas económicas é uma prática generalizada na classe politica.Em declarações à Rádio Altitude da Guarda, o antigo presidente da autarquia da Guarda disse que ainda hoje é comum os autarcas receberem contribuições de empresários, que acabam por financiar as campanhas, nomeadamente as dos candidatos autárquicos.«Que venha um só candidato a dizer-me que não é assim ainda hoje», desafiou Abílio Curto, acrescentando que as ajudas financeiras passam sobretudo por «carros emprestados, dinheiro para a campanha ou dinheiro para combustíveis».Abílio Curto foi o primeiro autarca em Portugal a cumprir uma pena de prisão, depois de ter sido detido em 1995 por suspeita de gestão danosa na construção do matadouro regional da guarda.O socialista foi também indiciado por corrupção passiva, sendo que em 1998 o tribunal deu como provado que tinha recebido dez mil euros de empresários locais.No processo do matadouro ainda existem recursos pendentes, mas o tribunal determinou, em primeira sentença, a devolução de 455 mil euros que o tribunal teria recebido indevidamenteAbílio Curto adiantou ainda que, nessa altura, foi aconselhado por vários magistrados a sair do país para não cumprir a pena de prisão e que foi preso por um crime que não cometeu. «Se me tivesse abotoado com esses milhões, acham que eu andava aí?», questionou.«Custa muita que alguém com grandes responsabilidades no partido que ainda hoje tem», nomeadamente o presidente do PS, Almeida Santos, «me tenha dito que fui escolhido para ser o bode expiatório dos políticos portugueses», acrescentou, questionando porque foi ele o escolhido para tal."
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(1210) DE MAL A PIOR
A directora do Centro de Saúde de Vieira do Minho, Maria Celeste Cardoso, foi exonerada pelo ministro da Saúde por não ter retirado do centro um cartaz que apresentava declarações de Correia de Campos "em termos jocosos". Muito gostava eu de saber o que dizia jocosamente o cartaz. Alguém sabe? A propósito, que é feito do processo disciplinar da DREN que Cavaco Silva, já lá vai uma eternidade, queria ver rapidamente resolvido?
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Correia de Campos
(1209) DIA DE VETERANOS
Rui Cerdeira Branco, do Adufe, também celebra hoje quatro anos de actividade blogueira. Mais um a merecer reconhecimento e felicitações.
(1208) DISPARATES
Parece que alguém se lembrou que deveria passar a poder despedir-se alguém por incompetencia. Não sei quem se foi lembrar desta aberração. Aliás, dupla. Despedir, uma. Por incompetência, outra. Os despedimentos deviam ser proibidos. Assim se alcançaria a perfeição terrena e a miséria também. Que melhor estádio para alcançar a verdadeira sociedade sem classes? Não há. E por incompetência? Disparate total. Se o trabalhador é incompetente a culpa é obviamente do patrão (já Rousseau previra que os trabalhadores nascem todos bons e que os patrões é que os estragam) e, consequentemente, a solução deveria ser puni-lo, entregando a gestão ao incompetente trabalhador e remeter o malandro do patrão ao posto de trabalho do trabalhador (embora subsistisse sempre para resolver o problema de saber quem foi o malandro que estragou o patrão). Afinal, a felicidade é tão fácil e anda para aí uma cambada a querer complicar.
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Despedimentos
(1207) MERA NEGLIGÊNCIA
David Afonso, que tive o prazer de conhecer pessoalmente, já depois de com ele e outros ter colaborado n'O Eleito, num debate na E. S. Filipa de Vilhena, no Porto, anunciou que vai e não volta. É pena, embora me pareça que se trata de uma baixa no Dolo Eventual imputável a mera negligência do agente. Sendo assim, resta ter esperança que a negligência passe e o doloso regresse, apesar da veemência do anúncio. De qualquer forma, o Dolo continua ser dos preferidos cá da casa.
(1206) OS CARNEIROS
(Rebanho)
A discussão sobre a batota em curso, preparada meticulosamente por Durão Barroso, Cavaco Silva e José Sócrates, de não cumprir a promessa de referendar o próximo tratado europeu, tem desviado as atenções de outro assunto grave.
Em Portugal nenhuma instituição, das que tem responsabilidades, é capaz de mexer um dedo para debater publicamente e com transparência a substância das posições do Estado em matéria europeia. Ninguém sabe o que o Governo defendeu na cimeira de Bruxelas. Ninguém sabe o que defenderá na Conferencia Inter-Governamental de Outubro. Ninguém sabe o que Cavaco Silva defende que se devia fazer no tratado. Ninguém sabe o que o PS, o PSD e o CDS defendem em matéria de revisão de tratados.
José Sócrates fica feliz por ter sido o notário escolhido para o negócio. Os portugueses, esses, são tratados como um rebanho de carneiros, a quem não se deve prestar contas e que se sabe de antemão que não protestarão, salvo uns empedernidos párias que não têm mais nada que fazer senão maçar Suas Excelências com pormenores. Suas Excelências estão a precisar de outro valente susto, já que parece terem esquecido os sustos francês e holandês.
Em Portugal nenhuma instituição, das que tem responsabilidades, é capaz de mexer um dedo para debater publicamente e com transparência a substância das posições do Estado em matéria europeia. Ninguém sabe o que o Governo defendeu na cimeira de Bruxelas. Ninguém sabe o que defenderá na Conferencia Inter-Governamental de Outubro. Ninguém sabe o que Cavaco Silva defende que se devia fazer no tratado. Ninguém sabe o que o PS, o PSD e o CDS defendem em matéria de revisão de tratados.
José Sócrates fica feliz por ter sido o notário escolhido para o negócio. Os portugueses, esses, são tratados como um rebanho de carneiros, a quem não se deve prestar contas e que se sabe de antemão que não protestarão, salvo uns empedernidos párias que não têm mais nada que fazer senão maçar Suas Excelências com pormenores. Suas Excelências estão a precisar de outro valente susto, já que parece terem esquecido os sustos francês e holandês.
(publicado na edição de hoje do Democracia Liberal)
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(1205) PARABÉNS MAIS UMA VEZ
Ao Leonel Vicente, que completa hoje quatro-anos-quatro de actividade incansável e, sobretudo, útil, no Memória Virtual. Uma referencia dos blogues portugueses. Parabéns!
(1203) RESPOSTA
(Convento de Cristo)
Resposta a esta pergunta: a Camara Municipal portuguesa que tem um monumento classificado como património mundial da humanidade da UNESCO, mas nem sítio na internet tem, é a Camara Municipal de Tomar. É lamentável que um município com a importância e as responsabilidades que Tomar tem, não esteja condignamente representado na internet. Quem quiser saber coisas de Tomar o melhor é ir ao Google. Ou então a um blogue que é um compêndio da terra, de autoria do incansável Leonel Vicente, cidadão que entre os passeios históricos na Carreira da Índia e as indispensáveis Memórias Virtuais, presta a Tomar um serviço público que a autarquia devia prestar e não presta. Lamentável. Quando são os próprios portugueses a não saber valorizar e promover o que é seu, como esperar projecção, turismo, investimento, cultura? O melhor é mesmo ir esperando sentado...
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(1202) UMA BOA IDEIA
Nem sempre uma boa ideia pode resultar num bom blogue. Uma má ideia pode resultar num bom blogue. Uma boa ideia pode resultar num bom blogue. É o caso do Notas Constitucionais, que o Insurgente BZ decidiu abrir. Mais uma ligação na secção O Partido do Direito.
(1215) O EURO 2007
José Sócrates quer fazer da Presidência portuguesa do Conselho da União Europeia o seu Euro-2007. Assim mais ou menos seis meses com bandeirinhas à janela e, sobretudo, sem qualquer manifestação de discordância sobre o treinador, os jogadores e o modo como a equipa joga. Corra bem ou mal, o que é preciso é aplaudir, incensar, endeusar. Em 2004 quem criticava Scolari era quase descendente em linha recta de Miguel de Vasconcelos. Em 2007, quem ousar discordar da Presidência, quem ousar criticar o Governo, quem ousar discutir assuntos que não aqueles que a Presidência entende que se devem discutir comete, para Sócrates, um crime de lesa-Pátria.
Esta postura revela bem o provincianismo político do Primeiro-Ministro, mas, sobretudo, constitui uma tentativa inaceitável de condicionamento do debate político. Já o líder parlamentar do PS, em linha com a obediência às directrizes do seu Comité Central entende que discutir agora a possibilidade de um referendo ao futuro tratado europeu é uma questão minúscula, que não deve ser discutida. «Será um apoucamento provinciano antepor a estas grandes questões que são planetárias esta questão do minúscula e fora de tempo que é ratificar ou não um tratado», afirmou Alberto Martins. Provinciana é a postura deste outrora campeão de pedir a palavra para falar em frente aos poderosos.
Na cimeira de Bruxelas, os 27 decidiram excluir as palavras e manter a substância da Constituição europeia. No fundo tratou-se apenas de uma negociação de vocabulário. Depois da Agenda de Lisboa, que teve o sucesso que se sabe, os 27 decidiram tentar instituir a Constituição de Lisboa, esperamos nós que com o mesmo sucesso da Agenda. Mas para isso vai ser necessário um enorme combate político. Esse combate tem de derrotar ideias feitas do europês corrente, alimentado por um sistema de órgãos de comunicação social à escala europeia, que recebe dinheiro da Comissão Europeia para fazer programas de europês de massas, mera propaganda paga. Só entre 203 e 2006, a Comissão Europeia gastou 1, 707 milhões de euros a financiar programas sobre temas europeus nas estações de rádio e de televisão portuguesas ( SIC Notícias, RTP N, RTP Madeira, RTP 2, TSF, RR, RDP e R. Paris Lisboa).
Um exemplo desse europês corrente é a ideia segundo a qual a Europa só avança se se fizer, no mínimo, um tratado novo para aí de dois em dois anos. Se tal não suceder a Europa estagna. Esta ideia feita tem por finalidade a extinção dos Estados e a instituição de uma Europa federal. É uma evidência que não sucedeu nada de mal à Europa depois da humilhação nas urnas holandesas e francesas da primeira versão da constituição europeia. Outro exemplo desse europês corrente é a ideia de que os Estados que defendem os seus interesses, supremo pecado, são contra o avanço da Europa. Esta ideia primária esconde que todos os Estados fazem exactamente o mesmo, cada um à sua maneira e com o seu estilo. É certo que há Estados que o fazem menos e Estados que o fazem mais. Mas todos fazem.
Com a perspectiva da Presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, José Sócrates regressou feliz da cimeira. Infelizmente, não podemos acompanhar José Sócrates nem na felicidade nem nas graves afirmações que proferiu quando confrontado com a promessa que fez aos portugueses de referendar o próximo tratado europeu.
