terça-feira, junho 26, 2007

(1194) 'MUNICÍPIO LIVRE DE INTERNET'

Ainda há municípios portugueses que não beneficiam da presença na rede. Assim a seco, pode já de si parecer estranho no ano da graça de 2007 que ainda haja municípios portugueses sem sítio na internet. Mas se acrescentarmos o facto de se tratar de um município que tem no seu território uma pérola que é património mundial da humanidade, devidamente classificada e reconhecida pela UNESCO, ainda parecerá mais estranho. Decidi abrir concurso para palpites. Quem sabe de que município se trata, quem sabe? É favor responder na caixa de comentários a esta entrada.

(1193) FALSIDADES

Primeiro José Sócrates andou pela Europa a exigir um mandato claro para que a Presidência portuguesa do Conselho da União Europeia metesse ombros à escrevinhação de uma segunda versão da Constituição europeia. Segundo, José Sócrates ficou feliz, radiante, impante, com o resultado da cimeira de Bruxelas e aceitou o encargo épico da escrevinhação para a qual exigia mandato claro. Certamente porque o obteve. Terceiro, agora, quando lhe falam da promessa que fez ao país de realizar o referendo diz que primeiro é preciso conhecer o Tratado e só depois ver se vale a pena fazer o referendo. Julgará José Sócrates que somos todos parvos?

(1192) COISAS BOAS DOS BLOGUES

Serem um teste à tolerância. Por exemplo, à tolerância para com a estupidez, a grosseria e a má educação. Nunca ninguém disse que quem escreve em blogues tinha de ser inteligente, elevado e bem educado. Mas mesmo assim, prefiro os blogues abertos.

(1191) HOMÓNIMOS (23)

Jorge Ferreira, um árbitro de futebol de Fafe.

segunda-feira, junho 25, 2007

(1190) E ESTÁ TUDO DITO!

Esta entrada é um tratado. O vigilante intelectual da pureza do socratismo tem o mérito de nos dizer tudo. Esclarece-nos que as conclusões da cimeira de Bruxelas são tão boazinhas que a CIG (Conferencia Inter-Governamental para quem precisa de saber siglas) praticamente é um pró forma. Sendo assim, se está tudo Tratado, não vejo razão para que Cavaco e Sócrates não digam simplesmente ao país que a promessa feita de fazer um referendo é para cumprir. Se não o dizem é porque querem trair a promessa. Essa é que é essa. E já agora: quem estiver falho de argumentos para brilhar nas conferencias e nos colóquios politicamente correctos do sistema, já sabe: amanhã sai a cartilha no Público.

(1189) OBSERVADORES INDEPENDENTES

Se fosse eu a escrever iam achar uma análise parcial e interessada, o que em si não é mal mas diminui o valor da opinião. Assim, nada melhor do que recorrer a observadores independentes. "Campanha do CDS-PP vai de mal a pior em Lisboa", escreve André Azevedo Alves. Permita-se-me um comentário: desde que aderiu ao lobby gay a rapaziada do CDS vê o mundo desfocado.

(1188) TEXTOS MAIORES

Este, por exemplo: "Referendo e Negociação", por José Medeiros Ferreira, no Bichos Carpinteiros.

(1187) FRASES MENORES

"O referendo só é um instrumento legítimo e adequado para as questões menores.", Sérgio Sousa Pinto, sobre o referendo ao novo tratdo europeú. Já tinha saudades de ouvir falar do ex-deputado fracturante, agora um deputado conformista, acomodadinho, instaladinho, como se vê. Só para um político menor o referendo deve ser usado para questões menores. O povo, coitado, é meramente decorativo.

(1186) UMA QUESTÃO DE RELÓGIO

Há quem defenda que ainda é cedo para falar de referendo ao novo tratado que há-de ser. Poderei estar de acordo. Atendendo a que há quem trabalhe de noite, um quarto para a uma da tarde, pode não ser uma boa hora.

