Aparentemente o país não dá muita importância ao facto de José Sócrates pretender centralizar no seu mando a coordenação de TODAS as polícias e TODOS os serviços de informações, de uma forma que nunca aconteceu em Portugal. O Primeiro-Ministro, como os jornais têm demonstrado até à náusea panegírica, apesar de feroz, é um político inofensivo. Bonzinho, cheio de virtudes, repleto de bom gosto, a rebentar de eficácia pelas costuras de um partido de tótós inúteis transformado num mero acaso instrumental. Um vazio, como se vê. Pois o país faz mal, muito mal. Num Governo possuído pela filoxera da informação única sobre toda a gente, documentos, cartões, bases de dados, tudo único, esta centralização é o maior perigo que a liberdade dos cidadãos corre de há muitos anos para cá. O perigo vem justamente de não se perceber a tempo, de não se ligar a tempo. Um dia que o país acorde será tarde, porque o Big Brother saberá que ele vai acordar antes dele acordar e administrar-lhe-á outra pastilha para dormir. Talvez com outro Primeiro-Ministro que, sem qualquer dúvida será igualmente inofensivo, bonzinho e eficaz. E não me venham com a conversa da eficácia. Ela é necessária e faz-se com cruzamento de informação das polícias, mas dispensa bem um óculo indiscreto em São Bento. Caramba, num partido como o PS, que sempre se arvorou o campeão das liberdades públicas, como é possível não haver uma alma, uma só, nem Manuel Alegre oops!, que seja capaz de ousar levantar a voz?
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3 comentários:
Em acordo total. Nunca se viu assim a comunicação social tão servil e idiota mesmo.
Instrumentalizada além de qualquer recuperação. O Marcelino ainda conseguiu fazer com que um lá esptasse que o governo do Sóquinhas arranjou 2773 boys nestes mesitos, mas tb deve ser questão de dias até lhe começarem a apertar o pipo.
São todos uns sisis.
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