Parece que andam para aí umas pessoas escandalizadas por os médicos exercerem o seu direito constitucional à objecção de consciência no que respeita a efectuarem abortos nos hospitais. Não tarda chegarão os fundamentalistas de serviço a chamar-lhes criminosos. E também andam escandalizads essas pessoas por os hospitais não terem meios para efectuarem abortos. Não entendo a escandaleira. Um dos argumentos do sim no referndo é que não se tratava de concretizar um direito ao aborto, caso em que obviamente os hospitais tinham a obrigação de os efectuar a solicitação das doentes (nos hospitais tratam-se doentes). Mas que se tratava apenas de não deixar prender as mulheres que os fizessem. Ora, então já está. As mulheres que os fixerem já não vão presas, mas não existe nenhuma obrigação nem dos médicos os fazerem nem dos hospitais terem meios de o fazer, porque não está consagrado na lei nenhum direito ao aborto. Ou o argumentário do sim era apenas uma patranha para caçar votos?
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