Amanhã, o Parlamento português gastará uns 2, 3, 4, 5 minutinhos a debater uma petição da Nova Democracia contra a construção do aeroporto da Ota. Convém, entretanto, dispôr de alguns auxiliares de memória: Crime. Atentado à economia. Pouco ajuizado.
quinta-feira, janeiro 04, 2007
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3 comentários:
O Sol de 18Nov dá-nos duas opiniões substantivas: Girão de Oliveira (ex quadro do Conselho Superior de Obras Públicas e Transportes) e Pompeu Santos (vice presidente da Associação Internacional de Pontes e Engenharia de Estruturas). Do último: “Rede TGV: Evitar o Desastre”. Economizemos espaço não os repetindo, mas relevando a experiência profissional de ambos.
Boletim da Associação da Força Aérea Portuguesa, Set04 – general engenheiro aeronáutico Kol de Carvalho, referindo a conferência do general Krus Abecasis na Sociedade de Geografia (Dez03): “A iminência do desastre técnico e económico” quanto à perspectiva da solução Ota. E que conclui, sem se alongar sobre o projecto TGV: “Abyssus Abyssum Invocat” (o abismo chama o abismo). E informa, entre outras: «volume a escavar e transportar (de terras)...equivalente a um muro de 10 metros de altura com 10 metros de base e 500 Km de comprimento»!
Outra achega:
Engenheiro Arménio Matias, presidente da ADFER: “Da comparação das quatro opções consideradas, conclui-se:
Da análise global de um conjunto de aspectos objectivos, a melhor opção é Montijo B e a pior a Ota; No aspecto operacional a melhor opção é o Rio Frio a e a pior a Ota; Na perspectiva da engenharia a melhor é Montijo B e a pior a Ota; No aspecto ambiental a melhor é Rio Frio e a pior é Montijo A; Na perspectiva da acessibilidade a melhor é o Montijo A e B e a pior Rio Frio; No aspecto do esforço financeiro nas infra-estruturas e da própria TAP a melhor é Montijo B e a pior a Ota; Na perspectiva da operação simultânea com a Portela e dos investimentos inerentes a melhor solução é o Montijo B e a pior a Ota.
Conclusões da ANA de 1994, esmagadoras para a decisão do governo em 1998, que, com base no risco de colisão com aves, conduziu à precipitada escolha da Ota”
Fatalidade portuguesa (?): ter de concluir do valor do anterior regime neste campo, quando no início da década de 70 o Gabinete do Novo Aeroporto de Lisboa optava pela solução Rio Frio?
Obs: Acessibilidade indicada na solução Rio Frio - contariam já com a ponte Vasco da Gama? Junte-se-lhe uma nova ponte ferroviária para Lisboa.
Decisão do Governo (1998) - informação pública da decisão na TV: dois ministros, o da tutela, e a do ambiente, para lhes aumentar a coragem, reduzindo a responsabilidade!
O deslocamento do NAER para a Ota, merece por certo os aplausos das autoridades de Madrid e os agradecimentos da cidade de Badajoz.
PS: se com este estudo comparativo, se opta pela pior solução, nada, mesmo nada a fazer.
Com o regime.
E para terminar:
Uma visão integrada (?): Aeroporto Rio Frio/TGV Lisboa-Madrid (ou mesmo Porto) – plataforma Alcochete/Rio Frio: imensidão de terrenos disponíveis, parcialmente do Estado e fáceis de trabalhar para solução de conjunto: um grande pólo aeroportuário e ferroviário – grande Lisboa, Sines, Tróia e Alqueva.
Do presidente da ADFER: «mandariam o bom senso e a defesa do interesse nacional...»
Por muito que custe ao governo do nosso PM, pior do que perder a face, é persistir no erro, sendo próprio da Democracia saber perder. Não alimentando sequer a suspeita de interesses superiores ao “Interesse nacional».
Razão pela qual, alem de hipótese de O Sol, este bilhete segue igualmente para o senhor PR. Admitindo que o PR, mais do que uma peça do ‘sistema ’ e dos comportamentos que alimentaram «o monstro» que nos conduziu ao presente, possa como último recurso, garantir de facto o “Interesse nacional”.
BM, com serviço prestado na BA2 (Ota) e na zona de Alcochete/Rio Frio
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