Um dos temas que mais tem excitado os comentadores é a possibilidade de José Sócrates fazer ou não uma remodelação do Governo. Apontam candidatos a sair, dizem como Sócrates deve fazer, eles falam , falam, falam… e o Governo continua na mesma. E cheira-me que continuará na mesma.
Desde já convém notar que as remodelações dos Governos não passam de exercícios psicológicos de criação de efeitos especiais. Em última instância é o Primeiro-Ministro que é responsável pelo programa, pelas políticas e pelos membros da sua equipa.
Remodelar é disfarçar. Os Primeiros-Ministros costumam usar essa arma para salvar a pele e não para mudar o essencial.
Depois as remodelações dependem do feitio de cada um. Os jornalistas deliciam-se com a expectativa das remodelações. Dá para falar da intriga política dos corredores e dos bastidores, dá para tocar música, quase discos pedidos, para ilustrar a dança dos nomes, dá para escrever longos textos sobre os ministros que se acha que devem sair e os que se palpitam que podem entrar.
Evidentemente que ao cidadão comum esta conversa de remodelação para cá e para lá, diz pouco. Ou nada.
Mas, no caso vertente, impõe-se alguma memória. José Sócrates, que logo no início do seu mandato fez questão de mandar os portugueses “habituarem-se”, já teve de fazer várias remodelações. Campos e Cunha, lembram-se? Freitas do Amaral, lembram-se? Foram remodelações que ocorreram no Governo. Não foram desejadas pelo Primeiro-Ministro.
José Sócrates tem remodelado o Governo à força das circunstâncias. Ele está convencido e porventura bem que o país aprecia o género de político que se está nas tintas, em português vernáculo, para os comentadores e para os jornais e por isso aparenta estar determinado a seguir o seu caminho imperturbável e impassível para chegar às eleições com uma aura de firmeza, mão forte e carisma, que manifestamente tem de ir buscar aos factos já que de natureza não o tem.
A questão, para os eleitores, e a que verdadeiramente interessa é saber se querem ou não remodelar o Primeiro-Ministro nas próximas eleições. E para saber isso, os eleitores vão olhar para o lado e ver o friso das alternativas.
Quanto ao mais, desiludam-se: Sócrates só remodela à força. À força das circunstâncias. O melhor é analisarem as circunstâncias e não Sócrates.
Desde já convém notar que as remodelações dos Governos não passam de exercícios psicológicos de criação de efeitos especiais. Em última instância é o Primeiro-Ministro que é responsável pelo programa, pelas políticas e pelos membros da sua equipa.
Remodelar é disfarçar. Os Primeiros-Ministros costumam usar essa arma para salvar a pele e não para mudar o essencial.
Depois as remodelações dependem do feitio de cada um. Os jornalistas deliciam-se com a expectativa das remodelações. Dá para falar da intriga política dos corredores e dos bastidores, dá para tocar música, quase discos pedidos, para ilustrar a dança dos nomes, dá para escrever longos textos sobre os ministros que se acha que devem sair e os que se palpitam que podem entrar.
Evidentemente que ao cidadão comum esta conversa de remodelação para cá e para lá, diz pouco. Ou nada.
Mas, no caso vertente, impõe-se alguma memória. José Sócrates, que logo no início do seu mandato fez questão de mandar os portugueses “habituarem-se”, já teve de fazer várias remodelações. Campos e Cunha, lembram-se? Freitas do Amaral, lembram-se? Foram remodelações que ocorreram no Governo. Não foram desejadas pelo Primeiro-Ministro.
José Sócrates tem remodelado o Governo à força das circunstâncias. Ele está convencido e porventura bem que o país aprecia o género de político que se está nas tintas, em português vernáculo, para os comentadores e para os jornais e por isso aparenta estar determinado a seguir o seu caminho imperturbável e impassível para chegar às eleições com uma aura de firmeza, mão forte e carisma, que manifestamente tem de ir buscar aos factos já que de natureza não o tem.
A questão, para os eleitores, e a que verdadeiramente interessa é saber se querem ou não remodelar o Primeiro-Ministro nas próximas eleições. E para saber isso, os eleitores vão olhar para o lado e ver o friso das alternativas.
Quanto ao mais, desiludam-se: Sócrates só remodela à força. À força das circunstâncias. O melhor é analisarem as circunstâncias e não Sócrates.
(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)
Sem comentários:
Enviar um comentário