sexta-feira, junho 22, 2007

(1175) SE FOSSE NUM BLOGUE JÁ HAVIA QUEIXA

"O administrador executivo da Área Metropolitana do Porto diz que a loja Ikea de Matosinhos vai ser muito mais do que isso – “vai ter ao lado um centro comercial duas vezes maior do que o NorteShopping” – e afirma que o ministro da Economia lhe pediu “o favor pessoal” de aprovar todo esse complexo comercial “sem condições nem restrições”. (Correio da Manhã). Então o ministro da Economia pede favores pessoais a funcionários públicos (de acordo com a definição de funcionário estipulada no Código Penal)? Onde já chegámos que nem o pudor se tem de confessar publicamente e sem qualquer receio que membros do Governo pedem favores pessoais? É escandaloso se o Ministério Público não abrir inquérito. É escandaloso se o Primeiro-Ministro mantiver este ministro um só dia mais no Governo. Se fosse um blogue a descobrir isto, aí sim, a indignação de José Sócrates já teria sido entregue ao Ministério Público. Aguardo queixa de Manuel Pinho contra o administrador-executivo da Área Metroploitana do Porto. Se isso não suceder, então Portugal está a saque.
(via O Jumento)

2 comentários:

António de Almeida disse...

-Das duas uma, ou o ministro pediu "um favor", acto politicamente irresponsável, pelo qual terá de arcar com as consequências, e nem deveria ser demitido, mas sim demitir-se, porque sairia com mais dignidade, ou então nada disso aconteceu, quem está a falta à verdade é o sr administrador, que deverá ser imeidatamente exonerado. Não acredito que venham agora com a conversa do costume "não disse nada do que foi publicado, as minhas palavras foram retiradas do contexto".

Anónimo disse...

Caro Senhor,

Não dei qualquer entrevista e agradeço que não usem palavras fora de contexto para retirar conclusões erradas. Numa reunião da ANJE com jovens emprendedores, apenas citei o exemplo de um grande projecto (IKEA), para desejar que o mesmo tratamento fosse usado para todas as PME's. O empenhamento pessoal do Governo no projecto, foi útil, desejável e meritório. Não hove qualquer tipo de "favor" a ninguém. O que gostaríamos era de um modelo global para todos, nomeadamente ao nível dos incentivos fiscais que temos que conceder para poder captar grandes projectos.

Agradeço, por isso, que corrijam o sentido das minhas palavras, dado que não dei qualquer entrevista e estão a usurpar o que disse, completamente fora de contexto.

"Para a metira ser segura e atingir profundidade, tem que ter à mistura qualquer coisa de verdade" Poeta Aleixo.