segunda-feira, janeiro 21, 2008

(2082) CONTRA A CORRENTE

Desde há um ano que o aborto saiu de moda. Os políticos dormem descansados com o resultado do referendo. A esquerda fracturante engendra novas causas. Tudo está, pois, no seu lugar. Até o aborto clandestino continua no seu lugar. Muitos disseram e poucos ouviram durante a campanha do referendo que a liberalização do aborto até às dez semanas não acabaria com o aborto clandestino, como pretendiam os que defendiam a liberalização. Aí está. Quem quis ver, pôde ver ontem no telejornal da RTP 1, o ponto da situação. Os químicos, as casas, os desmanches, continuam o seu percurso, indiferentes ao Direito e indiferentes ao Ministério Público. A propósito: o Ministério Público ainda se preocupa com o crime de aborto, que é justamente aquele praticado em estabelecimento não autorizado ou o que é praticado após as dez semanas de gravidez?
Sobre o mesmo assunto, ver Gonçalo Moita, em O Cachimbo de Magritte.

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