quarta-feira, fevereiro 21, 2007

(555) A MADEIRA

A demissão de Alberto João Jardim é, apesar de tudo, um facto interessante. Mostra várias coisas. Primeira: na Madeira o PS não existe nem tem um líder alternativo para a chefia do Governo Regional. Segunda: com o continente farto de assistir ao escandaloso endividamento regional tipicamente socialista, que é a maior contradição entre o discurso e a prática de Alberto João Jardim, as próximas eleições regionais acabarão por fortalecer a posição de Sócrates no país, que o passará a ver como o político que não teve medo de enfrentar a chantagem orçamental recorrente de Jardim. Todos ficam felizes. Um porque refresca a legitimidade para poder continuar a falar e ganha mais uns anitos de mandato. O outro porque vê reforçada a sua imagem. O resto é estilo e feitios, ou seja, imagem e psicologia. A vida, essa, continua.

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