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sexta-feira, março 28, 2008

(2500) O DEPUTADO GONÇALVISTA

"Paulo Portas frisou que os preços de vários bens de consumo subiram no último ano muito acima da inflação e do custo das matéria-primas e defendeu que a Autoridade da Concorrência devia investigar para apurar eventuais irregularidades.". Ora aí está um discurso digno de um ministro de Vasco Gonçalves. Ainda me recordo, em 1975, das invectivas da 5ª Divisão do MFA sobre a especulação comercial, e das retóricas do Governo do "camarada" Vasco sobre a especulação nos preços. Finalmente descobri como é que se pode obrigar a economia de mercado a mexer nos preços sempre que os impostos variam: é porem o deputado gonçalvista à frente da Autoridade da Concorrência. Apenas com uma limitação: não o deixarem pôr as mãos em concursos públicos de submarinos, helicópteros e armamento em geral.

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

(2333) QUANTOS RÉUS?

Atendendo ao número de pessoas que por esse Portugal fora tece e publica considerações ainda mais agressivas que as de Jaime Silva pergunta-se quantos réus terá o processo que Paulo Portas vai intentar contra Jaime Silva? Bom, se Ana Gomes ficar de fora depois disto, ficamos esclarecidos quanto à credibilidade processualista de Portas. Já que sobre as credibilidades restantes estamos conversados. Será interessante apurar se Portas tem medo de Ana Gomes. Estaremos, então, esclarecidos.

terça-feira, fevereiro 26, 2008

(2319) A AMEAÇA PÍRRICA

Paulo Portas ameaçou processar Jaime Silva, ministro da Agricultura, porque diz que foi difamado. Estou divertido com a troca de piropos. Quantos processos já ameaçou? Vários, ao Expresso, ao próprio Estado. Quantos pôs efectivamente? Nenhum. Balelas. Pólvora seca. Quem o viu e quem o vê. Venham de lá esses articulados, homem!

segunda-feira, novembro 12, 2007

(1891) PEQUENOS FUROS NO MURO DO SILÊNCIO

"Um político, ex líder partidário, ex governante, e agora de novo líder partidário (e a saca rolhas, Ribeiro e Castro que o diga) é apanhado numa escuta a dizer com as letras todas que só não abandona(va) o Parlamento por causa da... imunidade parlamentar. O país político não se indigna, nem sequer estranha. Entranha simplesmente. Portugal também é assim."
Manuel, na Grande loja do Queijo Limiano.
Já agora, lembram-se desta recomendação de leitura? Cada vez mais oportuna.

sábado, novembro 10, 2007

(1876) O NOTISTA

(Fac-simile tirado de O Jumento)

Cuidado: as sessenta e uma mil oitocentas e noventa e três páginas foram notas pessoais. Nada de anormalmente comprometedor. Provavelmente apenas normalmente comprometedor. Como é que quem escreve tanta nota pessoal havia de ter tempo para governar? Como deve ser difícil a vida de quem adjudica milhões. Uma estafadeira. É necessária muita ciência, muita concentração, muita contabilidade. Será que Jacinto Leite Capelo Rego, afinal, era um duplo de um assessor lá do gabinete? Mas com tanta literatura digitalizada, ao menos, talvez venha de lá um dia o romance, ficção claro, sobre negócios. De Estado, claro. "Por este andar Portugal ainda se transforma num protectorado da Sicília e todos vamos achar isso muito normal, porque em Portugal é tudo normal.". Diz O Jumento e eu, eu, subscrevo.

terça-feira, outubro 09, 2007

(1755) QUAL MINISTRO?

