domingo, junho 17, 2007

(1149) CURIOSIDADE SISTÉMICA

(Os Ewing)

Sabe-se que o sistema, apesar de depender de um pequeno grupo de amigalhaços e negociantes de regime, tem as suas facções. E, por vezes, dentro do sistema, há desavenças, coligações, desforço, intriga, tudo como se Portugal fosse uma espécie de Dallas sem petróleo, um género de família Ewing, sem ouro negro. O nosso ouro negro é o Estado, esse poço sem fundo de manipulação, dinheiro e influência (a vaidade vem por acréscimo). Esclarecido o contexto deste post, pergunto: Cavaco Silva sabia do Otagate? Cavaco Silva sabia que que o estudo da CIP foi amputado, negociado, combinado, moldado, almoçado, sonhado, discutido, debatido, cozinhado, arranjado, lapidado, laminado, falado, construído, pensado, escrito e divulgado em cumplicidade estratégica entre a CIP e Sócrates (o ministro iberista a bem dizer não conta nada)? Se sabia, poderá por gentileza informar a plebe se era a um estudo destes que se referia quando disse que era preciso debater? Se não sabia, poderia por gentileza informar a plebe se considera a sua exigência satisfeita, à luz dos critérios de político não profissional, dotado de desprendimento político-partidário e rigor técnico-financeiro? É favor enviar resposta pelo meio considerado mais adequado. Os figurantes da democracia agradecem.

3 comentários:

António de Almeida disse...

-Não sei se o debate a que sua exa. o P.R. se referia, mas fosse ou não, como cidadão e como contribuinte, a ser verdade, porque não sou técnico como é óbvio, que a constriur Alcochete, o estado ( nós ), poupa 3 mil milhões de Euro, até subscrevo Maquiavél, os fins justificam os meios, se é para parar com a OTA, tudo serve, desde que seja realmente a bem do contribuinte, quero é transparência, nesta e noutras matérias desde que seja o dinheiro do contribuinte em causa. A ser verdade, o ministro Iberista (inscrito na ordem) Mário Lino, só tem uma saída digna, demitir-se, caso contrário, para mim será mais um boy, carreirista. Subscrevo inteiramente estudos sobre viabilidade financeira do TGV, mais elefantes brancos? Não, obrigado!...

Anónimo disse...

DELICOSO!!

Anónimo disse...

Tudo isto cheira a esturro!
O problema de o aeroporto ser na Ota ou em Alcochete não é um problema de engenharia nem um problema financeiro.
A engenharia actual pode construir um aeroporto em qualquer lado, no mar (o de Macau, por exemplo) ou até na língua de areia que há no Bugio!
Quanto a ser um problema financeiro também não é. O aeroporto vai moldar o país para todo o século XXI e não são 3 mil milhões de euros a mais ou a menos que importam.
A expansão do aeroporto de Barajas (Madrid) está prevista custar o dobro e a do de Barcelona o mesmo que todo o aeroporto da Ota (os tais três mil milhões).
Aliás, nisto de custos é de refrir que os Jogos olimpicos de atenas custaram cinco mil milhões!
O problema do aeroporto é estratégico e é necessário construir o aeroporto que melhor sirva a estratégia de desenvolvimento do país, custe o que custar e doa a quem doer.
E não é certamente o LNEC que vai fazer um estudo destes.