Rui Pereira, o sucessor de António Costa no Ministério da Administração Interna, invocou hoje razões de «dever público» para justificar o abandono das funções de juiz do Tribunal Constitucional ao fim de mês e meio para desempenhar um lugar no Governo. Disse-o no Palácio de Belém, logo após ter sido empossado por Cavaco Silva, no seu novo cargo. Rui Pereira disse que «não podia defraudar a confiança depositada» pelo primeiro-ministro no exercício do cargo de ministro da Administração Interna e manifestou a convicção de que o TC «não ficará a perder» a sua saída. «A minha saída do lugar de juiz do TC não significa menor consideração por este tribunal», salientou.
A gente ouve e não acredita. A falta de respeito pelas instituições, mas sobretudo a falta de respeito pela inteligência dos cidadãos, atingiu o limite do ridículo. O Estado transformou-se numa girândola de ambições pessoais, que passam por cima de todos os compromissos. O senhor queria ser ministro e marimbou-se, em bom português é assim que se diz, para os compromissos que tinha entretanto assumido, mais precisamente há um mês. Por acaso fê-lo num Tribunal. O que se é grave em qualquer tipo de cidadão, num jurista é especialmente censurável. Desprestigia a Assembleia da República que o elegeu para o cargo, o Tribunal onde não chegou a aquecer lugar e o Primeiro-Ministro que o incitou, convidando-o, ao desrespeito pelos seus compromissos.
Invocar o dever público para justificar esta atitude é convocar a suprema lata para o debate político.
A gente ouve e não acredita. A falta de respeito pelas instituições, mas sobretudo a falta de respeito pela inteligência dos cidadãos, atingiu o limite do ridículo. O Estado transformou-se numa girândola de ambições pessoais, que passam por cima de todos os compromissos. O senhor queria ser ministro e marimbou-se, em bom português é assim que se diz, para os compromissos que tinha entretanto assumido, mais precisamente há um mês. Por acaso fê-lo num Tribunal. O que se é grave em qualquer tipo de cidadão, num jurista é especialmente censurável. Desprestigia a Assembleia da República que o elegeu para o cargo, o Tribunal onde não chegou a aquecer lugar e o Primeiro-Ministro que o incitou, convidando-o, ao desrespeito pelos seus compromissos.
Invocar o dever público para justificar esta atitude é convocar a suprema lata para o debate político.
(publicado hoje no Democracia Liberal)
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