(1185) DESINFORMAÇÃO

A Comunicação Social em geral continua a dar um execelente contributo para a desinformação dos portugueses, quando insiste que Portugal vai presidir à União Europeia. Ora, a União Europeia não tem Presidente. Portugal vai presidir sim ao Conselho, apenas um dos orgãos da União. Este simplismo revela o pouco rigor com que se tratam certos assuntos.

(1184) O TURISMO DO CHI-CHI



(Urinol)
Cinco anos depois da mudança da velha para a nova Aldeia da Luz, devido à construção da barragem do Alqueva, vale a pena ver como o poder em Portugal trata as pessoas e como se esquece rapidamente das promessas que faz às pessoas quando lhe convém. Apenas um cheirinho da entrevista do Presidente da Junta de Frequesia, Francisco Oliveira:
"Como vê esta aldeia cinco anos depois?
Francisco Oliveira – Está pior em todos os aspectos. Os compromissos que fizeram connosco não foram cumpridos e as pessoas estão saturadas de uma vida instável e angustiadas por não conhecerem o futuro. Sentimo-nos despejados neste lugar.
Quais eram esses compromissos?
Desde a construção do centro artesanal, passando pela marina, adega, posto de recolha de azeitona e parque de merendas. Nunca mais ninguém ligou à aldeia. Dentro da povoação há ruas em estado lastimável e ninguém sabe se é a EDIA ou a Câmara de Mourão que têm responsabilidade por estas situações.
O que fez para resolver os problemas?
Estou farto de mendigar, mas como esta é uma freguesia sem lei, a junta não tem competências para poder actuar no planeamento. Sinto-me impotente para resolver os problemas. Em 2005, fui ameaçado numa reunião na Câmara de que pagaria 250 mil euros se mexesse no Largo 25 de Abril. Queria apenas pôr umas árvores e uns bancos para os velhotes se sentarem. Na altura estive para fechar a porta da Junta, mas senti que ao fazê-lo estava a ser cobarde para a população, que não tem culpa das maldades que os governos fizeram à aldeia.
O turismo é uma realidade ou uma ‘miragem’?
O Alqueva não deu nada à aldeia, só tirou. Com o consentimento de alguém, a albufeira matou todo o concelho de Mourão. O que é que nós temos para oferecer? Nada. Até já fecharam dois cafés porque não há gente para eles. Os turistas vêm à aldeia para visitar o museu e fazer chichi.

(1183) HOMÓNIMOS (22)

Jorge Ferreira, um bem sucedido empresário de Alqueidão da Serra, que faz calçada portuguesa.

domingo, junho 24, 2007

(1182) CONTRA AS GOLPADAS

Para quem não se conforma com a mega-operação de condicionamento da liberdade dos cidadãos em curso, no sentido de fazer passar a próxima versão da Constituição europeia às ocultas, a salto, numa espécie de contrabando institucional, pode assinar esta petição.

sábado, junho 23, 2007

(1181) O COSTUME

A bem dizer ninguém sabe o que foi efectivamente negociado na cimeira dos cegos, surdos e mudos. Esta é a Europa do costume. Um segredinho bem guardado. O problema é mesmo a realidade, que despreza olimpicamente as negociatas europatológicas. Preparem-se que a ideia em curso é eliminar os referendos e impôr a mordaça ainda que à força de toneladas de propaganda.

(1180) HOMÓNIMOS (21)

Jorge Ferreira da Silva, futebolista do São Paulo, conhecido como "Palhinha".

(1179) DO PORTUGAL PROFUNDO


A Origem

A Festa dos Tabuleiros ou Festa do Divino Espírito Santo é uma das manifestações culturais e religiosas mais antigas de Portugal.Segundo os investigadores a sua origem encontra-se nas festas de colheitas à deusa Ceres. A sua cristianização pode dever-se à Rainha Santa Isabel que lançou as bases do que seria a Congregação do Espírito Santo, movimento de solidariedade cristã que em muitos lugares do reino absorveu as primitivas festas pagãs. O ponto alto das festividades que juntava ricos e pobres sem qualquer distinção ocorria no Domingo de Pentecostes, dia em que as línguas de fogo desceram sobre os Apóstolos simbolizando a igualdade de todos perante Deus.

