Conheço bons e maus professores. Por experiência própria de pai de um aluno do ensino básico. Da experiência que tenho tido, lamento dizer que há mais maus que bons.
Os professores voltaram a agitar-se. Não em defesa da qualidade do ensino, que muitos são incapazes de assegurar. Não em defesa dos interesses dos alunos, as principais vítimas do sistema de ensino que tem sido sustentado pelo PSD, pelo CDS e pelo PS, de onde podem sair com sucesso estatístico mas sem saber falar e escrever correctamente o português.
Os professores voltaram a agitar-se por razões exclusivamente corporativas. Quando se quer avaliar alguém em Portugal há sempre razões para ser contra, para adiar, há sempre um mas.
Infelizmente, o Governo não teve o cuidado exigível e deu o flanco, transformando uma boa ideia numa má política. A boa ideia é a de que é óbvio que é necessário avaliar os professores, principais responsáveis, para o bem e para o mal, do que se passa dentro de uma sala de aulas. A má política foi a forma desajeitada como tentou aplicar a ideia da avaliação, dando o flanco a críticas fáceis. Porventura, comprometendo no método a bondade da substância. Com o mau método que escolheu o Governo deu razões para ser contra a avaliação.
É verdade que milita a favor da ministra da Educação o facto de ter pela primeira vez em muitos anos atacado os inaceitáveis privilégios dos professores sindicalistas e de ter tentado introduzir medidas boas na vida das escolas. E isso paga-se. Paga-se na rua, em manifestações espontâneas formadas em autocarros gratuitamente disponibilizados pelas Câmaras Municipais do PCP para dar um passeio até às concentrações espontâneas.
Com Sócrates passámos do paradigma irlandês para o paradigma finlandês. Ora, acaba de se saber que no último relatório da OCDE sobre o desempenho dos alunos com 15 anos, a Finlândia atingiu, pela segunda vez, o primeiro lugar global, liderando nas Ciências e ocupando as segundas posições na Matemática e Conhecimento da língua materna. Na mesma listagem, Portugal ocupou, respectivamente, os 38.º, 31.º e 38.º lugares entre 57 países.
Isto é: mesmo com sucesso educativo à força de estatísticas e de transições de ano mentirosas, Portugal não se safa. E não se safará, enquanto a cultura dominante fôr a cultura do deixa andar em vez da cultura da exigência. Exigência para todos, a começar pelos professores. Ou não se lhe pode tocar?
Os professores voltaram a agitar-se. Não em defesa da qualidade do ensino, que muitos são incapazes de assegurar. Não em defesa dos interesses dos alunos, as principais vítimas do sistema de ensino que tem sido sustentado pelo PSD, pelo CDS e pelo PS, de onde podem sair com sucesso estatístico mas sem saber falar e escrever correctamente o português.
Os professores voltaram a agitar-se por razões exclusivamente corporativas. Quando se quer avaliar alguém em Portugal há sempre razões para ser contra, para adiar, há sempre um mas.
Infelizmente, o Governo não teve o cuidado exigível e deu o flanco, transformando uma boa ideia numa má política. A boa ideia é a de que é óbvio que é necessário avaliar os professores, principais responsáveis, para o bem e para o mal, do que se passa dentro de uma sala de aulas. A má política foi a forma desajeitada como tentou aplicar a ideia da avaliação, dando o flanco a críticas fáceis. Porventura, comprometendo no método a bondade da substância. Com o mau método que escolheu o Governo deu razões para ser contra a avaliação.
É verdade que milita a favor da ministra da Educação o facto de ter pela primeira vez em muitos anos atacado os inaceitáveis privilégios dos professores sindicalistas e de ter tentado introduzir medidas boas na vida das escolas. E isso paga-se. Paga-se na rua, em manifestações espontâneas formadas em autocarros gratuitamente disponibilizados pelas Câmaras Municipais do PCP para dar um passeio até às concentrações espontâneas.
Com Sócrates passámos do paradigma irlandês para o paradigma finlandês. Ora, acaba de se saber que no último relatório da OCDE sobre o desempenho dos alunos com 15 anos, a Finlândia atingiu, pela segunda vez, o primeiro lugar global, liderando nas Ciências e ocupando as segundas posições na Matemática e Conhecimento da língua materna. Na mesma listagem, Portugal ocupou, respectivamente, os 38.º, 31.º e 38.º lugares entre 57 países.
Isto é: mesmo com sucesso educativo à força de estatísticas e de transições de ano mentirosas, Portugal não se safa. E não se safará, enquanto a cultura dominante fôr a cultura do deixa andar em vez da cultura da exigência. Exigência para todos, a começar pelos professores. Ou não se lhe pode tocar?
(publicado na edição de hoje do Semanário)
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