Uma das notícias mais extraordinárias que li este fim de semana foi a de que o grupo Amorim terá elaborado um projecto de Decreto-Lei sobre a privatização da Companhia das Lezírias, na qual estava, aliás, interessado. Vem no Expresso (link para assinantes). O que é mais extraordinário é que o terá feito a pedido do então ministro da Economia do Governo PSD/CDS, dirigido por Durão Barroso, Carlos Tavares. Num país decente, isto não ficaria assim. Da ficção da sociedade civil em que vivemos e em que acreditamos para disfarçar a triste realidade em que vivemos, em que todos precisam do Estado por tudo e por nada, ninguém mexerá uma palha, com medo das represálias. Fica a vergonha de viver num país em que tudo é possível e sem consequência. Até as coisas mais típicas das tais repúblicas africanas e sul-americanas. Tudo de forma convenientemente amnésica, como convém ao bom nome de toda a gente. Estes são os intocáveis da Pátria. Quem zela pelo bom nome do Estado?
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