Já toda a gente percebeu que há uma tentativa de intromissão nos assuntos internos dos Estados no sentido de impedir a realização de referendos, que como se viu, podem estragar as mais reluzentes ilusões. Os jornais têm dado conta das pressões de Durão Barroso, um federalista empedernido e um alto funcionário dos Estados em Bruxelas obediente, no sentido de não se fazer o referendo prometido em Portugal pelo PS e pelo PSD. De Cavaco Silva nem se fala. E Sócrates está no bolso.
Aproximam-se dias difíceis. É verdade que os símbolos têm uma função. Mas também a verdade é que a substância sem os símbolos é tão má como com eles. O futuro tratado consagrará 80, 90 ou quase 100%, consoante a lupa do analista, da Constituição europeia derrotada em referendo. Há que dar a palavra aos cidadãos, essa maçada de que os políticos do sistema não gostam.
Esta postura revela bem o provincianismo político do Primeiro-Ministro, mas, sobretudo, constitui uma tentativa inaceitável de condicionamento do debate político. Já o líder parlamentar do PS, em linha com a obediência às directrizes do seu Comité Central entende que discutir agora a possibilidade de um referendo ao futuro tratado europeu é uma questão minúscula, que não deve ser discutida. «Será um apoucamento provinciano antepor a estas grandes questões que são planetárias esta questão do minúscula e fora de tempo que é ratificar ou não um tratado», afirmou Alberto Martins. Provinciana é a postura deste outrora campeão de pedir a palavra para falar em frente aos poderosos.
Na cimeira de Bruxelas, os 27 decidiram excluir as palavras e manter a substância da Constituição europeia. No fundo tratou-se apenas de uma negociação de vocabulário. Depois da Agenda de Lisboa, que teve o sucesso que se sabe, os 27 decidiram tentar instituir a Constituição de Lisboa, esperamos nós que com o mesmo sucesso da Agenda. Mas para isso vai ser necessário um enorme combate político. Esse combate tem de derrotar ideias feitas do europês corrente, alimentado por um sistema de órgãos de comunicação social à escala europeia, que recebe dinheiro da Comissão Europeia para fazer programas de europês de massas, mera propaganda paga. Só entre 203 e 2006, a Comissão Europeia gastou 1, 707 milhões de euros a financiar programas sobre temas europeus nas estações de rádio e de televisão portuguesas ( SIC Notícias, RTP N, RTP Madeira, RTP 2, TSF, RR, RDP e R. Paris Lisboa).
Um exemplo desse europês corrente é a ideia segundo a qual a Europa só avança se se fizer, no mínimo, um tratado novo para aí de dois em dois anos. Se tal não suceder a Europa estagna. Esta ideia feita tem por finalidade a extinção dos Estados e a instituição de uma Europa federal. É uma evidência que não sucedeu nada de mal à Europa depois da humilhação nas urnas holandesas e francesas da primeira versão da constituição europeia. Outro exemplo desse europês corrente é a ideia de que os Estados que defendem os seus interesses, supremo pecado, são contra o avanço da Europa. Esta ideia primária esconde que todos os Estados fazem exactamente o mesmo, cada um à sua maneira e com o seu estilo. É certo que há Estados que o fazem menos e Estados que o fazem mais. Mas todos fazem.
Com a perspectiva da Presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, José Sócrates regressou feliz da cimeira. Infelizmente, não podemos acompanhar José Sócrates nem na felicidade nem nas graves afirmações que proferiu quando confrontado com a promessa que fez aos portugueses de referendar o próximo tratado europeu.
Já toda a gente percebeu que há uma tentativa de intromissão nos assuntos internos dos Estados no sentido de impedir a realização de referendos, que como se viu, podem estragar as mais reluzentes ilusões. Os jornais têm dado conta das pressões de Durão Barroso, um federalista empedernido e um alto funcionário dos Estados em Bruxelas obediente, no sentido de não se fazer o referendo prometido em Portugal pelo PS e pelo PSD. De Cavaco Silva nem se fala. E Sócrates está no bolso.
Aproximam-se dias difíceis. É verdade que os símbolos têm uma função. Mas também a verdade é que a substância sem os símbolos é tão má como com eles. O futuro tratado consagrará 80, 90 ou quase 100%, consoante a lupa do analista, da Constituição europeia derrotada em referendo. Há que dar a palavra aos cidadãos, essa maçada de que os políticos do sistema não gostam.
(publicado na edição de hoje do Semanário)
(1201) AO LONGO DOS TEMPOS
(Rainha Vitória)
Nesta data, em 1630 , uma carta régia reafirma o impedimento de desempenho de cargos públicos aos judeus, em Portugal. Em 1712, nasce o filósofo francês Jean-Jacques Rousseau, autor de "Contrato Social", "Origem e Fundamento da Desigualdade entre os Homens" e "Devaneios do Caminhante Solitário". Em 1759, é instituída, por alvará, a instrução secundária em Portugal. As escolas jesuitas são extintas. A utilização da "A Arte da Gramática Latina", no ensino, é substituída pelo "Novo Método de Estudar" do padre António Pereira de Figueiredo. Em 1838, é coroada a rainha Vitória, do Reino Unido. Em 1867, é inaugurado o monumento a Luís Vaz de Camões, em Lisboa e nasce o dramaturgo italiano Luigi Pirandello, Prémio Nobel da Literatura em 1934, autor de "Seis Personagens à Procura de Autor". Em 1914, o arquiduque Francisco Fernando, príncipe herdeiro do império Austro-Húngaro, é assassinado em Sarajevo, por um nacionalista sérvio. O homicídio marca o começo da Grande Guerra 1914-18. Em 1919, é assinado o Tratado de Paz de Versalhes da Grande Guerra 1914-18. Em 1959, é inaugurado o actual Estádio 1º de Maio, em Lisboa. Em 1967 , Israel declara a reunificação de Jerusalém após a conquista da cidade, na Guerra dos Seis Dias. Em 1985, é criada a UCCLA - União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa. Os CTT-TLP completam a automatização da rede telefónica portuguesa com a eliminação dos últimos 4.300 telefones manuais. Em 1991, é dissolvido o COMECON, aliança económica de seis países da Europa de Leste com o Vietname e a Mongólia, criada em 1949. Em 1998 realiza-se o primeiro referendo em Portugal, sobre o aborto, ganhando o "não" à despenalização.
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quarta-feira, junho 27, 2007
(1200) INDECOROSA
É a caça ao tacho que abriu em Lisboa. Cozinheiros de serviço: António Costa e Maria José Nogueira Pinto.
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(1199) MUDASTI, MUDASTI
Já houve tempo em que eu verberava quem arrotava para cima das instituições, para cima do Estado, para cima do dinheiro dos contribuintes. E há um rol de ilustríssimos poortugueses, que os compêndios oficiais consagrarão para todos o glorioso sempre da Pátria, que o fizeram. Isso hoje ainda sucede, ainda que com papel de embrulho e laçarote, que os tempos estão é para as imagens de marca e o merdadising. Só que hoje, não verbero os os arrotantes, mas apenas quem se deixa ficar sentado à espera de ser diminuído qualificadamente pelo arroto dos grandes.
(1198) HOMÓNIMOS (24)
Jorge Ferreira, um internacional A do futebol português, que jogou no Barreirense, no V. Setúbal e no Sp. de Braga.
(1197) AO LONGO DOS TEMPOS
(O filme)
Neste dia, em 1892, é assinado o contrato definitivo entre o Estado e a Companhia de Carris de Ferro de Lisboa. Em 1905 , a tripulação do Potemkin, o mais poderoso navio de guerra russo, revolta-se em Odessa. Em 1934, morre, no degredo, em Cabo Verde, o general Sousa Dias, líder da revolta de 03 de Fevereiro de 1927 contra a ditadura militar. Em 1950, começa a intervenção dos EUA na Guerra da Coreia, a favor das forças do Sul. Em 1953, é promulgada a Lei Orgânica do Ultramar Português, que elimina a denominação de Império Colonial. Os territórios passam a Províncias Ultramarinas. Em 1983, o Brasil oferece a Portugal o astrolábio que pertencera ao galeão Sacramento, afundado em 1668, ao largo da Baía. Em 1985, Ramalho Eanes dissolve o Parlamento e convoca eleições legislativas antecipadas. Em 1991, tropas jugoslavas invadem a Eslovénia e a Croácia, 48 horas após a declaração de independência do país. Em 1996, o Parlamento português chumba as propostas de lei do Governo sobre a transferência das verbas do totobola para pagamento das dívidas dos clubes às Finanças e à Segurança Social. Em 2001, morre, em Los Angeles, o actor norte-americano Jack Lemmon, 76 anos, protagonista de "O Apartamento", "Missing", "Síndrome da China". Em 2003, Isaías Samakuva é eleito líder da UNITA. Em 2006, a Assembleia parlamentar do Conselho da Europa aprova o relatório que implica 14 países europeus, entre os quais Portugal, nos voos secretos da CIA.
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terça-feira, junho 26, 2007
(1196) TEMO PELO PROGNÓSTICO
"Os jogos estão feitos. E porque sim, ou porque não, porque torna, ou porque deixa, os portugueses não serão certamente chamados a referendar o Tratado da União Europeia. Aliás, os portugueses jamais foram chamados a decidir sobre qualquer matéria europeia e se viessem a sê-lo, algum dia, isso também não queria dizer que o resultado da votação fosse tido em consideração. ", João Paulo Guerra, no Diário Económico.
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(1195) IDEIAS QUE MARCAM
(Assentos)
"Não temos elites, temos pessoas que estão por cima e deixam-se ficar", Juiz Desembargador Eurico dos Reis, mesmo agora, SIC Notícias. Aplauso total.
(1194) 'MUNICÍPIO LIVRE DE INTERNET'
Ainda há municípios portugueses que não beneficiam da presença na rede. Assim a seco, pode já de si parecer estranho no ano da graça de 2007 que ainda haja municípios portugueses sem sítio na internet. Mas se acrescentarmos o facto de se tratar de um município que tem no seu território uma pérola que é património mundial da humanidade, devidamente classificada e reconhecida pela UNESCO, ainda parecerá mais estranho. Decidi abrir concurso para palpites. Quem sabe de que município se trata, quem sabe? É favor responder na caixa de comentários a esta entrada.
