sábado, fevereiro 23, 2008

(2300) UM MINISTRO NASCEU

Foi preciso umas cheias para o Governo passar a ter mais um ministro. Refira-se, apesar da tragédia de dois mortos e inúmeros prejuízos materiais que destruíram vidas inteiras de trabalho esforçado e dorido, umas cheias que ao pé de outras noutros pontos do globo (Moçambique, por exemplo, estão a ver?) foram uma pequeno acidente do clima.

Ora bem, no preciso dia da intempérie veio um ministro decretar que Portugal já não tem problemas de ordenamento do território. Ficou mais conhecida a sua declaração sobre a culpa das Câmaras, que posteriormente tentou emendar, após um puxão de orelhas em directo de José Sócrates, quando, qual Marcelo Rebelo de Sousa de si próprio comentava a sua própria entrevista à saída da sua própria entrevista na SIC.

Mas o dislate sobre as Câmaras foi o menos. Grave mesmo foi a revelação sobre o ordenamento do território. Grave porque significa que, além de termos ficado a saber que há mais um ministro, ficámos também a saber que ele não está a fazer nada para resolver os problemas do ordenamento do território, os quais considera estarem resolvidos.

Um ministro nasceu. Dizem que é do Ambiente e, pasme-se!, do Ordenamento do Território. Mas nasceu torto. E como diz o povo, o que nasce torto, tarde ou nunca se endireita.
(publicado na edição d eontem do Democracia Liberal)

1 comentário:

António de Almeida disse...

-Só se Nunes Correia considera ordenamento territorial, colocar o território ás ordens de pato-bravos, elefantes brancos, tubarões e toda a fauna que prolifera em terras lusas.