Cerca da uma e vinte da manhã, com as audiências convenientemente de rastos dado o adiantado da hora, Fátima Campos Ferreira fez finalmente a pergunta que em qualquer programa de informação de uma televisão decente teria sido a primeira e não a última. A Paulo Portas fez directamente. A Rui Pereira fez quase a medo. Mas lá fez. Do mal o menos. O primeiro, visivelmente nervoso e atabalhoado disse que comentar era validar uma ilegalidade. Portas agora revela-se juiz. Ele decide o que é legal é ilegal. Apanhado com as calças na mão, tergiversa e foge ao assunto. Seria certamente trucidado pelo Independente. Portas é hoje um mero espectro na pele de um chico esperto. O mais que consegue é piscar o olho depois de cometer o que certamente julga ser um golpe de génio ao fugir à pergunta. A televisão também mata. Quanto ao ministro, foi ainda mais grave. Depois de nos revelar algumas intimidades da sua carreira acerca de convites aceites e recusados, que não vinham ao caso nem interessam a ninguém, tentou ironizar e respondeu à pergunta das escutas com um teatral "Quais escutas?". Até poderia ter graça num teatro de bolso para iluminados das artes cénicas. O problema é que é ministro. O interesse público é qualquer coisa de desprezível para estes tristes actores de má qualidade com que o sistema tenta fazer de nós parvos.

domingo, outubro 07, 2007

(1748) PRÓS & CONTRAS

Amanhã, segundo li na imprensa, Paulo Portas e Rui Pereira vão estar no Prós & Contras. Estou cheio de curiosidade de ver explicações em directo sobre as poucas vergonhas das conversas reveladas nas escutas telefónicas transcritas pelo "Sol". E, aguardo, com ainda mais curiosidade, a forma como o programa vai ser conduzido. Talvez não fosse má ideia convidarem o Mário Crespo para aprimorar o debate. Há quem esteja atento.

domingo, julho 22, 2007

(1364) PESSOINHAS (2)

Duas: Paulo Portas. Primeiro pede que se investigue tudo sobre os submarinos que mandou comprar quando esteve no Governo. Chega tarde. Parece que alguém já está a tratar disso. Depois diz que vai processar o Estado por ter sido vítima de 24 violações ao segredo de justiça em 40 dias. Eu compreendo os nervos. Esta performance supera de longe o recorde de violações do segredo de justiça de que ele beneficiou, quando ganhava a vida como Director de um jornal precisamente com violações ao segredo de justiça. Não se faz.

sexta-feira, junho 01, 2007

(1078) OS AMNÉSICOS

Paulo Portas e Marques Mendes foram ministros de Durão Barroso justamente no Governo que apresentou o projecto da Ota em Bruxelas para efeito do financiamento. Hoje, fazem gala de discordar, duvidar, perguntar, criticar. A isto chama-se oportunismo e desonestidade políticas. E agora, com a oportunidade das eleições intercalares em Lisboa, perderam a vergonha e juram que já no século V antes de Cristo eram contra a Ota.

A verdade é que é o Governo de Durão Barroso que está na oposição parlamentar ao PS. Ou seja: numa palavra, é uma oposição sem credibilidade e incapaz de dar um futuro melhor a Portugal. Já deram o que tinham a dar e deram bem pouco.
(publicado na edição de hoje do Democracia Liberal)

quinta-feira, maio 31, 2007

(1074) MINI-MARQUES MENDES

No debate mensal, Paulo Portas, apertado por Sócrates, quer fazer de conta que não era do mesmo Governo que apresentou o projecto da Ota em Bruxelas. O passado pesa. Aliás, entre 2002 e 2005 a verdadinha é que esta espécie de mini-Marques Mendes (fiz uma coisa, digo outra), não esteve cá.

sábado, maio 19, 2007

(999) GARGALHADA GERAL

(É rir meus senhores, é rir...)

Paulo Portas,que deixou a meio mandato na Asembleia da República em 1996, que deixou a meio mandato no Parlamento Europeu em 1999, que deixou a meio mandato na Camara Municipal de Lisboa em 2002, que deixou a meio mandato na liderança do CDS em 2005, disse hoje que o centro-direita não vai lá enquanto deixar os mandatos a meio. Era difícil haver crítico de Paulo Portas a conseguir ser mais certeiro na crítica a Paulo Portas e a ser mais convincente a explicar que Paulo Portas não vai lá, do que o próprio.

sexta-feira, abril 27, 2007

(943) A NOVA OPORTUNIDADE DA DIREITA

A vitória esperada de Paulo Portas sobre Ribeiro e Castro no CDS é uma nova oportunidade para a direita. O espaço político da direita não tem hoje representação no Parlamento, onde apenas há cadeiras que estão colocadas à direita da mesa. O que é muito diferente de nessas cadeiras se sentar a direita política.

