Ao contrário do que o alívio dos lisboetas em não terem de votar outra vez numas eleições autárquicas reincidentemente antecipadas pode superficialmente induzir, não está resolvido o problema da dívida astronómica da Câmara Municipal de Lisboa que a irresponsabilidade de PS, de PSD e de CDS criou e alimentou nos últimos anos. Apenas mudou o credor. Em vez de uma miríade de empresas e de pequenos fornecedores cruelmente explorados até agora por autarcas sem escrúpulos, agora é a banca que vai “fiscalizar” a gestão municipal.
Resolveu-se o que era urgente. Só para se ter uma ideia a loucura em Lisboa chegou ao ponto de se deverem aos 5.000,00 de jornais a papelarias e a comida encomendada para as reuniões tardias a quem a fornecia. Falta resolver o que é importante. E o que é importante, na Câmara Municipal de Lisboa como noutras Câmaras e no Estado, é perceber que quem não tem dinheiro não tem vícios. Consequentemente, é a estrutura da despesa pública municipal que tem de mudar para a diminuir. Será que a necessidade de ter votos o permitirá? Não estou optimista.
(publicado na edição de hoje do Democracia Liberal)
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