Ao Miguel Carvalho e ao Paulo Antunes: não mudei de argumento. Acrescentei outro. A irracionalidade económica desta medida resulta directamente do excesso de impostos. Claro que para um socialista o excesso de impostos é uma coisa desejável e eu diria até inevitável. Para quem acredita na economia de mercado, eles prejudicam-na, porque adiam os problemas em vez de os resolverem. Eliminam poupança, dificultam o investimento reprodutivo, logo, dificultam a criação de emprego e o aumento da riqueza. E este é o caminho que eu penso que traz mais progresso à sociedade. E a economia faz sempre o seu caminho. Há exemplos históricos que o demonstram. Quanto à propriedade privada claro que já sabemos como ela é desprezada pelo Estado e maltratada pelo fisco. O proprietário em Portugal, seja de um reles automóvel, de uma casa ou de um terreno existe para pagar pelo que tem, de preferencia até não ter nada. O Estado é guloso e a sociedade é invejosa. A fiscalidade automóvel e a fiscalidade na habitação são bons exemplos de voracidade fiscal. No fundo o miserabilismo ancestral e a crónica dependencia do Estado para tudo inveja que tem alguma coisa de seu. O melhor mesmo é torturá-lo, se necessário com impostos. O ideal seria mesmo pagar cem vezes a mesma coisa. Só que isso é injusto. Pelo menos para mim. E só por mim falo. Mas está certo: o socialista ganhou, o socialista governa, o socialista taxa, o socialista gasta, o socialista faz pela sua vida de socialista. Os cidadãos, se quiserem, que façam pela vida, nas próximas eleições. Depois não se queixem.
(publicado em O Carmo e a Trindade)
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