terça-feira, abril 08, 2008

(2562) O ARTISTA PORTUGUÊS

José Sócrates surgiu hoje de surpresa no encerramento de uma sessão com cerca de 500 funcionários públicos da área da justiça para agradecer o «esforço» até agora feito no desenvolvimento do SIMPLEX. Hoje mesmo, dia em que o secretário de Estado do ramo visitou, sem surpresa mas com direito a painéis de propaganda sobre as medidas do Governo adequadamente instalados para a ocorrência, o Tribunal de Tomar, o equipamento de gravação de uma das salas de audiências teimava em trocar as voltas à esforçada funcionária que desesperadamente tentava colocar tudo em ordem. O Juiz aguardava, os advogados aguardavam, as testemunhas aguardavam, as partes igualmente. Sugeri, oh temeridade!, que se metesse uma cunhazita ao oportuno governante para arranjar umas coisas mais modernas para gravar as audiências. Seria esta sim uma boa, porque útil surpresa. Nem de propósito, a gravação do depoimento de uma testemunha falhou. Sem se saber como, a gravação da parte da identificação da testemunha evaporou-se. Lá repetimos tudo, até porque a testemunha, por sortilégio, ainda não tinha abandonado o edifício do Trbunal. De contrário lá se teria de mobilizar a parafernália judiciária para outro dia. Desconheço se alguém se atreveu a seguir a minha sugestão. Mas não desconheço que surpresas como a que José Sócrates fez hoje a 500 funcionários públicos vão intensificar-se nos próximos meses. Até às eleições, claro. Definitivamente, estamos em manobras. À Madeira é que Sócrates não vai e surpresas mesmo queríamos bem outras.

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