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(1193) FALSIDADES
Primeiro José Sócrates andou pela Europa a exigir um mandato claro para que a Presidência portuguesa do Conselho da União Europeia metesse ombros à escrevinhação de uma segunda versão da Constituição europeia. Segundo, José Sócrates ficou feliz, radiante, impante, com o resultado da cimeira de Bruxelas e aceitou o encargo épico da escrevinhação para a qual exigia mandato claro. Certamente porque o obteve. Terceiro, agora, quando lhe falam da promessa que fez ao país de realizar o referendo diz que primeiro é preciso conhecer o Tratado e só depois ver se vale a pena fazer o referendo. Julgará José Sócrates que somos todos parvos?
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(1192) COISAS BOAS DOS BLOGUES
Serem um teste à tolerância. Por exemplo, à tolerância para com a estupidez, a grosseria e a má educação. Nunca ninguém disse que quem escreve em blogues tinha de ser inteligente, elevado e bem educado. Mas mesmo assim, prefiro os blogues abertos.
segunda-feira, junho 25, 2007
(1190) E ESTÁ TUDO DITO!
Esta entrada é um tratado. O vigilante intelectual da pureza do socratismo tem o mérito de nos dizer tudo. Esclarece-nos que as conclusões da cimeira de Bruxelas são tão boazinhas que a CIG (Conferencia Inter-Governamental para quem precisa de saber siglas) praticamente é um pró forma. Sendo assim, se está tudo Tratado, não vejo razão para que Cavaco e Sócrates não digam simplesmente ao país que a promessa feita de fazer um referendo é para cumprir. Se não o dizem é porque querem trair a promessa. Essa é que é essa. E já agora: quem estiver falho de argumentos para brilhar nas conferencias e nos colóquios politicamente correctos do sistema, já sabe: amanhã sai a cartilha no Público.
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(1189) OBSERVADORES INDEPENDENTES
Se fosse eu a escrever iam achar uma análise parcial e interessada, o que em si não é mal mas diminui o valor da opinião. Assim, nada melhor do que recorrer a observadores independentes. "Campanha do CDS-PP vai de mal a pior em Lisboa", escreve André Azevedo Alves. Permita-se-me um comentário: desde que aderiu ao lobby gay a rapaziada do CDS vê o mundo desfocado.
(1188) TEXTOS MAIORES
Este, por exemplo: "Referendo e Negociação", por José Medeiros Ferreira, no Bichos Carpinteiros.
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(1187) FRASES MENORES
"O referendo só é um instrumento legítimo e adequado para as questões menores.", Sérgio Sousa Pinto, sobre o referendo ao novo tratdo europeú. Já tinha saudades de ouvir falar do ex-deputado fracturante, agora um deputado conformista, acomodadinho, instaladinho, como se vê. Só para um político menor o referendo deve ser usado para questões menores. O povo, coitado, é meramente decorativo.
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(1186) UMA QUESTÃO DE RELÓGIO
Há quem defenda que ainda é cedo para falar de referendo ao novo tratado que há-de ser. Poderei estar de acordo. Atendendo a que há quem trabalhe de noite, um quarto para a uma da tarde, pode não ser uma boa hora.
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(1185) DESINFORMAÇÃO
A Comunicação Social em geral continua a dar um execelente contributo para a desinformação dos portugueses, quando insiste que Portugal vai presidir à União Europeia. Ora, a União Europeia não tem Presidente. Portugal vai presidir sim ao Conselho, apenas um dos orgãos da União. Este simplismo revela o pouco rigor com que se tratam certos assuntos.
(1184) O TURISMO DO CHI-CHI
(Urinol)
Cinco anos depois da mudança da velha para a nova Aldeia da Luz, devido à construção da barragem do Alqueva, vale a pena ver como o poder em Portugal trata as pessoas e como se esquece rapidamente das promessas que faz às pessoas quando lhe convém. Apenas um cheirinho da entrevista do Presidente da Junta de Frequesia, Francisco Oliveira:
"Como vê esta aldeia cinco anos depois?
Francisco Oliveira – Está pior em todos os aspectos. Os compromissos que fizeram connosco não foram cumpridos e as pessoas estão saturadas de uma vida instável e angustiadas por não conhecerem o futuro. Sentimo-nos despejados neste lugar.
Quais eram esses compromissos?
Desde a construção do centro artesanal, passando pela marina, adega, posto de recolha de azeitona e parque de merendas. Nunca mais ninguém ligou à aldeia. Dentro da povoação há ruas em estado lastimável e ninguém sabe se é a EDIA ou a Câmara de Mourão que têm responsabilidade por estas situações.
O que fez para resolver os problemas?
Estou farto de mendigar, mas como esta é uma freguesia sem lei, a junta não tem competências para poder actuar no planeamento. Sinto-me impotente para resolver os problemas. Em 2005, fui ameaçado numa reunião na Câmara de que pagaria 250 mil euros se mexesse no Largo 25 de Abril. Queria apenas pôr umas árvores e uns bancos para os velhotes se sentarem. Na altura estive para fechar a porta da Junta, mas senti que ao fazê-lo estava a ser cobarde para a população, que não tem culpa das maldades que os governos fizeram à aldeia.
O turismo é uma realidade ou uma ‘miragem’?
O Alqueva não deu nada à aldeia, só tirou. Com o consentimento de alguém, a albufeira matou todo o concelho de Mourão. O que é que nós temos para oferecer? Nada. Até já fecharam dois cafés porque não há gente para eles. Os turistas vêm à aldeia para visitar o museu e fazer chichi.
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(1183) HOMÓNIMOS (22)
Jorge Ferreira, um bem sucedido empresário de Alqueidão da Serra, que faz calçada portuguesa.
domingo, junho 24, 2007
(1182) CONTRA AS GOLPADAS
Para quem não se conforma com a mega-operação de condicionamento da liberdade dos cidadãos em curso, no sentido de fazer passar a próxima versão da Constituição europeia às ocultas, a salto, numa espécie de contrabando institucional, pode assinar esta petição.
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sábado, junho 23, 2007
(1181) O COSTUME
A bem dizer ninguém sabe o que foi efectivamente negociado na cimeira dos cegos, surdos e mudos. Esta é a Europa do costume. Um segredinho bem guardado. O problema é mesmo a realidade, que despreza olimpicamente as negociatas europatológicas. Preparem-se que a ideia em curso é eliminar os referendos e impôr a mordaça ainda que à força de toneladas de propaganda.
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(1179) DO PORTUGAL PROFUNDO
A Origem
A Festa dos Tabuleiros ou Festa do Divino Espírito Santo é uma das manifestações culturais e religiosas mais antigas de Portugal.Segundo os investigadores a sua origem encontra-se nas festas de colheitas à deusa Ceres. A sua cristianização pode dever-se à Rainha Santa Isabel que lançou as bases do que seria a Congregação do Espírito Santo, movimento de solidariedade cristã que em muitos lugares do reino absorveu as primitivas festas pagãs. O ponto alto das festividades que juntava ricos e pobres sem qualquer distinção ocorria no Domingo de Pentecostes, dia em que as línguas de fogo desceram sobre os Apóstolos simbolizando a igualdade de todos perante Deus.
Esta Festa de «Acção de Graças» e de oferendas manteve as suas características inalteráveis até ao século XVII. Algumas das alterações que foram surgindo justificam-se no sentido de conferir uma maior grandiosidade a esta Festa. A tradição continua e muitas das suas cerimónias como o Cortejo da chegada dos Bois do Espírito Santo que tem o nome de Cortejo do Mordomo, o Cortejo dos Tabuleiros, a sua bênção, a forma do tabuleiro, os vestidos das raparigas portadoras dos Tabuleiros e a Pêza ou distribuição do pão e da carne mantêm-se (desde há alguns anos a esta parte também se distribui o vinho).
A principal característica da Festa dos Tabuleiros é o Desfile ou Procissão, com um número variável de tabuleiros, em que estão representadas as dezasseis freguesias do concelho. Esta procissão de dignidade, cor, brilho e emoção percorre as principais ruas da cidade, num percurso de cerca de 5 Km, por entre colchas pendentes nas janelas, milhares de visitantes nas ruas e uma chuva de pétalas que de forma entusiástica é lançada sobre o Cortejo.
A Festa é do Tabuleiro que deve ter a altura da rapariga que o leva à cabeça, sendo constituído por trinta pães enfiados em cinco ou seis canas que partem de um cesto de vime ou verga e é rematado ao alto por uma coroa encimada pela Pomba do Espírito Santo ou pela Cruz de Cristo.
A Festa
O início da Festa dos Tabuleiros é marcado pela chamada do povo para uma reunião pública, convocada pelo Presidente da Câmara, para o Salão Nobre dos Paços do Concelho onde se decide se há Festa dos Tabuleiros no ano seguinte e se a opinião do povo for favorável é escolhido o Mordomo. Após a decisão sobre a Festa e se o povo decidir que há Festa são lançados três foguetes a anunciar que há Festa Porquê tanto tempo de antecedência?A Festa dos Tabuleiros engloba vários Cortejos, o trabalho de várias centenas de pessoas que durante mais de seis meses confeccionam as flores que vão ornamentar os tabuleiros e decorar as ruas populares a maioria situadas no centro histórico da cidade.
A necessidade de planear, de organizar e de angariar fundos e subsídios leva à necessidade de se começar a trabalhar com muito tempo de antecedência (mudança dos tempos). Por outro lado a Festa engloba várias cerimónias tradicionais como o Cortejo das Coroas, o Cortejo dos Rapazes, o Cortejo do Mordomo ou a chegada dos Bois do Espírito Santo, a abertura das Ruas Populares Ornamentadas, os Cortejos Parciais, os Jogos Populares, o Grande Cortejo ou Cortejo dos Tabuleiros e a Pêza que necessitam de serem pensadas e organizadas devidamente porque o fundamental é cumprir o que os nossos bisavós e avós também fizeram., ou seja, manter a tradição e principalmente respeitá-la.
Além destas cerimónias tradicionais, durante o período da Festa decorrem vários espectáculos culturais e recreativos que são uma mostra do que de melhor fazem as várias Associações do Concelho. Após a eleição o Mordomo começa os contactos necessários à constituição da Comissão Central onde se encontram os Mordomos responsáveis pelas várias Comissões sectoriais como por exemplo: Cortejo, Bodo, Mordomo, Rapazes, Ornamentações, Ruas Populares ornamentadas, Logística, Contactos Institucionais, Gestão Financeira, Serviços Jurídicos, Programa Cultural, Angariação de Fundos, Trânsito e Transportes, Feira e Arraial, Publicidade e Marketing, Espectáculos Populares, Secretariado, Relações Públicas, Comunicação e Som e Serviços Técnicos. O Presidente da Câmara, o Prior e o Provedor da Misericórdia são por inerência dos seus cargos membros efectivos da Comissão Central.