Esta Festa de «Acção de Graças» e de oferendas manteve as suas características inalteráveis até ao século XVII. Algumas das alterações que foram surgindo justificam-se no sentido de conferir uma maior grandiosidade a esta Festa. A tradição continua e muitas das suas cerimónias como o Cortejo da chegada dos Bois do Espírito Santo que tem o nome de Cortejo do Mordomo, o Cortejo dos Tabuleiros, a sua bênção, a forma do tabuleiro, os vestidos das raparigas portadoras dos Tabuleiros e a Pêza ou distribuição do pão e da carne mantêm-se (desde há alguns anos a esta parte também se distribui o vinho).
A principal característica da Festa dos Tabuleiros é o Desfile ou Procissão, com um número variável de tabuleiros, em que estão representadas as dezasseis freguesias do concelho. Esta procissão de dignidade, cor, brilho e emoção percorre as principais ruas da cidade, num percurso de cerca de 5 Km, por entre colchas pendentes nas janelas, milhares de visitantes nas ruas e uma chuva de pétalas que de forma entusiástica é lançada sobre o Cortejo.
A Festa é do Tabuleiro que deve ter a altura da rapariga que o leva à cabeça, sendo constituído por trinta pães enfiados em cinco ou seis canas que partem de um cesto de vime ou verga e é rematado ao alto por uma coroa encimada pela Pomba do Espírito Santo ou pela Cruz de Cristo.
A Festa
O início da Festa dos Tabuleiros é marcado pela chamada do povo para uma reunião pública, convocada pelo Presidente da Câmara, para o Salão Nobre dos Paços do Concelho onde se decide se há Festa dos Tabuleiros no ano seguinte e se a opinião do povo for favorável é escolhido o Mordomo. Após a decisão sobre a Festa e se o povo decidir que há Festa são lançados três foguetes a anunciar que há Festa Porquê tanto tempo de antecedência?A Festa dos Tabuleiros engloba vários Cortejos, o trabalho de várias centenas de pessoas que durante mais de seis meses confeccionam as flores que vão ornamentar os tabuleiros e decorar as ruas populares a maioria situadas no centro histórico da cidade.
A necessidade de planear, de organizar e de angariar fundos e subsídios leva à necessidade de se começar a trabalhar com muito tempo de antecedência (mudança dos tempos). Por outro lado a Festa engloba várias cerimónias tradicionais como o Cortejo das Coroas, o Cortejo dos Rapazes, o Cortejo do Mordomo ou a chegada dos Bois do Espírito Santo, a abertura das Ruas Populares Ornamentadas, os Cortejos Parciais, os Jogos Populares, o Grande Cortejo ou Cortejo dos Tabuleiros e a Pêza que necessitam de serem pensadas e organizadas devidamente porque o fundamental é cumprir o que os nossos bisavós e avós também fizeram., ou seja, manter a tradição e principalmente respeitá-la.
Além destas cerimónias tradicionais, durante o período da Festa decorrem vários espectáculos culturais e recreativos que são uma mostra do que de melhor fazem as várias Associações do Concelho. Após a eleição o Mordomo começa os contactos necessários à constituição da Comissão Central onde se encontram os Mordomos responsáveis pelas várias Comissões sectoriais como por exemplo: Cortejo, Bodo, Mordomo, Rapazes, Ornamentações, Ruas Populares ornamentadas, Logística, Contactos Institucionais, Gestão Financeira, Serviços Jurídicos, Programa Cultural, Angariação de Fundos, Trânsito e Transportes, Feira e Arraial, Publicidade e Marketing, Espectáculos Populares, Secretariado, Relações Públicas, Comunicação e Som e Serviços Técnicos. O Presidente da Câmara, o Prior e o Provedor da Misericórdia são por inerência dos seus cargos membros efectivos da Comissão Central.
Cortejo das Coroas
Apesar da decisão da realização da Festa dos Tabuleiros ser tomada com um ano de antecedência, as cerimónias só têm início no Domingo de Páscoa do ano seguinte.O Cortejo das Coroas é o primeiro acto solene da Festa dos Tabuleiros e destinava-se, antigamente, a anunciar à população a próxima celebração da sua Festa maior. No chamado terceiro ciclo da Festa (após 1950), O Cortejo sai da Misericórdia fiel depositária do Pendão e Coroas da cidade de Tomar, dirige-se à Igreja de S. João Baptista ou Igreja de Santa Maria do Olival onde é celebrada a Missa Solene do Espírito Santo na presença das Coroas e dos Pendões que são colocados na capela-mor. Terminada a Missa, o Primeiro cortejo das coroas percorre o itinerário do Cortejo dos Tabuleiros. Como é uma Festa religiosa há sete saídas de Coroas. 7 é o número perfeito a nível da Igreja Católica: 7 dias da semana; 7º dia é o da plenitude da caminhada (quando Deus descansou); 7 Dons do Espírito Santo; 7 domingos da Páscoa ao Pentecostes quando se celebra a plenitude da Vida Nova.
A primeira saída é no Domingo de Páscoa, a segunda no Domingo de Pascoela e as restantes de quinze em quinze dias até ao dia 24 de Junho, último Cortejo de Coroas antes da Festa dos Tabuleiros. O percurso das restantes saídas de Coroas é variável e tem sido adaptado ao crescimento da cidade pretendendo-se levar o anúncio da Festa à maioria dos habitantes.

