O director do Público revelou hoje à saída da sua audição na Entidade Reguladora para a Comunicação Social, que ele, José Manuel Fernandes, não foi alvo de pressões do gabinete do Primeiro-Ministro, mas que a jornalistas do Público foram feitas alusões a eventuais processos judiciais se publicassem notícias relacionadas com a forma como o Primeiro-Ministro, quando humilde deputado da oposição, se transferiu para a Universidade Independente e adquiriu as suas habilitações. Esta espécie de coacção judiciária sobre a informação revela bem a forma como nos bastidores o poder socialista actua. E revela muito má consciência sobre o fundo da questão. Quem está tranquilo não ameaça, age. A gravidade deste episódio permite destapar um bocadinho de um véu daquilo de que se suspeita que acontece mas que ninguém tem coragem para denunciar. Aguardam-se, então, os processos. Não resta outro caminho a José Sócrates, se não quiser aumentar os danos provocados por este episódio.
(publicado na edição de hoje do Democracia Liberal)
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