Cortejo das Coroas
Apesar da decisão da realização da Festa dos Tabuleiros ser tomada com um ano de antecedência, as cerimónias só têm início no Domingo de Páscoa do ano seguinte.O Cortejo das Coroas é o primeiro acto solene da Festa dos Tabuleiros e destinava-se, antigamente, a anunciar à população a próxima celebração da sua Festa maior. No chamado terceiro ciclo da Festa (após 1950), O Cortejo sai da Misericórdia fiel depositária do Pendão e Coroas da cidade de Tomar, dirige-se à Igreja de S. João Baptista ou Igreja de Santa Maria do Olival onde é celebrada a Missa Solene do Espírito Santo na presença das Coroas e dos Pendões que são colocados na capela-mor. Terminada a Missa, o Primeiro cortejo das coroas percorre o itinerário do Cortejo dos Tabuleiros. Como é uma Festa religiosa há sete saídas de Coroas. 7 é o número perfeito a nível da Igreja Católica: 7 dias da semana; 7º dia é o da plenitude da caminhada (quando Deus descansou); 7 Dons do Espírito Santo; 7 domingos da Páscoa ao Pentecostes quando se celebra a plenitude da Vida Nova.
A primeira saída é no Domingo de Páscoa, a segunda no Domingo de Pascoela e as restantes de quinze em quinze dias até ao dia 24 de Junho, último Cortejo de Coroas antes da Festa dos Tabuleiros. O percurso das restantes saídas de Coroas é variável e tem sido adaptado ao crescimento da cidade pretendendo-se levar o anúncio da Festa à maioria dos habitantes.
As ruas estão decoradas com colchas coloridas nas janelas e o chão com verdura. À passagem do Cortejo o povo vai lançando flores criando assim um efeito de cor ímpar e o clima de alegria que se vive sempre em anos de Festa dos Tabuleiros. A antecipar o Cortejo e bem à frente vai o fogueteiro anunciando a aproximação da procissão; em seguida vêm os gaiteiros e tamborileiros, a Banda, o Pendão do Espírito Santo, as três Coroas do Espírito Santo da cidade, as dezasseis Juntas de Freguesia representadas por um Pendão e por uma Coroa, os membros das diferentes Comissões e o povo. Nas demais saídas vai havendo rotatividade entre as dezasseis Juntas de Freguesia que só se voltam a juntar no dia do Cortejo dos Tabuleiros.
Cortejo dos Rapazes
Desde o início das suas actividades, os Jardins de Infância e Escolas de 1º ciclo do concelho de Tomar tiveram como filosofia trabalhar junto da comunidade local dando a conhecer o meio, preservando a cultura e tradições e principalmente transmitindo esses valores às crianças com quem trabalhavam. Desta ideia inicial e com o aproximar da Festa dos Tabuleiros de 1991 rapidamente se passou, com o apoio dos elementos da Comissão de então, dos pais e das crianças, para uma ideia mais arrojada: porque não participar e reviver o «Cortejo dos Rapazes» que se tinha realizado a última vez em 1892?
Tudo é feito como se se tratasse do Cortejo dos Tabuleiros dos «adultos». As crianças levam os trajes de tradição: as meninas vestidas de branco com uma fita de cor à cintura e à tiracolo, sogra ou rodilha e transportam o tabuleiro que terá a sua altura e os rapazes trajam calça preta, cinta preta, barrete preto no ombro, camisa branca e gravata habitualmente da cor da fita da menina. A alegria e o entusiasmo da população foi tanta que em 1995 o número de crianças já foi maior e no Cortejo dos Rapazes de 2003 estiveram envolvidas cerca de duas mil crianças dos Jardins de Infância e Escolas do 1º ciclo do concelho. Este ano realiza-se a 1 de Julho.
Cortejo do Mordomo
Perde-se no tempo a origem do «Cortejo do Mordomo». De início seria um hino à abundância simbolizada nos bois que iriam ser abatidos para o Bodo. «Os Bois do Espírito Santo» como eram chamados, desfilavam perante o olhar da população sendo posteriormente abatidos e a carne distribuída a toda a população, ricos e pobres, em memória de um mundo novo e fraterno. Desde 1966 que os bois já não são abatidos e a carne não é distribuída a todos passando a ser distribuída unicamente pelas famílias carenciadas. A carne é obtida junto dos proprietários dos talhos. No entanto a tradição mantém-se: os bois são enfeitados com colares e brincos de flores desfilando pelas ruas da cidade ao som de foguetes, gaiteiros e banda de música. A acompanhar vão algumas charretes que transportam os Mordomos e convidados e vários cavaleiros. Este Cortejo decorre no dia 6 de Julho (sexta-feira).
Ruas Populares Ornamentadas
A Festa dos Tabuleiros é, essencialmente, uma festa de cor e movimento. Uma das formas mais características da população mostrar a alegria pela realização da Festa é a ornamentação das suas ruas, chamadas de populares porque a maioria se encontra no chamado centro histórico da cidade onde o bairrismo ainda vive.
Assim, centenas de pessoas despendem milhares de horas de trabalho durante mais de seis meses, a confeccionar milhares de flores de papel com que vão ornamentar as suas ruas. A ornamentação é da sua autoria e responsabilidade e o segredo é sempre mantido até à sexta-feira à noite em que se dá a abertura oficial das ruas populares. O talento e o trabalho dos «decoradores» é premiado e avaliado pela Comissão que oferece placas que premeiam por exemplo a Cor, a Harmonia, a Tradição sendo contempladas todas as ruas concorrentes. As Ruas Populares são abertas oficialmente no dia 6 de Julho.
Cortejos Parciais
No sábado de manhã decorrem os chamados «Cortejos Parciais». A necessidade de reunir os Tabuleiros das diferentes freguesias para o Cortejo de Tabuleiros levou, a partir dos anos 50, à introdução de um elemento novo – um desfile em separado dos tabuleiros das diversas freguesias que partindo de um local previamente escolhido passam junto ao edifício dos Paços do Concelho onde são recebidos pelo Mordomo, Presidente da Câmara e Vereação dirigindo-se para a Mata Nacional dos Sete Montes onde ficam em exposição até ao Cortejo de domingo.Os Cortejos Parciais decorrem no dia 7 de Julho (sábado de manhã).
Jogos Populares
A inspiração vem de tempos recuados pois a Festa dos Tabuleiros era o grande acontecimento que atraía a Tomar a população das redondezas que se deslocava, como era habitual na época, a pé, de carroça ou sobre os muares. A corrida de burros era a parte mais animada e interessante da festa. Em 1964, realizaram-se os primeiros Jogos Populares adaptando-se os jogos tradicionais inspirados no trabalho da nossa gente rural (corte de troncos a machado e corte de troncos a serrote).
Cada freguesia tem um representante em cada jogo, excepto no chinquilho (equipa), na gincana de burros (um rapaz e uma rapariga), na luta de tracção (equipa) e no corte de troncos a serrote (dois homens). Além destes jogos também se disputam a corrida de carroças, corrida de cântaros, subida de mastro, corrida de sacos, corrida de pipas, corrida de púcaros e corte de troncos a machado.Os Jogos Populares realizam-se no dia 7 de Julho (sábado da parte da tarde).
Cortejo dos Tabuleiros
O motivo principal da Festa dos Tabuleiros é o Grande Cortejo dos Tabuleiros que adquiriu tanta importância que deu o nome à Festa que hoje só é conhecida por Festa dos Tabuleiros.
Como afirmava o saudoso Dr. Fernando Araújo Ferreira «o tabuleiro é um hino de cor. Um poema nascido da arte popular tomarense. Das mãos e inspiração do seu povo. Obedecendo a regras tradicionais, é ele que o arma é ele que o ornamenta. De gerações em gerações passou o jeito, a herança bonita. O Tabuleiro é uma oferta de pão, por isso o pão deve ficar à vista, a ornamentação pertence ao gosto de quem o decora, com flores de papel e verdura se for caso disso. O Cortejo vive e encanta pela variedade de cores e ornamentações.» Não resistimos a transcrever algumas das palavras do Dr. Manuel Guimarães, historiador, que traduzem a emoção que percorre quem vai no Cortejo e quem assiste à sua passagem: «As raparigas, figuras principais, desfilam em duas longas filas ao lado dos seus ajudantes (os rapazes) que seguem do lado de dentro mas sempre atentos às companheiras. Dirigem-se à Praça da República onde o Cortejo enrola harmoniosamente até preencher sem sobressaltos a placa central. Um representante da Igreja vem à Praça, paramentado, dar a bênção aos Tabuleiros. Depois, a um sinal do sino, é a elevação, um momento inesquecível. Uma moldura humana impressionante, aplaude comovida este momento mágico, único, pela sua grandiosidade, simbolismo e beleza, único na nossa arte e na nossa cultura.» O Cortejo dos Tabuleiros realiza-se na tarde do dia 8 de Julho (domingo).
Como afirmava o saudoso Dr. Fernando Araújo Ferreira «o tabuleiro é um hino de cor. Um poema nascido da arte popular tomarense. Das mãos e inspiração do seu povo. Obedecendo a regras tradicionais, é ele que o arma é ele que o ornamenta. De gerações em gerações passou o jeito, a herança bonita. O Tabuleiro é uma oferta de pão, por isso o pão deve ficar à vista, a ornamentação pertence ao gosto de quem o decora, com flores de papel e verdura se for caso disso. O Cortejo vive e encanta pela variedade de cores e ornamentações.» Não resistimos a transcrever algumas das palavras do Dr. Manuel Guimarães, historiador, que traduzem a emoção que percorre quem vai no Cortejo e quem assiste à sua passagem: «As raparigas, figuras principais, desfilam em duas longas filas ao lado dos seus ajudantes (os rapazes) que seguem do lado de dentro mas sempre atentos às companheiras. Dirigem-se à Praça da República onde o Cortejo enrola harmoniosamente até preencher sem sobressaltos a placa central. Um representante da Igreja vem à Praça, paramentado, dar a bênção aos Tabuleiros. Depois, a um sinal do sino, é a elevação, um momento inesquecível. Uma moldura humana impressionante, aplaude comovida este momento mágico, único, pela sua grandiosidade, simbolismo e beleza, único na nossa arte e na nossa cultura.» O Cortejo dos Tabuleiros realiza-se na tarde do dia 8 de Julho (domingo).
