José Sócrates há-de voltar do seu deslumbramento europeu, depois dos inúmeros feitos históricos que tem anunciado ao mundo em português vernáculo e com champanhe. E quando voltar atrevo-me a pensar que encontrará certamente mais feitos históricos do seu Governo que achará certamente porreiros. Um deles será obviamente a descida do défice do Estado. O problema é que a história não disfarça nem engana. A descida do défice tem-se feito à custa do aumento da receita e não da diminuição da despesa. A despesa do Estado não desce, a reforma da administração pública não pode avançar porque em 2009 há eleições e tudo vai ficar na mesma. O que significa que quando houver outro aperto voltaremos à estaca zero. E isto, sim, é verdadeiramente histórico. Mas pela negativa. Que a história não é só felicidade e coisinhas boas.
(publicado na edição de hoje do Democracia Liberal)
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