"Porém, em matéria de referendo, ou seja, da exigência de referendo, convinha que fossem mais claros, dizendo, de uma vez por todas, que não querem a Europa. Mas ainda não vi nenhum com tomates para o fazer."
Eduardo Pitta, no Da Literatura.
A história da Europa nos últimos 50 anos foi feita de avanços e recuos. Mas sempre com os interesses dos Estados como pano de fundo. E assim continuará a ser. Esta afirmação de Eduardo Pitta, à moda de Vital Moreira e do maniqueísta "quem não é por mim..." surpreende-me. Mas ilustra bem, o espírito repugnantemente autista desta Europa. Não: não tenho de ser contra a Europa para para votar contra este Tratado. E, aliás, os portadores da caneta de prata sabem-no bem. E têm medo de o saber. Por isso têm pânico do referendo. porque, no fundo sabem, que os povos não querem esta Europa. Querem outra. Direito que pelos vistos não lhes é concedido pelos democratas da União, sob pena de correrem o risco de lhes chamarem capados. Francamente. Há pessoas de quem não esperam certos argumentos.
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