Bodo ou Pêza
Os bodos do Espírito Santo, (refeição sagrada), instituídos pela Rainha Santa Isabel que em Tomar, com a passagem dos anos se passaram a designar Pêza e é o último acto de cada Festa dos Tabuleiros. Acontece no dia a seguir ao Cortejo dos Tabuleiros (segunda-feira) e seguindo a tradição (porque os Dons de Deus - frutos da terra e dos rebanhos - carne, pão e vinho - são para todos), numa forma de agradecimento a Deus, consta da partilha do pão, da carne e do vinho agora só com os mais pequenos, os mais necessitados. O Bodo ou Pêza decorre na manhã do dia 9 de Julho (segunda-feira).
sexta-feira, junho 22, 2007
(1178) DIVERTIMENTO
Não consigo deixar de me divertir com os bonzos sistemáticos que com inveja ou por pura incapacidade derivada de cinzentismo medular, andam danados com o Ginjas.
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(1177) PIOR PARA O CIDADÃO
(Bijuteria)
Livros, para adultos e para crianças, cd's, canetas, lápis, borrachas, post it's, caixas de cartão, cartões para telemóveis, porta-chaves, fitas para qualquer coisa, produtos de poupança, sacolas, chávenas, canecas, loiças para pôr tremoço, azeitona ou frutos secos, de repente julguei-me numa loja dos trazentos. Foi então que, surpreendido, reparei que estava, afinal, apenas numa estação dos CTT. Imediatamente me ocorreu como seria bom pôr bancos, livrarias, discotecas, lojas de coisas para casa, de souvenirs, a poder fazer distribuição postal. Ou seja, consentir a todos os agentes económicos o que o Estado consente aos CTT. O preço dos serviços postais baixaria certamente e se o serviço não tivesse qualidade facilmente mudaríamos de fornecedor. Foi então que me lembrei que em Portugal existe um monopólio dos serviços postais. Como se vê, os monopólios são sempre injustos e prejudicam os cidadãos, para além de descambarem em concorrencia desleal com outros agentes económicos. Os CTT são hoje um hipermercado monopolista de proximidade. Ah e já agora não se esqueçam de mudar o nome à empresa. CTT Correios de Portugal apenas reflecte um segmento de negócio. Talvez CTT, Lojas de Portugal ficasse mais verdadeiro.
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(1175) SE FOSSE NUM BLOGUE JÁ HAVIA QUEIXA
"O administrador executivo da Área Metropolitana do Porto diz que a loja Ikea de Matosinhos vai ser muito mais do que isso – “vai ter ao lado um centro comercial duas vezes maior do que o NorteShopping” – e afirma que o ministro da Economia lhe pediu “o favor pessoal” de aprovar todo esse complexo comercial “sem condições nem restrições”. (Correio da Manhã). Então o ministro da Economia pede favores pessoais a funcionários públicos (de acordo com a definição de funcionário estipulada no Código Penal)? Onde já chegámos que nem o pudor se tem de confessar publicamente e sem qualquer receio que membros do Governo pedem favores pessoais? É escandaloso se o Ministério Público não abrir inquérito. É escandaloso se o Primeiro-Ministro mantiver este ministro um só dia mais no Governo. Se fosse um blogue a descobrir isto, aí sim, a indignação de José Sócrates já teria sido entregue ao Ministério Público. Aguardo queixa de Manuel Pinho contra o administrador-executivo da Área Metroploitana do Porto. Se isso não suceder, então Portugal está a saque.
(via O Jumento)
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(1174) O MESMO FILME DE SEMPRE
Aproximam-se seis meses em que os portugueses vão ouvir falar muito de um assunto em que pouco se envolvem e a que pouca atenção dedicam: a Europa. Mas é um daqueles assuntos que é impossível não acompanhar com o maior cuidado. O grande tema da Presidência portuguesa do Conselho da União Europeia ameaça ser a ressurreição da Constituição europeia, sob novos nomes, designações e rótulos para não chamar muito a atenção e não despertar as reacções negativas que derrotaram a famigerada Constituição europeia.
E se o tema ameaça ser esse, então está em discussão o poder. O poder na União, mas também o poder dos Estados e, consequentemente o poder dos cidadãos sobre o seu próprio futuro. Já que alguém meteu na cabeça que a Europa só avança se se continuar a fazer tratados pró-federalistas periodicamente, então é necessário fiscalizar as manobras de negociação em curso. Acresce que os Governos portugueses têm por péssima tradição não apresentar com clareza e transparência ao país as ideias que defendem nestes momentos sobre os tratados e as questões que vão negociar com os Estados.
Neste momento, assiste-se, pois, a um filme repetido. O filme do europês oculto.
Nas vésperas da Presidência portuguesa, de novo os Senhores da Europa tratam de cozinhar uma ementa a que chamarão de tratadinho, em que nos tentarão convencer de que nada de importante se alterou, para evitar as maçadas e as humilhações dos referendos. Mas a verdade é que o tratadinho consagrará o núcleo duro das medidas polémicas, das transferências de soberania, das regras que assegurarão a supremacia dos grandes, que tornarão mais fáceis as decisões subtraídas à maioria dos Estados. Tudo bem embrulhado em hinos da alegria, em coros, em coros, em fotos de família arruinada, escondendo o monstro burocrático que tudo vigia e controla.
E se o tema ameaça ser esse, então está em discussão o poder. O poder na União, mas também o poder dos Estados e, consequentemente o poder dos cidadãos sobre o seu próprio futuro. Já que alguém meteu na cabeça que a Europa só avança se se continuar a fazer tratados pró-federalistas periodicamente, então é necessário fiscalizar as manobras de negociação em curso. Acresce que os Governos portugueses têm por péssima tradição não apresentar com clareza e transparência ao país as ideias que defendem nestes momentos sobre os tratados e as questões que vão negociar com os Estados.
Neste momento, assiste-se, pois, a um filme repetido. O filme do europês oculto.
Nas vésperas da Presidência portuguesa, de novo os Senhores da Europa tratam de cozinhar uma ementa a que chamarão de tratadinho, em que nos tentarão convencer de que nada de importante se alterou, para evitar as maçadas e as humilhações dos referendos. Mas a verdade é que o tratadinho consagrará o núcleo duro das medidas polémicas, das transferências de soberania, das regras que assegurarão a supremacia dos grandes, que tornarão mais fáceis as decisões subtraídas à maioria dos Estados. Tudo bem embrulhado em hinos da alegria, em coros, em coros, em fotos de família arruinada, escondendo o monstro burocrático que tudo vigia e controla.
Por ironia do destino caberá a Portugal, uma das principais vítimas dos lunáticos federalistas, o papel de notário do embuste.
Mas nada disto resolve o problema de fundo, ou seja, as razões pelas quais à ostentação mediática não corresponde depois o interesse e o apoio dos cidadãos. E este desinteresse, alheamento e oposição deve-se ao facto de a União Europeia insistir em trilhar um caminho que não tem em conta a realidade dos nossos dias, não tem em conta a vontade dos povos e se baseia num modelo que não corresponde às necessidades criadas pelos novos problemas com que as sociedades estão confrontadas. Enquanto na União não se perceber isto, os filmes que estarão em exibição não passarão de repetições com cada vez menos espectadores na sala.
(publicado na edição de hoje do Semanário)
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União Europeia
(1173) SEM SAÍDA
Para um socialista o problema do endividamento resolve-se com endividamento, com transferência de dívida para terceiros, com disfarce do gasto. Isto é, o problema resolve-se com mais problema. O problema é que para quem se diz não socialista, também pode ser assim. Se houver muitas bocas a alimentar, se houver muita família para sustentar, muita preguiça para remunerar, e, sobretudo, se se fôr tão estatista como um socialista.
A coligação PSD/CDS/PEM resolveu finalmente dizer alguma coisa sobre a ruína financeira do município e sobre o depois. Dizer, apenas. Fazer, suspeitamos que nem na outra encarnação. E suspeitamos porquê? Pela razão simples de que nem um objectivo a coligação se atreve a quantificar.
Isto significa que a Câmara continuará a navegar à vista sem saber o elementar. Depois de dois anos sem saber ao certo quanto devia, mas sabendo de ciência certa que era muito, a Câmara já deveria ter tido tempo para “reduzir colaboradores no grupo municipal, para reduzir horas extraordinárias e ajudas de custo, para renegociar o fornecimento de serviços, para negociar acordos de pagamento e prazos de dívida”, enfim para iniciar a execução de todas as medidas anunciadas como “estratégia” para reduzir a dívida.
O problema é que esta dívida não se resolve com paliativos de gestão de corrente, que aliás não se compreende como não foram já aplicados. Talvez não tenham sido porque este tipo de paliativos é que dóiem nas clientelas parasitárias partidárias que a coligação PSD/CDS/PEM colocou no tal “grupo municipal”, que mais não é do que um conjunto de lugares, e mordomias com que se premiaram as esfomeadas clientelas dos partidos da coligação. Não é necessário saber o número exacto de uma dívida que se sabe de antemão monstruosa para começar a poupar na água e na luz. A situação o que exige são medidas de excepção e essas a Câmara, se as tem ou sabe, não as anunciou.
Na Câmara de Aveiro, a uma dívida que é por natureza pública, responde-se com o segredo. Como se as pessoas não tivessem o direito de exigir saber o que fazer, quanto se vai poupar com o que se vai fazer e o que lhes vai ser exigido. Numa coisa estamos de acordo com Élio Maia: mais impostos não. A terapêutica tipicamente socialista de onerar indefinidamente os rendimentos e o património com impostos para aumentar a despesa só pode conduzir, mais cedo ou mais tarde a uma situação tão grave como aquela em que a Câmara hoje se encontra: a ruína.
Tirando isso, a solução para este problema começa a ser do foro do romance policial: convoquem-se os espíritos de Sherlock Holmes, do Comissário Maigret, de Miss Marples, de Colombo e outros génios a desvendar mistérios, para ver se se consegue ver alguma luz ao fundo do túnel.
A coligação PSD/CDS/PEM resolveu finalmente dizer alguma coisa sobre a ruína financeira do município e sobre o depois. Dizer, apenas. Fazer, suspeitamos que nem na outra encarnação. E suspeitamos porquê? Pela razão simples de que nem um objectivo a coligação se atreve a quantificar.
Isto significa que a Câmara continuará a navegar à vista sem saber o elementar. Depois de dois anos sem saber ao certo quanto devia, mas sabendo de ciência certa que era muito, a Câmara já deveria ter tido tempo para “reduzir colaboradores no grupo municipal, para reduzir horas extraordinárias e ajudas de custo, para renegociar o fornecimento de serviços, para negociar acordos de pagamento e prazos de dívida”, enfim para iniciar a execução de todas as medidas anunciadas como “estratégia” para reduzir a dívida.
