
Estava frio e nevoeiro. À hora do telejornal, eu estava com o Gonçalo Ribeiro da Costa à porta da Voz do Operário, em Lisboa,

onde haveria de realizar-se um comício da candidatura de Soares Carneiro, naquele dia 4 de Dezembro de 1980, quando a notícia veio. Ao princípio, não acreditei. Mas a incredulidade não durou muito tempo. Percebi logo que sobreviria um enorme vazio. Mas a tristeza chegou primeiro. Tantos anos depois, subsiste a vergonha. A forma como foram conduzidas as investigações sobre Camarate e a inoperância, nuns casos intencional, noutros casual da Justiça portuguesa constitui uma vergonha nacional.
Francisco Sá Carneiro Adelino Amaro da Costa
Sem comentários:
Enviar um comentário