As ruas estão decoradas com colchas coloridas nas janelas e o chão com verdura. À passagem do Cortejo o povo vai lançando flores criando assim um efeito de cor ímpar e o clima de alegria que se vive sempre em anos de Festa dos Tabuleiros. A antecipar o Cortejo e bem à frente vai o fogueteiro anunciando a aproximação da procissão; em seguida vêm os gaiteiros e tamborileiros, a Banda, o Pendão do Espírito Santo, as três Coroas do Espírito Santo da cidade, as dezasseis Juntas de Freguesia representadas por um Pendão e por uma Coroa, os membros das diferentes Comissões e o povo. Nas demais saídas vai havendo rotatividade entre as dezasseis Juntas de Freguesia que só se voltam a juntar no dia do Cortejo dos Tabuleiros.
Cortejo dos Rapazes
Desde o início das suas actividades, os Jardins de Infância e Escolas de 1º ciclo do concelho de Tomar tiveram como filosofia trabalhar junto da comunidade local dando a conhecer o meio, preservando a cultura e tradições e principalmente transmitindo esses valores às crianças com quem trabalhavam. Desta ideia inicial e com o aproximar da Festa dos Tabuleiros de 1991 rapidamente se passou, com o apoio dos elementos da Comissão de então, dos pais e das crianças, para uma ideia mais arrojada: porque não participar e reviver o «Cortejo dos Rapazes» que se tinha realizado a última vez em 1892?
Tudo é feito como se se tratasse do Cortejo dos Tabuleiros dos «adultos». As crianças levam os trajes de tradição: as meninas vestidas de branco com uma fita de cor à cintura e à tiracolo, sogra ou rodilha e transportam o tabuleiro que terá a sua altura e os rapazes trajam calça preta, cinta preta, barrete preto no ombro, camisa branca e gravata habitualmente da cor da fita da menina. A alegria e o entusiasmo da população foi tanta que em 1995 o número de crianças já foi maior e no Cortejo dos Rapazes de 2003 estiveram envolvidas cerca de duas mil crianças dos Jardins de Infância e Escolas do 1º ciclo do concelho. Este ano realiza-se a 1 de Julho.
Cortejo do Mordomo
Perde-se no tempo a origem do «Cortejo do Mordomo». De início seria um hino à abundância simbolizada nos bois que iriam ser abatidos para o Bodo. «Os Bois do Espírito Santo» como eram chamados, desfilavam perante o olhar da população sendo posteriormente abatidos e a carne distribuída a toda a população, ricos e pobres, em memória de um mundo novo e fraterno. Desde 1966 que os bois já não são abatidos e a carne não é distribuída a todos passando a ser distribuída unicamente pelas famílias carenciadas. A carne é obtida junto dos proprietários dos talhos. No entanto a tradição mantém-se: os bois são enfeitados com colares e brincos de flores desfilando pelas ruas da cidade ao som de foguetes, gaiteiros e banda de música. A acompanhar vão algumas charretes que transportam os Mordomos e convidados e vários cavaleiros. Este Cortejo decorre no dia 6 de Julho (sexta-feira).
Ruas Populares Ornamentadas
A Festa dos Tabuleiros é, essencialmente, uma festa de cor e movimento. Uma das formas mais características da população mostrar a alegria pela realização da Festa é a ornamentação das suas ruas, chamadas de populares porque a maioria se encontra no chamado centro histórico da cidade onde o bairrismo ainda vive.
Assim, centenas de pessoas despendem milhares de horas de trabalho durante mais de seis meses, a confeccionar milhares de flores de papel com que vão ornamentar as suas ruas. A ornamentação é da sua autoria e responsabilidade e o segredo é sempre mantido até à sexta-feira à noite em que se dá a abertura oficial das ruas populares. O talento e o trabalho dos «decoradores» é premiado e avaliado pela Comissão que oferece placas que premeiam por exemplo a Cor, a Harmonia, a Tradição sendo contempladas todas as ruas concorrentes. As Ruas Populares são abertas oficialmente no dia 6 de Julho.