O problema é que esta dívida não se resolve com paliativos de gestão de corrente, que aliás não se compreende como não foram já aplicados. Talvez não tenham sido porque este tipo de paliativos é que dóiem nas clientelas parasitárias partidárias que a coligação PSD/CDS/PEM colocou no tal “grupo municipal”, que mais não é do que um conjunto de lugares, e mordomias com que se premiaram as esfomeadas clientelas dos partidos da coligação. Não é necessário saber o número exacto de uma dívida que se sabe de antemão monstruosa para começar a poupar na água e na luz. A situação o que exige são medidas de excepção e essas a Câmara, se as tem ou sabe, não as anunciou.
Na Câmara de Aveiro, a uma dívida que é por natureza pública, responde-se com o segredo. Como se as pessoas não tivessem o direito de exigir saber o que fazer, quanto se vai poupar com o que se vai fazer e o que lhes vai ser exigido. Numa coisa estamos de acordo com Élio Maia: mais impostos não. A terapêutica tipicamente socialista de onerar indefinidamente os rendimentos e o património com impostos para aumentar a despesa só pode conduzir, mais cedo ou mais tarde a uma situação tão grave como aquela em que a Câmara hoje se encontra: a ruína.
Tirando isso, a solução para este problema começa a ser do foro do romance policial: convoquem-se os espíritos de Sherlock Holmes, do Comissário Maigret, de Miss Marples, de Colombo e outros génios a desvendar mistérios, para ver se se consegue ver alguma luz ao fundo do túnel.
(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)
quinta-feira, junho 21, 2007
(1171) DE PATINS
(Patins)
Portugal acaba de ser eliminado do Mundial de Hóquei em Patins pela Suiça, que virou um resultado de 0-2 para 3-2. Não, não é para os apanhados. Foi verdade, em Montreux, na Suiça. As camisolas não ganham jogos.
Portugal acaba de ser eliminado do Mundial de Hóquei em Patins pela Suiça, que virou um resultado de 0-2 para 3-2. Não, não é para os apanhados. Foi verdade, em Montreux, na Suiça. As camisolas não ganham jogos.
(1170) DÚVIDA LEGÍTIMA
O Do Portugal Profundo aparece agora sem caixa de comentários. Qual a razão, António? Avaria, opção, obrigação ou higiene? Já é uma medida de coação antecipada?!...
(1169) REFORÇOS
(1168) AS PRIORIDADES SOCIALISTAS
(Desfibrilhador)
Todas as mulheres que decidam interromper voluntariamente a gravidez estarão isentas de taxas moderadoras no Serviço Nacional de Saúde, tal como qualquer outra grávida. É uma das medidas previstas na regulamentação do aborto livre resultante do último referendo. Os contribuintes pagarão assim duas vezes pelos abortos feitos no SNS.
Entretanto, em Portugal existem apenas cerca de 60 desfibrilhadores referenciados na rede de cuidados primários de saúde. De acordo os dados disponibilizados pela Carta de Equipamentos da Saúde (CES), disponível na internet, isso significa que apenas um cada seis centros de saúde (unidade central com respectivas extensões) dispõe deste equipamento que pode salvar vidas em caso de paragem cardíaca.
Definitivamente, cada vez é mais difícil e mais caro viver com saúde com o Governo de Sócrates. Ao invés, destruir vidas é fácil e o Estado, isto é, todos nós temos de pagar. Devia existir objecção de consciência para o contribuinte!
Entretanto, em Portugal existem apenas cerca de 60 desfibrilhadores referenciados na rede de cuidados primários de saúde. De acordo os dados disponibilizados pela Carta de Equipamentos da Saúde (CES), disponível na internet, isso significa que apenas um cada seis centros de saúde (unidade central com respectivas extensões) dispõe deste equipamento que pode salvar vidas em caso de paragem cardíaca.
Definitivamente, cada vez é mais difícil e mais caro viver com saúde com o Governo de Sócrates. Ao invés, destruir vidas é fácil e o Estado, isto é, todos nós temos de pagar. Devia existir objecção de consciência para o contribuinte!
(publicado na edição de hoje do Democracia Liberal)
(1167) LISBOA É CAPITAL
O blogue da candidatura da Nova Democracia à Camara Municipal de Lisboa.
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quarta-feira, junho 20, 2007
(1165) DESTA VEZ, VOU ESPERAR
Esta notícia é tão absurda, tão grave, tão reveladora, tão preocupante e revela, acima de tudo, um erro tão grande por parte de José Sócrates (pois se até Vital Moreira o identifica e diz...), que vou esperar pela confirmação do próprio. O jornalista e o jornal que não me levem a mal.
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(1164) COISAS QUE NOS OCORREM ENQUANTO CONDUZIMOS
Até hoje todos julgávamos que o grande problema da Justiça era a morosidade. Afinal, são os ratos.
(1163) SEGURANÇA SOCIAL
(Foto arranjada aqui)
Hoje, ao ler A Bola, duas enormes satisfações. A primeira, o Derlei vai sair do Benfica. Só por si, esta novidade já põe um cidadão bem disposto para o resto do dia. A segunda: o Derlei vai para o Sporting. Esta dá boa disposição prolongada.
(1162) LAVAGEM AO CÉREBRO
O CDS é definitivamente a nova aquisição do lobby gay. Agora querem fazer uma lavagem aos cérebros das pessoas, querem "formar" contra a homofobia. Tanta declaração pública de apoio à causa gay apenas num mês dá verdadeiramente que pensar. O que se terá passado para tanto desvario repentino? Ou não é desvario, nem repentino? Em todo o caso, tenho a maior curiosidade em conhecer o conteúdo programático desta disciplina. Faz-me lembrar as campanhas de dinamização cultural do MFA em 1975. O CDS parece ter por ambição ser um delegação do Bloco de Esquerda. Pergunto: aquela gente não terá mais nada para fazer?
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(1161) LIBERAL PARA OS ESPANHÓIS, ESTATISTA PARA OS PORTUGUESES
"O Ministério da Justiça lançou um concurso para a emissão do Cartão Único do cidadão, que vai reunir num só documento os nossos números do bilhete de identidade, do cartão de contribuinte, da segurança social, de eleitor e de utente de saúde. São dados que espelham quase tudo o que fizemos e fazemos durante a nossa vida. O concurso foi internacional. Houve um resultado, houve protestos e o concurso foi dado como nulo e lançado de novo. O vencedor foi o mesmo, o que quer dizer que, face aos critérios utilizados, foi um justo vencedor. Acontece que havia duas empresas portuguesas que concorriam: a Microfil e a Novabase, aliada a uma empresa inglesa. Perderam. Provavelmente, de forma muito justa. O que acontece é que, quem ganhou, é uma empresa espanhola, de seu nome Indra, que conta com o apoio da Iberdrola, Repsol e Telefonica. A mesma Indra tinha ganho já a emissão dos novos passaportes dos portugueses. E ganhou certamente sem favores. A única observação é que, em Espanha, nenhum empresa estrangeira ganharia a emissão dos passaportes e do Cartão Único dos espanhóis."
Nicolau Santos, no Expresso.
Claro, o Governo português argumentará com o concurso, com a liberdade económica, com o "Espanha, Espanha, Espanha", de Sócrates. O problema é só um: infelizmente não só o Governo é liberal para fora e estatista para dentro (OPA PT diz-vos alguma coisa?), como jamais um país normal permitiria depositar em mãos de estrangeiros tanta informação sobre os seus nacionais. Manias de países pobres certamente.
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terça-feira, junho 19, 2007
(1160) A CLONE
(Inclinações)
"Maria José Nogueira Pinto, ex-vereadora do CDS-PP na Câmara Municipal de Lisboa, admite votar em António Costa nas eleições intercalares de 15 de Julho, considerando que o candidato socialista é quem tem "melhores condições para governar Lisboa". O que nós ouvimos a Maria José Nogueira Pinto a propósito de Freitas do Amaral, na altura em que, quem porventura nunca levou a sério o que o Professor sempre escrevera e pensara, estava na moda descobrir que ao Professor nunca importaram as companhias, e que elas podiam ser tudo o que estivesse mais à mão. Agora, parece que temos uma clone de Freitas do Amaral na forja. A direita dos salões descobriu que António Costa pode ser o salvador da pátria alfacinha. A direita do calculismo, do oportunismo político, a que direita de aluguer. É pena estragar uma competência e uma reputação a saltar poças na esquerda. Ainda por cima na mais socráticas das esquerdas. Palpita-me que em breve voltaremos a ouvir falar de Maria José Nogueira Pinto.
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(1159) ESCÂNDALO DIPLOMÁTICO
Fecham consulados, mas temos Embaixador nas Seychelles. Assim é que é. À grande e à seychelesa.
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Diplomacia da tartaruga
(1158) O ABORTO OUTRA VEZ
Parece que andam para aí umas pessoas escandalizadas por os médicos exercerem o seu direito constitucional à objecção de consciência no que respeita a efectuarem abortos nos hospitais. Não tarda chegarão os fundamentalistas de serviço a chamar-lhes criminosos. E também andam escandalizads essas pessoas por os hospitais não terem meios para efectuarem abortos. Não entendo a escandaleira. Um dos argumentos do sim no referndo é que não se tratava de concretizar um direito ao aborto, caso em que obviamente os hospitais tinham a obrigação de os efectuar a solicitação das doentes (nos hospitais tratam-se doentes). Mas que se tratava apenas de não deixar prender as mulheres que os fizessem. Ora, então já está. As mulheres que os fixerem já não vão presas, mas não existe nenhuma obrigação nem dos médicos os fazerem nem dos hospitais terem meios de o fazer, porque não está consagrado na lei nenhum direito ao aborto. Ou o argumentário do sim era apenas uma patranha para caçar votos?
(1157) FALTA DE CHÁ
Hoje Alberto João Jardim toma posse. Convidou Sócrates, como faz todo o sentido. O Primeiro-Ministro vai enviar um secretário de Estado. Não faz sentido nenhum. Para Sócrates a Madeira não existe. É o melhor frete que pode fazer a Alberto João Jardim. Não vai lá, não faz campanha pelos seus, não exerce os poderes de representação institucional. Quem é Primeiro-Ministro da República não pode nem deve pôr à frente da representação institucional os seus ódios de estimação pessoal, que parece que são muitos. Nem a provocar Sócrates é bom: se o fosse, teria enviado o ministro das Finanças ou o ministro dos Negócios Estrangeiros.
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José Sócrates
(1156) ENTERRAR DINHEIRO NA AREIA
Mário Lino, o ministro que acha que Portugal não deve existir, foi hoje ao Poceirão anunciar a plataforma lojística, num investimento de 500 milhões de euros. Além de enterrar biliões na piscina da Ota, temos um ministro que enterra milhões na areia. Um mãos largas, este homem.
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Mário Lino
(1155) E VÃO SEIS
Este amigo decidiu começar a distribuir tomates pelo pessoal. E brindou-me com um par deles. Este amigo aqui, também distinguido por outro amigo, decidiu atribuir-me mais dois, o que, republicano confesso, agradeço e retribuo. Sendo assim, vão seis...
