quinta-feira, junho 28, 2007

(1208) DISPARATES

Parece que alguém se lembrou que deveria passar a poder despedir-se alguém por incompetencia. Não sei quem se foi lembrar desta aberração. Aliás, dupla. Despedir, uma. Por incompetência, outra. Os despedimentos deviam ser proibidos. Assim se alcançaria a perfeição terrena e a miséria também. Que melhor estádio para alcançar a verdadeira sociedade sem classes? Não há. E por incompetência? Disparate total. Se o trabalhador é incompetente a culpa é obviamente do patrão (já Rousseau previra que os trabalhadores nascem todos bons e que os patrões é que os estragam) e, consequentemente, a solução deveria ser puni-lo, entregando a gestão ao incompetente trabalhador e remeter o malandro do patrão ao posto de trabalho do trabalhador (embora subsistisse sempre para resolver o problema de saber quem foi o malandro que estragou o patrão). Afinal, a felicidade é tão fácil e anda para aí uma cambada a querer complicar.

1 comentário:

António de Almeida disse...

-Em princípio,estaria de acordo com o Jorge, não fora um pequeno, grande pormenor, é que em matéria de competência, cabe tudo, por exemplo, tenho a certeza que a sra Margarida Moreira iria despedir o prof. Charrua por este ser incompetente, a questão é quem define a competência, é que por experiência própria já vi muitas pessoas colocadas em prateleiras porque as empresas não podem ou não as querem despedir, por vezes por não terem atingido objectivos manifestamente irrealizáveis, depois substitui-se um director ou um administrador, vem um novo, vai desemprateleirar os incompetentes, e zás, por vezes descobre-se que afinal até eram competentes. É o problema das cunhas, dos favores, e de outros incompetentes, superiormente nomeados. Só seria practicável com a competência a ser aferida por um tribunal, caso contrário, era a selva, em Portugal então...