terça-feira, outubro 23, 2007

(1824) COMEÇOU A ARROGÂNCIA

«Quero dizer a todos aqueles que têm dúvidas sobre o Tratado e sobre a capacidade da Europa: por favor, acordem para a realidade! O Mundo já disse qual foi a sua conclusão sobre o Tratado: a Europa ficou mais forte», disse José Sócrates. Senhor Primeiro-Ministro: pode indicar-me por favor onde fica o guichet do Mundo e já agora se tem delegação em Lisboa e quem é o seu porta-voz? O pior sintoma da degenerescência política é o deslumbramento. Estava eu para aqui a coleccionar discordâncias do Tratado e eis que, brutal, a verdade me é revelada: estou, afinal, a dormir. Pior: tenho o Mundo contra mim, porque parece está toda acordada e só eu durmo. Quanto não vale ter um José Sócrates perto de nós para nos lembrar que estamos em sonolência...

2 comentários:

António de Almeida disse...

-Um dia Kissinger afirmou, "Europa? com certeza, passem-me o telefone e digam-me o indicativo"! Que construção europeia é esta, em que basta inquirir na rua, pode até ser em Portugal, que nem é um país eurocéptico, se um cidadão se classifica como Português ou Europeu. E por cá a Europa goza de simpatia, porque a maior parte da população acha que é quem nos paga as obras, veremos se a simpatia continuará em alta quando a fonte secar! Uma união é feita de pequenos passos, e os mais simples são desde logo os que ninguém dá, como por exemplo a criação duma entidade policial em toda a U.E. para lidar com o crime, que face á mobilidade, é cada vez mais transnacional. Acaso isso consta do tratado? Por exemplo, o caso Maddie seria um bom exemplo para iniciar a construção europeia, duma europa mais segura para os cidadãos. Mas também eventuais terroristas da ETA que por cá se encontrem, podem nuestros hermanos vir cá buscá-los? Por mim, nada a opôr à construção europeia da funcionalidade e segurança dos cidadãos, em vez da Europa dos políticos, carreiristas e oportunistas.

Luís Bonifácio disse...

Nem Sócrates, nem Vital nem os outros politicos anti-referendo leram o Tratado. Ou se o leram não o entenderam (caso grave de iliteracia).
Ao recusarem o referendo estão a violar o próprio tratado