(1154) MAIS FESTA
O E, E, E-Jetamos fez três anos. Apesar de doentiamente alagartado é um blogue que vale a pena ler (com excepção, naturalmente, das entradas adoentadas) e três anos já é um posto. Parabéns!
segunda-feira, junho 18, 2007
(1152) E VÃO QUATRO!
O João tem amigos e tem ideias. A vantagem dele é que não mistura os primeiros com as segundas. É também por isso que o Portugal dos Pequeninos é um caso de sucesso num país de insucesso. Por isso tantos o lêem. Fez quatro anos de vida e espero que possa assinalar muitos mais. Vozes assim são raras nos países grandinhos, quanto mais neste. Nem que seja, por vezes, para consolidar melhor as nossas opiniões contrárias às dele, ele faz falta. Parabéns e um abraço!
(1151) PORTJUGALL
O director-geral do Turismo de Lisboa, Vítor Costa, que foi vereador num mandato de coligação PS/PCP, afirmou na revista da Associação de Turismo de Lisboa a propósito da polémica em torno da marca Allgarve: «venham de lá três milhões extra que nós não nos importamos de assinar Llisboa». Eis um mais um homem pragmático surgido do alfobre das esquerdas lisboetas, que não diferem das demais. Um deslumbrado, é o que é. Os milhões turvam as vistas a muita gente, sobretudo a quem foi ideologicamente ensinado a não gostar deles. Eu gosto de gente assim. Sabe-se com o que se conta. Conta tudo. Com os outros, com os que disfarçam, é que é preciso cuidado. Dêem um ministério a esta person. Please, don't let Manuell Pinhau alone.
domingo, junho 17, 2007
(1150) QUE A POLÍTICA NÃO UNA O QUE O ELEITORADO SEPAROU
(O Exterminador implacável)
(Sózinha em casa)
A esquerda francesa, que não percebeu ainda o que lhe está acontecer, tem várias crises por resolver. Mas há uma que parece que não vai nem quer resolver: a crise político-conjugal do casal Hollande. As cenas têm sido grotescas e para a semana terão o seu ponto forte com a publicação do livro do tipo "Eu, Segolene" da política, em que revela, como se os franceses tivessem alguma coisa a ver com o assunto, que pôs o marido fora de casa. Cá para mim vai durar um pedaço dos bons a nova era política em França, salvo imponderáveis. A canalha que se cuide.
(1149) CURIOSIDADE SISTÉMICA
(Os Ewing)
Sabe-se que o sistema, apesar de depender de um pequeno grupo de amigalhaços e negociantes de regime, tem as suas facções. E, por vezes, dentro do sistema, há desavenças, coligações, desforço, intriga, tudo como se Portugal fosse uma espécie de Dallas sem petróleo, um género de família Ewing, sem ouro negro. O nosso ouro negro é o Estado, esse poço sem fundo de manipulação, dinheiro e influência (a vaidade vem por acréscimo). Esclarecido o contexto deste post, pergunto: Cavaco Silva sabia do Otagate? Cavaco Silva sabia que que o estudo da CIP foi amputado, negociado, combinado, moldado, almoçado, sonhado, discutido, debatido, cozinhado, arranjado, lapidado, laminado, falado, construído, pensado, escrito e divulgado em cumplicidade estratégica entre a CIP e Sócrates (o ministro iberista a bem dizer não conta nada)? Se sabia, poderá por gentileza informar a plebe se era a um estudo destes que se referia quando disse que era preciso debater? Se não sabia, poderia por gentileza informar a plebe se considera a sua exigência satisfeita, à luz dos critérios de político não profissional, dotado de desprendimento político-partidário e rigor técnico-financeiro? É favor enviar resposta pelo meio considerado mais adequado. Os figurantes da democracia agradecem.
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(1148) O MEDO
(Octopus Vulgaris)
Fala-se de medo nos dias que correm na Pátria. Medo de escrever em blogues, medo de financiar estudos, medo de falar de assuntos quentes na comunicação social, agoara também medo de Directores Regionais de Educação. Funcionam um pouco por todo o lado os mecanismos invisíveis de coacção. De pessoas que escrevem nos blogues, de empresas que financiam estudos contrários às posições do Governo, de jornais que simpaticamente prescindem de jornalistas incómodos, e alguns visíveis como processos disciplinares. Valha a verdade que este fenómeno não é novo. Não é um exclusivo de Sócrates. Já foi assim, apenas porventura com variação da intensidade e do grau, com o PSD e com o CDS no poder.
Especialmente no que toca aos empresários, o medo de se saber que pagaram um simples estudo, que por ironia dos Deuses se vem a saber agora que foi combinado com Sócrates, revela apenas que em Portugal continua a não ser possível a economia funcionar sem o Estado. Quando um empresário que arrisca o seu capital precisa do Estado para ter hipóteses de sucesso, é porque não há mercado a sério, propriedade privada a sério, liberdade económica a sério. E esse é, há séculos, quer se queira quer não, o principal factor do atraso económico e social do país.
Mas há que dizer ainda outras duas coisas. Alguns dos chamados grandes empresários portugueses sempre preferiram acoitar-se no amparo dos dinheiros públicos e do encosto com o poder do que experimentar o negócio a sério. Dá mais trabalho certamente. É ver nomeadamente a pouca vergonha que se passou com as chamadas privatizações, que foram devoluções e não privatizações, com concursos públicos de fachada em muitos casos, com resultado pré-decidido.
Por último: desta situação tanto é responsável a pequenez dos políticos portugueses que têm tido o sortilégio de manobrar o Estado, como as vítimas deles, ou seja os portugueses, e no caso do estudo da CIP os financiadores ocultos, que preferem não se incomodar e denunciar. Como vêem agora, Roma não paga a traidores, mas também não paga a cobardes, esses idiotas inúteis nas mãos do poder (mas aqui para nós, caros empresários, a verdade é que já o sabiam, não é assim?).
Depois de ler o link que antecede, digam-me lá se isto tem salvação...
sábado, junho 16, 2007
(1147) REVISTA DE BLOGUES (30)
A política criminal no seu pior, por José António Barreiros, no Patologia Social.
Liberdade de expressão (nem de propósito), por Vítor Sequinho dos Santos, em O Meu Monte.
Há Medo, por Nuno Garoupa, em A Reforma da Justiça.
(1146) HOMÓNIMOS (20)
Jorge Ferreira, um blogger de 30 anos que diz que vive na Nova Zelândia! Rasgamortalha!
(1145) PROVINCIANISMO MILITANTE
Um obscuro orgão de consulta do Presidente da República, que tem o mister e dever de aconselhá-lo sobre a forma como usa os seus parcos poderes, reuniu esta semana e disse, mais coisa menos coisa, que a Presidência portuguesa do Conselho da União Europeia deve ser assim mais ou menos como o Euro 2004. Ou seja que todos devem apoiar. O quê apoiar? A cadeira? Os fatos? Os menús dos repastos que vão decorrer por entre intermináveis reuniões? Pois isso o obscuro orgão esqueceu-se de explicar. Apoiar é que sim. Acefalamente. Rebanhisticamente. Para não incomodar Suas Excelencias. Quais Excelencias? Também não sei. As que forem.
(1144) MUITO MAIS QUE UM CLUBE
(Benfica)
Pela primeira vez na história do futebol português uma SAD de um clube desportivo é alvo de uma OPA. Apenas algumas semanas depois da entrada em bolsa. É muito divertido ver a inveja que grassa por esses blogues fora por parte de adeptos de outros clubes cujas SAD's estão cotadas há vários anos sem suscitarem o interesse do mais manhoso dos investidores. A verdade é esta: o Benfica é muito mais que um mero clube de chuteiras. Muito mais. Aguentem-se.
(1143) O ESTALINISMO À SOLTA
(Estaline)
Começa a ser sinistra a concepção sobre os direitos fundamentais dos cidadãos que os porta vozes do sistema vão lentamente expondo nas páginas, nas palavras, na opinião. Esta estalinista diferenciação que Fernanda Câncio estabelece entre o direito das mulheres abortarem e o não direito dos médicos à objecção de consciência, faz lembrar outros tempos, outros sítios, outros personagens. Só faltou a proposta final que se deduz de tudo quanto escreve: a um médico que decida defender a vida e invocar objecção de consciência para não fazer um aborto deve-se-lhe apontar uma pistola à cabeça para o obrigar a fazer o aborto. O que pensará Fernanda Câncio da cláusula de consciência dos jornalistas? Será contra?
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Fernanda Câncio
(1141) 'QUEM SE METE COM O PS, LEVA!"
Cá está. Foi só deixar passar um tempinho. António Balbino Caldeira lá vai de arguido. O diploma de José Sócrates ressuscitou. E que tal esclarecer o que falta sobre a matéria? O pessoal aguenta outra entrevista, que não seja por isso...
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(1140) REVISTA DE BLOGUES (29)
Edição especial género separata para efeitos de organização do arquivo da Sra. Directora em exercício da DREN:O Jumento. João Miranda, no Blasfémias. Com reincidência. André Azevedo Alves, em O Insurgente. João Gonçalves, no Portugal dos Pequeninos. Miguel Castelo Branco, no Combustões. Paulo Gorjão, no Bloguítica. Com reincidência. Ena, tanto processozinho! Era bom não era, Sra. Directora?
sexta-feira, junho 15, 2007
(1139) JACINTO LEITE CAPELO REGO
Ainda nós temos a mania de zombar dos defeitos excessivos da democracia. A verdade é que a realidade não pára de nos surpreender. Por vezes somos confrontados com exemplos de cidadania verdadeiramente tocantes, paradigmas de miltância, de dádiva, de entrega desprendida a um ideal ou a uma instituição. Verdadeiros soldados rasos da participação responsável na vida democrática. É o caso hoje divulgado do cívico Jacinto Leite Capelo Rego, um dos beneméritos misteriosos do milhão de euros misterioso que foi misteriosamente entregue ao misterioso CDS e que parece, ao que dizem (em Portugal nunca se sabe...) estar misteriosamente sob investigação. Mistérios, no fundo, da própria democracia, que vão povoando o imaginário mítico da entrega à cousa pública. Sempre misteriosamente desinteressada.
(1138) LISBOA EM DELÍRIO
A pré-campanha das eleições intercalares de Lisboa corre de feição a toda a sorte de patologistas desocupados. Depois um candidato que dizem que faz falta (ao anedotário, concedo!) de ter prometido uma praia no Cais de Sodré, eis que outro quer fazer casamentos gay no Salão Nobre da Camara Municipal de Lisboa. No meio disto tudo o drama é que ainda falta um mês para as eleições pelo que nos devemos preparar para um desfile de delírio. A coisa promete. O disparate anda à solta em Lisboa.
