(Die Welt)
Existe actualmente uma espécie de Internacional Nómada composta por um bando de delinquentes que se distrai a andar pelo mundo inteiro a destruir coisas em geral e automóveis em particular e que evoluiu ontem para um grau superior de destruição: feriu 146 polícias alemães, dos quais 30 gravemente, na estância de Heiligendamm, onde de 6 a 8 de Junho se reúne o G8. Claro que este tipo de delinquência merece do politicamente correcto complacência e até mui sociológicas explicações. Mas a verdade é que se a violência que se exibe fosse, por exemplo, praticada por skinheads ou movimentos de extrema-direita provocaria uma agitação mediática que chamaria imediatamente a atenção para o perigo do radicalismo, do extremismo, da xenofobia e do racismo. Mas esta Internacional Nómada de párias profissionais da destruição e da delinquência, não é nada disso. Nada mesmo...
7 comentários:
Bem observado.
Análise espectacular.
Caro Jorge Ferreira,
Concordo plenamente que estes senhores não têm o direito de fazer isto, aliás fiz questão de críticar este tipo de atitudes também no meu blog. A única coisa que não concordo no seu post, é a comparação com o movimento skinhead, ambos são critícaveis e ambos têm que ser fortemente irradicados. Mas no nosso Portugal, a polícia investe sobre manifestantes anarquistas no chiado, ao mesmo tempo que o TC permite a existência de um partido de extrema-direita. Facto que é claramente proíbido pela constituição.
cumprimentos,
João Gomes
http://aquelaopiniao.blogspot.com
Quando vejo estes cidadãos (!) a destruir tudo à sua volta em nome de uma alternativa à globalização - que não têm - fico sempre com uma pergunta na cabeça: o que estariam a fazer estes cidadãos se não fizessem o que fazem graças à globalização?
Sim, é graças á globalização que têm ligações imediatas e permanentes com todo o mundo via internet, que têm dinheiro para viajar, que há aviões rápidos, que têm telemóveis para convocar manifestações, que têm acesso e compram tanto material propagandístico...
O Sr João Gomes não deve saber o que é "liberdade de expressão" que, por acaso, também está na constituição.
Caro Jorge Ferreira,
não são Skinheads, são anarcó-libertários, os mesmos dos incidentes no Chiado.
Por favor, veja este artigo na Wikipédia onde estão referidos as várias vertentes de anarquismo: http://pt.wikipedia.org/wiki/Anarquismo
Se reparar até existe o anarco-capitalismo: http://pt.wikipedia.org/wiki/Anarco-capitalismo
Cada uma destas tendências difere entre si; umas propondo o fim do Estado; outras, no oposto defendem a Democracia Plena num Estado de Direito.
Pessoalmente, apesar de não ter quer perfilhação partidária
sinto-me muito próximo da anarquia-liberal. O Estado deve continuar a existir, mas os conceitos, preconceitos, valores, esses devem tender a modificar-se de forma liberal, afastando paulatinamente todas essas vertentes que sejam de índole conservadora - sejam elas de esquerda ou de direita. Mas sempre dentro de um Estado de Direito Democrático. O que esses manifestantes querem é a anomia, a destruição total do Estado.
Os skins querem um Estado Nacionalista, também ele de Direito. Mas a sua *rebeldia* não é direccionada para estes eventos, pelo contrário, há confrontos com os anarcó-libertários.
Os Skins são contra o Comunismo, o Socialismo, o Trotskismo, o Liberalismo Económico e Político.
Defendem um Estado Autoritário baseado no ultra-nacionalismo e corporativista que, em princípio, fará a fusão entre o Estado Social e o Estado liberal.
Ambosarcó-liberais e Skins são contra a Democracia.
Posso só acrescentar uma coisa quanto ao q escreveu o PNR, dando-lhe razão.
O 46/4 da C.R.P. é uma norma constitucional inconstitucional, pelo seguinte: viola o princípio da igualdade previsto no artº 13º da CRP, ergo se existem partidos de extrema-esquerda, também devem existir partidos de extrema direita.
Permita-me discordar do argumento da liberdade de expressão. Vivemos em Democracia, não num País anárquico onde se pode dizer e escrever tudo. Existem deveres e direitos a respeitar, limites. Esses limites à liberdade de expressão estão previstos em alguns dipolmas penais - menos civeis -, em especial no C. Penal, e se alguém violar um desses princípios ou limites incorre numa ilicitude, crime.
Não posso injuriar ou difamar ninguém, se houvesse total liberdade de expressão podê-lo-ia fazer. O incitamento ao ódio, p. ex. tb. é crime.
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