Cortejos Parciais
No sábado de manhã decorrem os chamados «Cortejos Parciais». A necessidade de reunir os Tabuleiros das diferentes freguesias para o Cortejo de Tabuleiros levou, a partir dos anos 50, à introdução de um elemento novo – um desfile em separado dos tabuleiros das diversas freguesias que partindo de um local previamente escolhido passam junto ao edifício dos Paços do Concelho onde são recebidos pelo Mordomo, Presidente da Câmara e Vereação dirigindo-se para a Mata Nacional dos Sete Montes onde ficam em exposição até ao Cortejo de domingo.Os Cortejos Parciais decorrem no dia 7 de Julho (sábado de manhã).
Jogos Populares
A inspiração vem de tempos recuados pois a Festa dos Tabuleiros era o grande acontecimento que atraía a Tomar a população das redondezas que se deslocava, como era habitual na época, a pé, de carroça ou sobre os muares. A corrida de burros era a parte mais animada e interessante da festa. Em 1964, realizaram-se os primeiros Jogos Populares adaptando-se os jogos tradicionais inspirados no trabalho da nossa gente rural (corte de troncos a machado e corte de troncos a serrote).
Cada freguesia tem um representante em cada jogo, excepto no chinquilho (equipa), na gincana de burros (um rapaz e uma rapariga), na luta de tracção (equipa) e no corte de troncos a serrote (dois homens). Além destes jogos também se disputam a corrida de carroças, corrida de cântaros, subida de mastro, corrida de sacos, corrida de pipas, corrida de púcaros e corte de troncos a machado.Os Jogos Populares realizam-se no dia 7 de Julho (sábado da parte da tarde).
Cortejo dos Tabuleiros
O motivo principal da Festa dos Tabuleiros é o Grande Cortejo dos Tabuleiros que adquiriu tanta importância que deu o nome à Festa que hoje só é conhecida por Festa dos Tabuleiros.
Como afirmava o saudoso Dr. Fernando Araújo Ferreira «o tabuleiro é um hino de cor. Um poema nascido da arte popular tomarense. Das mãos e inspiração do seu povo. Obedecendo a regras tradicionais, é ele que o arma é ele que o ornamenta. De gerações em gerações passou o jeito, a herança bonita. O Tabuleiro é uma oferta de pão, por isso o pão deve ficar à vista, a ornamentação pertence ao gosto de quem o decora, com flores de papel e verdura se for caso disso. O Cortejo vive e encanta pela variedade de cores e ornamentações.» Não resistimos a transcrever algumas das palavras do Dr. Manuel Guimarães, historiador, que traduzem a emoção que percorre quem vai no Cortejo e quem assiste à sua passagem: «As raparigas, figuras principais, desfilam em duas longas filas ao lado dos seus ajudantes (os rapazes) que seguem do lado de dentro mas sempre atentos às companheiras. Dirigem-se à Praça da República onde o Cortejo enrola harmoniosamente até preencher sem sobressaltos a placa central. Um representante da Igreja vem à Praça, paramentado, dar a bênção aos Tabuleiros. Depois, a um sinal do sino, é a elevação, um momento inesquecível. Uma moldura humana impressionante, aplaude comovida este momento mágico, único, pela sua grandiosidade, simbolismo e beleza, único na nossa arte e na nossa cultura.» O Cortejo dos Tabuleiros realiza-se na tarde do dia 8 de Julho (domingo).
Bodo ou Pêza
Os bodos do Espírito Santo, (refeição sagrada), instituídos pela Rainha Santa Isabel que em Tomar, com a passagem dos anos se passaram a designar Pêza e é o último acto de cada Festa dos Tabuleiros. Acontece no dia a seguir ao Cortejo dos Tabuleiros (segunda-feira) e seguindo a tradição (porque os Dons de Deus - frutos da terra e dos rebanhos - carne, pão e vinho - são para todos), numa forma de agradecimento a Deus, consta da partilha do pão, da carne e do vinho agora só com os mais pequenos, os mais necessitados. O Bodo ou Pêza decorre na manhã do dia 9 de Julho (segunda-feira).