(publicado em O Carmo e a Trindade)
(1137) UM PAÍS MIRABOLANTE
Marques Mendes anunciou que nos próximos seis meses não será líder da oposição. Digamos que o PSD anda mesmo muito baralhado e confuso. Por mim desde já declaro que manterei a mesma atitude relativamente ao Governo que nos tem desgovernado. E mais, considero ser estrita obrigação do Governo representar decentemente Portugal no exercício da Presidência do Conselho da União Europeia. Ou será que essa Presidência vai servir de pretexto para uma mordaça? Era só o que faltava.
(1136) ASSIM SE DESGOVERNA
José Sócrates sabe melhor que ninguém que os últimos seis meses foram um desastre para o Governo. Sabe melhor que ninguém que não se pode dar ao luxo de perder as eleições de Lisboa. Sabe melhor que ninguém que a Presidência portuguesa não pode ser ensombrada por um ministro que se sabe já de ciência certa ser um erro de casting. E sabe que não pode comprometer a cooperação estratégica com Cavaco Silva. Seria empreitada a mais para um homem só.
Assim se explica o aparente recuo do Governo na Ota. Aparente, porque a verdade é que o golpe do estudo do LNEC, apesar de ter sido um sucesso mediático, tem demasiadas fragilidades para ser sincero, autêntico, profícuo.
Em primeiro lugar, se o Governo tivesse tomado um banho de humildade política não tinha mandado estudar a localização de Alcochete. Tinha, sim, mandado estudar todas as localizações possíveis, incluindo a mais barata de todas, que é a da manutenção do aeroporto da Portela, com um aeroporto de apoio. Não o fez, o que mostra que a preocupação do Governo não é estudar para tomar uma decisão fundamentada, mas apenas fingir que estuda para manter no final a sua teimosa posição de sempre: a Ota.
Em segundo lugar, se o Governo estivesse de boa fé política, não tinha encomendado o estudo técnico a uma entidade dependente do Governo, por muita competência e qualidade que tenha, como é o caso do LNEC. Tinha encomendado o estudo a uma entidade independente. Sabe-se o que aconteceu aos técnicos da NAV que se atreveram a discordar da Ota: foram literalmente corridos. Ninguém no LNEC desejará entrar no index do ministro Mário Lino.
Em terceiro lugar, o anúncio da encomenda ao LNEC esbarra com a catadupa de certezas inabaláveis, incluindo uma inaudita torrente de disparates, que o Governo afirmou nos últimos meses em defesa da Ota. Do jamais, jamais, ao deserto, passando pelas afirmações de Sócrates no Parlamento, sempre insistindo na Ota e na necessidade de avançar já, até à grotesca exigência de apresentação de estudos a quem criticava a opção Ota, como se o Governo não existisse justamente para estudar antes de decidir, de tudo se ouviu, forte e feio, para que o anúncio feito agora tenha credibilidade.
Em quarto lugar, somam-se indícios de que a decisão sobre a Ota vai avançar independentemente do estudo. Se a vontade do Governo fosse autêntica, como se explicaria que, apesar da encomenda do novo estudo, o Governo vá entregar em Bruxelas até 20 de Julho o projecto de construção do aeroporto na Ota para efeito de financiamento comunitário? Será que, afinal, o Governo já conhece as conclusões do estudo que encomendou? O que fará, se por milagre o LNEC aconselhar Alcochete?
O modo como o Governo tratou este assunto é bem elucidativo da forma como se governa em Portugal. Ou melhor, da forma como se desgoverna.
Assim se explica o aparente recuo do Governo na Ota. Aparente, porque a verdade é que o golpe do estudo do LNEC, apesar de ter sido um sucesso mediático, tem demasiadas fragilidades para ser sincero, autêntico, profícuo.
Em primeiro lugar, se o Governo tivesse tomado um banho de humildade política não tinha mandado estudar a localização de Alcochete. Tinha, sim, mandado estudar todas as localizações possíveis, incluindo a mais barata de todas, que é a da manutenção do aeroporto da Portela, com um aeroporto de apoio. Não o fez, o que mostra que a preocupação do Governo não é estudar para tomar uma decisão fundamentada, mas apenas fingir que estuda para manter no final a sua teimosa posição de sempre: a Ota.
Em segundo lugar, se o Governo estivesse de boa fé política, não tinha encomendado o estudo técnico a uma entidade dependente do Governo, por muita competência e qualidade que tenha, como é o caso do LNEC. Tinha encomendado o estudo a uma entidade independente. Sabe-se o que aconteceu aos técnicos da NAV que se atreveram a discordar da Ota: foram literalmente corridos. Ninguém no LNEC desejará entrar no index do ministro Mário Lino.
Em terceiro lugar, o anúncio da encomenda ao LNEC esbarra com a catadupa de certezas inabaláveis, incluindo uma inaudita torrente de disparates, que o Governo afirmou nos últimos meses em defesa da Ota. Do jamais, jamais, ao deserto, passando pelas afirmações de Sócrates no Parlamento, sempre insistindo na Ota e na necessidade de avançar já, até à grotesca exigência de apresentação de estudos a quem criticava a opção Ota, como se o Governo não existisse justamente para estudar antes de decidir, de tudo se ouviu, forte e feio, para que o anúncio feito agora tenha credibilidade.
Em quarto lugar, somam-se indícios de que a decisão sobre a Ota vai avançar independentemente do estudo. Se a vontade do Governo fosse autêntica, como se explicaria que, apesar da encomenda do novo estudo, o Governo vá entregar em Bruxelas até 20 de Julho o projecto de construção do aeroporto na Ota para efeito de financiamento comunitário? Será que, afinal, o Governo já conhece as conclusões do estudo que encomendou? O que fará, se por milagre o LNEC aconselhar Alcochete?
O modo como o Governo tratou este assunto é bem elucidativo da forma como se governa em Portugal. Ou melhor, da forma como se desgoverna.
(publicado na edição de hoje do Semanário)
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José Sócrates,
Ota
(1135) AVEIRO JAZ NAS GAVETAS DO PS
Enquanto a Associação dos Antigos Alunos da Universidade de Aveiro tem agendada para o próximo dia 29 a realização de uma tertúlia sobre a "Gestão do Stress", pode dizer-se que “stress” é cousa de que o Governo do PS não padece em relação a Aveiro.
É sabido que nos últimos tempos o Governo só tem tido olhinhos para as trapalhadas políticas em que se tem metido, com o insuperável José Sócrates à cabeça, e para Ota. Parece que as necessidades do país se esgotam na megalomania do ministro iberista, que acha que Portugal não devia existir como Estado independente, Mário Lino, o mesmo que não tem feito outra coisa senão tratar da Ota e criar um compêndio do disparate político como há muitos anos não se via por cá.
Mas o país é muito mais do que isto. E as necessidades dos portugueses muito mais do que as travessuras do Governo e dos seus membros.
Pode com propriedade dizer-se que, transcorridos que estão mais de dois anos de mandato deste Governo, o distrito de Aveiro e as suas necessidades estratégicas de desenvolvimento jazem nas gavetas do esquecimento do Governo.
Há vários exemplos como, em matérias estruturais para os interesses do distrito, o silêncio e a passividade são a marca do desinteresse socialista pelos problemas de Aveiro. Um, tem a ver com a falta de Plano de Ordenamento da Orla Costeira. O outro, diz respeito ao abandono da Ria de Aveiro em termos de enquadramento de gestão estratégica.
Ainda esta semana Ribau Esteves chamou a atenção e muito oportunamente para o facto de já ter decorrido mais de um ano sobre o fim do prazo de consulta pública a que foi sujeito o POOC e ainda se estar à espera das decisões para a sua aplicação concreta no terreno.
Ora, como sabemos, se há zona do território carecida de ordenamento é justamente a orla costeira, que nos últimos anos tem sido sujeita a uma erosão que criou enormes problemas às populações. O litoral português, já de si sobrecarregado com o êxodo de populações do interior que se tem continuamente verificado nos últimos anos, depende de mais de trinta- entidades-trinta diferentes, cada uma a puxar a brasa à sua sardinha. Mas o Governo não quer saber.
Relativamente à Ria de Aveiro e desde que o anterior Presidente da República vetou o diploma do Governo do PSD que resolvia o problema da gestão da Ria, devido à convocação das últimas eleições legislativas, que o Governo do PS fez rigorosamente nada. A Ria continua, na prática, ao abandono da miríade de intervenientes tutelares que a governam sem estratégia de conjunto, o que significa que uma riqueza natural única, um património natural sem igual, está desgovernada.
O que é feito do famoso lobby de Aveiro nos corredores do poder de Lisboa? Com que andam distraídos os deputados por Aveiro na Assembleia da República? Não faço ideia. O que sei é que os problemas continuam por resolver, o que indicia que andam certamente ocupados com muitas coisas menos com os problemas das populações que os elegeram.
Já sabíamos que o ministro do Ambiente é uma nulidade política neste Governo. Mas o que não imaginávamos é que o Primeiro-Ministro se teria de repente tornado tão insensível aos problemas ambientais que em tempos teve a responsabilidade de resolver como ministro do Ambiente de António Guterres.
Post-Scriptum: O ano passado chamei a atenção para o facto de Aveiro ter todas as condições para ter uma feira do livro que constituísse uma referência cultural à altura das tradições e da cultura da cidade e do distrito, mais a amais dispondo de uma Universidade prestigiada em Portugal e no estrangeiro. Sei que Élio Maia o ano passado dedicou alguma atenção ao assunto. Infelizmente e depois de visitar a feira deste ano, tenho de insistir na crítica e na chamada de atenção para a falta de dinamismo da Câmara Municipal neste domínio. Nesta matéria, o Vereador do pelouro não está lamentavelmente á altura das exigências e das necessidades. Aveiro é que perde. É uma pena.
Post-Scriptum: O ano passado chamei a atenção para o facto de Aveiro ter todas as condições para ter uma feira do livro que constituísse uma referência cultural à altura das tradições e da cultura da cidade e do distrito, mais a amais dispondo de uma Universidade prestigiada em Portugal e no estrangeiro. Sei que Élio Maia o ano passado dedicou alguma atenção ao assunto. Infelizmente e depois de visitar a feira deste ano, tenho de insistir na crítica e na chamada de atenção para a falta de dinamismo da Câmara Municipal neste domínio. Nesta matéria, o Vereador do pelouro não está lamentavelmente á altura das exigências e das necessidades. Aveiro é que perde. É uma pena.
(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)
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