Já não ia às Varas Criminais de Lisboa, vulgo Tribunal da Boa-Hora, desde o ano passado. Ou seja, desde a idade das trevas, em que Portugal vivia intoxicado de nicotina por todos os lados. O dia estava calmo para o que já lá apanhei. Permitiu-me esse alívio, dedicar-me a alguns pormenores da instalação. E foi assim que percebi que no claustro, o qual confina directamente com a atmosfera exterior, só se pode fumar num bocadinho de ar livre. Tanta competência delimitadora do ar livre enterneceu-me. Mas rapidamente percebi que a emoção apenas tinha começado. Ao dirigir-me ao corredor da sala de audiências da 3ª Vara, corredor que, diga-se, se distende por uns parcos 12 metros de comprido, mais coisa, menos coisa, deparei-me com 8 (oito) avisos de proibição de fumar colados nas paredes. E percebi como naquele Tribunal se combatem militantemente as deficiências oftalmológicas dos cidadãos. Ainda se queixam da política de Correia de Campos...
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