José Sócrates parece que se vangloriou, referindo-se à aberrante lei da paridade e à aberrante liberalização do aborto, de ter deixado marcas de esquerda no país, como espécie de taça devida por um campeonato que só pode ter disputado com o PCP, com o Bloco e com António Guterres, únicos termos de comparação diponíveis no mercado político. É estranho que um político de esquerda deste gabarito e palmarés use a palavra marca para dizer o que disse. Talvez se esperasse uma nomenclatura também ela mais de esquerda, como causas, conquistas ou irreversibilidades. Mas até na faladura José Sócrates deixa a sua marca de imagem. Mas a bem da verdade, José Sócrates devia ter também enumerado todas as marcas de esquerda que vêm desde 1975 e que recusa desmarcar. Porque o passivo do país são as marcas que ele encontrou, acrescidas daquelas que acaba de lhe acrescentar. Assim é que é fazer contas bem feitas. Seja com mais duas marcas ou com menos duas marcas, o desastre em que o país está transformado, para orgulho e gáudio do secretário-geral, é um país de marcados. Mas é mais pela desgraça de ter Sócrates a mandar. Como um dia se verá.
domingo, março 18, 2007
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1 comentário:
OI Jorge
Este é um comment autofágico. Só para te pedir trocar o link pro meu blog nesse seu post. Agora é:
http://novasinapse.com/2007/02/16/web-20-tecnologia-marcas-ou-pessoas/
Falow. Alexandre.
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