A propóito dos 150 milhões de euros que a RTP vai receber a título de indemnização compensatória:
"O que acontece em Portugal é, no entanto, idêntico ao que se passa nos outros países da União Europeia. Não somos uma bizarria. As televisões públicas existem, comem parte do bolo publicitário dos operadores privados (a preço de tabela, em Portugal, 60 milhões num universo de 388 milhões), dão um empurrãozinho aos partidos do governo e, ano após ano, subsistem e alimentam as suas clientelas particulares. No fundo, no meio de muito telelixo, fazem alguns documentários de qualidade e patrocinam uns poucos telefilmes de autor que, no limite, só servem um objectivo final: justificar, com o inevitável banho de pseudo-cultura televisiva, o ‘statu quo’ de uma classe de devoristas. Ou seja, só servem para disfarçar a indigência generalizada da sua programação."
André Macedo, no Diário Económico.
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