sexta-feira, junho 22, 2007

(1178) DIVERTIMENTO

Não consigo deixar de me divertir com os bonzos sistemáticos que com inveja ou por pura incapacidade derivada de cinzentismo medular, andam danados com o Ginjas.

(1177) PIOR PARA O CIDADÃO

(Bijuteria)

Livros, para adultos e para crianças, cd's, canetas, lápis, borrachas, post it's, caixas de cartão, cartões para telemóveis, porta-chaves, fitas para qualquer coisa, produtos de poupança, sacolas, chávenas, canecas, loiças para pôr tremoço, azeitona ou frutos secos, de repente julguei-me numa loja dos trazentos. Foi então que, surpreendido, reparei que estava, afinal, apenas numa estação dos CTT. Imediatamente me ocorreu como seria bom pôr bancos, livrarias, discotecas, lojas de coisas para casa, de souvenirs, a poder fazer distribuição postal. Ou seja, consentir a todos os agentes económicos o que o Estado consente aos CTT. O preço dos serviços postais baixaria certamente e se o serviço não tivesse qualidade facilmente mudaríamos de fornecedor. Foi então que me lembrei que em Portugal existe um monopólio dos serviços postais. Como se vê, os monopólios são sempre injustos e prejudicam os cidadãos, para além de descambarem em concorrencia desleal com outros agentes económicos. Os CTT são hoje um hipermercado monopolista de proximidade. Ah e já agora não se esqueçam de mudar o nome à empresa. CTT Correios de Portugal apenas reflecte um segmento de negócio. Talvez CTT, Lojas de Portugal ficasse mais verdadeiro.

(1176) EXCENTRICIDADE OPORTUNA


Imagens de liberdade em Ascot.

(1175) SE FOSSE NUM BLOGUE JÁ HAVIA QUEIXA

"O administrador executivo da Área Metropolitana do Porto diz que a loja Ikea de Matosinhos vai ser muito mais do que isso – “vai ter ao lado um centro comercial duas vezes maior do que o NorteShopping” – e afirma que o ministro da Economia lhe pediu “o favor pessoal” de aprovar todo esse complexo comercial “sem condições nem restrições”. (Correio da Manhã). Então o ministro da Economia pede favores pessoais a funcionários públicos (de acordo com a definição de funcionário estipulada no Código Penal)? Onde já chegámos que nem o pudor se tem de confessar publicamente e sem qualquer receio que membros do Governo pedem favores pessoais? É escandaloso se o Ministério Público não abrir inquérito. É escandaloso se o Primeiro-Ministro mantiver este ministro um só dia mais no Governo. Se fosse um blogue a descobrir isto, aí sim, a indignação de José Sócrates já teria sido entregue ao Ministério Público. Aguardo queixa de Manuel Pinho contra o administrador-executivo da Área Metroploitana do Porto. Se isso não suceder, então Portugal está a saque.
(via O Jumento)