De repente parece que voltámos aos dias seguintes ao 25 de Abril onde havia medo, receio e vergonha de alguém cometer a ousadia contra-revolucionária de se dizer de direita. É verdade que na altura havia um célebre operacional que se dispunha a meter a direita no Campo Pequeno. Mas hoje esse risco desapareceu.

Todos os personagens que se sentam à direita de Jaime Gama no hemiciclo estão em marcha declarada para o centro, esse lugar de sítio nenhum na sociedade eleitoral, mas que constitui sede apropriada para os grandes negócios do regime e para os grandes financiamentos do regime.

Este CDS de Portas também quer o centro. Aliás, assim nasceu em 1974, rigorosamente ao centro. Rigor não é qualidade que Portas tenha, mas da sua voracidade central já ninguém duvida. Aliás, o CDS do centro até começou ao contrário. Normalmente os partidos que partem em busca do Graal do centro têm de lá chegar primeiro antes de ter a alforria mordomística. No CDS, o lugar na administração da Caixa Geral de Depósitos até chegou mais cedo do que o partido chegou ao centro. Mais rápidos que a própria sombra…

Este CDS que existe desde domingo já defendeu tudo e o seu contrário. Portas tornou-se democrata-cristão depois de ter proclamado, com a solenidade parola que coloca nas maiores frugalidades que afirma, a morte da democracia-cristã. Já foi contra o euro, hoje é a favor. Já foi pela soberania contra o federalismo, mas subscreveu no Governo a Constituição europeia federalista contra a soberania. Já foi euro-revoltado, euro-contestatário, euro-nervoso e euro-calmo. Hoje é euro-ausente. Já foi líder partidário e eurodeputado ao mesmo tempo, mas hoje acha que não se pode ser líder partidário e eurodeputado ao mesmo tempo. Já fez juras de fidelidade aos pescadores, mas abandonou-os logo que chegou ao poder e, por sinal, à pasta ministerial do Mar que lhe caiu no regaço sem aviso prévio.

Portas é o vazio ideológico mais barulhento e inconsequente da política portuguesa. Ora, a direita não confia por natureza em pessoas tão brilhantemente erráticas. PS, PSD e CDS estão a participar num concurso nacional de centrismo militante.

Hoje é assim mais fácil mostrar as diferenças entre a direita e as esquerdas todas, as ideológicas, as cúmplices, as invejosas e as de centro.

À direita, é, portanto, o vazio institucional.

Em 2009, esse vazio pode acabar. E acabará com a eleição de deputados da Nova Democracia. Talvez até o vazio acabe antes de 2009. Talvez acabe já em Maio de 2007, com a eleição dos primeiros deputados da Nova Democracia na Madeira. O que, a verificar-se, como acredito que pode suceder, será o início de uma nova era política no país. É que não é só a situação que está podre e caduca. A oposição também. Uma democracia de qualidade exige uma oposição tão séria quanto necessita de um Governo na mesma medida.
(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)

quinta-feira, abril 26, 2007

(939) DA DECÊNCIA

Numa democracia normal a luta política e a oposição ao Governo deve fazer-se através de programas, ideias e propostas sobre a sociedade e a organização do Estado. Numa democracia doente e degradada, a luta política faz-se através da discussão dos comportamentos dos políticos.

No 34º aniversário do PS José Sócrates disse que o PS quer uma democracia decente. Ora, decência é tudo aquilo que o PS não tem mostrado ter nos últimos tempos de Governo e de maioria. A proclamação revelou uma hipocrisia política aguda e chocante. Ainda ontem Sócrates deu mais um sinal ético, ao considerar um exemplo de ética a atitude de Pina Moura abandonar os cargos políticos e partidários para ir controlar a TVI. Não ocorreu ao Primeiro-Ministro que acumular a representação da Nação no Parlamento, um órgão de soberania, com os interesses empresariais espanhóis da Iberdrola fosse um exemplo anti-ético ou uma indecência. Sócrates é muito selectivo em matéria ética.

Mas é José Sócrates o primeiro a agir assim? Infelizmente, não. Outros que o antecederam no poder foram pioneiros. Durão Barroso, Paulo Portas, só para lembrar alguns dos mais recentes, foram ilustres percursores. E estão todos no activo. O que (temos de ter capacidade para ver os factores positivos) é uma boa notícia para quem tem uma noção séria e elevada da política. Fica mais nítida a diferença.
(publicado na edição de hoje do Democracia Liberal)

quarta-feira, abril 25, 2007

(929) COM O HUMOR ME ENGANAS...


