Vêm aí eleições. São as legislativas de 2009. Na entrevista desta semana à SIC o Primeiro-Ministro deu o tiro de partida para a campanha eleitoral de 2009 ao anunciar que a grande novidade do Orçamento para 2008 será o aumento do investimento público. Com o país já em férias, mergulhado em dificuldades, o PS optou por jogar pelo seguro e mudar de azimute.
José Sócrates acredita que o país real lhe perdoará tudo: a incompetência de alguns dos seus ministros, as trapalhadas da engenharia, as cartas de Manuel Alegre, as vaias, as entradas pelas traseiras, os processos disciplinares, a perigosa obsessão com a concentração de poderes que vão dos serviços de informações à criação de fundações. E que esse país, que zurze nas costas mas quer sossego, na hora certa lhe renovará a maioria absoluta.
Não basta ao PS o estado comatoso da direita geométrica, intimamente convertida ao estilo autoritário e ideologicamente descontente pela esquerda do PS com as políticas do Governo. É preciso cilindrar.
Ora, este anúncio é a melhor demonstração como só na aparência o país está a ser governado como deve ser no domínio das políticas substantivas. Na hora do aperto Sócrates mostra a sua natureza socialista e lança mão da solução tantas vezes experimentada e tantas vezes falhada de resolver os problemas da economia: o investimento público.
No fundo a receita é sempre a mesma: “falem os jornais o que falarem lá estarei eu para inaugurar os chafarizes e cortar fitas” (sem ofensa aos meus amigos do blogue com o mesmo nome). Seja o PSD seja o PS seja o CDS que estejam no Governo, a receita tem sido sempre aplicada. Aumento de impostos primeiro, aumento do investimento público depois, segundo a ilusão de que o Estado é que manda na economia.
Ora, sucede que, como tenho defendido, nada do que tem sido feito tem a ver com a solução estrutural dos problemas, mas apenas com a maquilhagem desses problemas. Sócrates não quer resolver a crise do modelo social, quer apenas resolver o problema de tesouraria do modelo social. A isto chama-se apenas adiar o inevitável.
Como sempre, quem vier atrás que feche a porta.
O problema é que a falta de alternativa visível parece reforçar aos olhos os eleitores uma espécie de necessidade de manter Sócrates no poder. À direita neste momento, o melhor mesmo é esperar que alguém decida fazer a rodagem do seu carro novo.
José Sócrates acredita que o país real lhe perdoará tudo: a incompetência de alguns dos seus ministros, as trapalhadas da engenharia, as cartas de Manuel Alegre, as vaias, as entradas pelas traseiras, os processos disciplinares, a perigosa obsessão com a concentração de poderes que vão dos serviços de informações à criação de fundações. E que esse país, que zurze nas costas mas quer sossego, na hora certa lhe renovará a maioria absoluta.
Não basta ao PS o estado comatoso da direita geométrica, intimamente convertida ao estilo autoritário e ideologicamente descontente pela esquerda do PS com as políticas do Governo. É preciso cilindrar.
Ora, este anúncio é a melhor demonstração como só na aparência o país está a ser governado como deve ser no domínio das políticas substantivas. Na hora do aperto Sócrates mostra a sua natureza socialista e lança mão da solução tantas vezes experimentada e tantas vezes falhada de resolver os problemas da economia: o investimento público.
No fundo a receita é sempre a mesma: “falem os jornais o que falarem lá estarei eu para inaugurar os chafarizes e cortar fitas” (sem ofensa aos meus amigos do blogue com o mesmo nome). Seja o PSD seja o PS seja o CDS que estejam no Governo, a receita tem sido sempre aplicada. Aumento de impostos primeiro, aumento do investimento público depois, segundo a ilusão de que o Estado é que manda na economia.
Ora, sucede que, como tenho defendido, nada do que tem sido feito tem a ver com a solução estrutural dos problemas, mas apenas com a maquilhagem desses problemas. Sócrates não quer resolver a crise do modelo social, quer apenas resolver o problema de tesouraria do modelo social. A isto chama-se apenas adiar o inevitável.
Como sempre, quem vier atrás que feche a porta.
O problema é que a falta de alternativa visível parece reforçar aos olhos os eleitores uma espécie de necessidade de manter Sócrates no poder. À direita neste momento, o melhor mesmo é esperar que alguém decida fazer a rodagem do seu carro novo.
(publicado na edição de hoje do Semanário)
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