O sempre oportuno e corrosivo cartoon de Pedro Afonso, no Democracia Liberal. Esta semana sobre o regresso do trapalhão Portas.

quinta-feira, abril 19, 2007

(896) VAZIO

(Vazio)

Ontem houve uma espécie de debate na televisão sobre intriga no CDS. A moderadora foi a senhora que teve novas oportunidades. Os debatentes não foram capazes de deixar uma ideia, uma proposta, uma definição. Do que eu pude perceber, Ribeiro e Castro, que só existe quando faz luta política interna, está cheio de razão, mas vazio de projecto. Portas quer voltar porque Castro não pode ser líder sendo eurodeputado. Exactamente o que Portas já fez no passado. Mas Portas, afinal de contas, é uma espécie de Sócrates sem votos. Nem a trapalhada com uma Universidade lhe falta.

sexta-feira, abril 06, 2007

(811) ACTUALIDADE POLÍTICA

Em 06 de Abril de 2002, tomou posse o XV Governo Constitucional, formado pela coligação PSD-CDS/PP, chefiado por Durão Barroso. Marques Mendes era ministro dos Assuntos Parlmentares e Paulo Portas, ministro de Estado e da Defesa. Uma tripla de sucesso, como se sabe.

sexta-feira, março 09, 2007

(648) O VIDEO DA MODA

Este.

(647) CLARIFICAÇÃO

A alegada Direita do sistema, o PSD e o CDS, ainda não perceberam que o vazio ideológico e político que hoje se vive à direita do PS tem duas razões essenciais.

A primeira é a desastrosa experiência governativa que esses dois partidos interpretaram em co-autoria solidária. Hoje, dificilmente nos lembramos de uma, uma só, reforma, medida ou mudança que os Governos do PSD e do CDS, porque foram dois, tenham legado ao país. Olhando para trás, resta um período de mero poder, de ostentação de ambições pessoais, umas melhor sucedidas que outras, de confusões e de suspeições, que minaram profundamente a credibilidade desses partidos e da direita geométrica. Visto à distância esse tempo revela-se um parêntesis político que o país sofreu disciplinada a amarguradamente, de exercício inconsequente e de vazio político.

A segunda razão prende-se com o facto de, na essência esses dois partidos serem iguaizinhos a este PS, tirando algumas matérias simbólicas e pontuais. Por isso protestam contra o alegado furto político com que o PS de Sócrates teria vandalizado o seu espaço, o seu projecto, o seu programa. Na essência todos defendem as mesmas regras, o mesmo sistema, as mesmas medidas. Varia a quantidade, a intensidade e sobram os estilos pessoais. Se o líder fala melhor ou pior, é mais eficaz ou menos na televisão, se é mais sério ou menos, se é mais maquiavélico ou menos, se é mais verdadeiro ou dissimulado. Uma pobreza, em suma.

Ora, estamos nas vésperas de conseguir esta pérola política: PSD e CDS liderados por dois dos principais autores da desgraça, do vazio e da decadência da direita geométrica. Marques Mendes e Paulo Portas foram autores privilegiados do problema, não podem por natureza fazer parte da solução. É uma espécie de assombração. Tudo a jeito de Sócrates.

É evidente que, sentados nas cadeiras do poder, ambos podem ter um nobre projecto: estar sentados nas cadeiras do poder. À espera que a roda da sorte eleitoral mude e os bafeje com o rotativismo em que se instalaram, em que se deliciam e em que empatam uma alternativa política que fingem querer, mas que é apenas uma vazio disfarçado de pose.

Com os dois à frente do PSD e do CDS, estará criada uma oportunidade de ouro para clarificar uma alternativa verdadeira à esquerda e à direita geométrica que se alimenta dessa esquerda. Essa alternativa tem de começar pelo debate ideológico sobre o que fazer e para onde ir com o poder que o eleitorado atribuir. É neste projecto que se inserem os Estados Gerais da Direita promovidos pela Nova Democracia e cuja 1ª sessão terá lugar no próximo Domingo.
(publicado na edição de hoje do Semanário)