Os socialistas portugueses de todos os partidos, do CDS ao Bloco de Esquerda, estão de parabéns. A Comissão Europeia calcula que o poder de compra dos trabalhadores por conta de outrem em Portugal registou a maior descida dos últimos 22 anos, durante o ano passado. De acordo com o relatório semestral divulgado esta semana, os salários reais portugueses caíram 0,9%. Por outro lado, e apesar disso, as empresas portuguesas continuam a não ganhar competitividade em comparação com a suas congéneres europeias, com as quais se batem nos países da União e nos mercados internacionais.
Portugal vai voltar este ano a ter a pior taxa de crescimento da economia de todos os países da União Europeia. Ao mesmo tempo, o país deverá ser o único membro da zona euro a manter um défice orçamental acima dos 3% do PIB, o limite autorizado pelos polícias financeiros de Bruxelas.
A tentação é zurzir o Governo socialista por estes paupérrimos resultados que farão como de costume sorrir o Primeiro-Ministro, embora não se perceba de que se ri ele. A verdade é que este resultado deve-se à acumulação de décadas de socialismo. Um socialismo despesista, gastador e abusador no Estado e ineficaz e improdutivo na economia.
A pesada factura está muito longe de ser paga e apesar das aparências continuamos no mesmo caminho, ou seja, a caminho do socialismo, como prescreve o preâmbulo da Constituição e cada vez mais pobres como é fatal que aconteça enquanto nos mantivermos na radiosa e prometedora estrada do socialismo.
A verdade é que continuamos a viver num Estado socialista que actua como se fosse a nossa mãe e o nosso pai: protege-nos, alimenta-nos e impõe-nos a escola, o hospital, o tribunal e a segurança social. Por isso as reformas de José Sócrates são uma ilusão, pois as funções do Estado continuam inalteradas.
Acresce que um dos mais perniciosos efeitos deste desvario é o de que continua a não existir liberdade de escolha para os cidadãos. Entre tantas “reformas”, o Governo continua a defender alguns grupos económicos existentes mas esquece-se de dar liberdade aos cidadãos: liberdade de escolher a escola que querem para os seus filhos, de escolher o hospital ou o centro de saúde onde possam ser tratados, o tribunal onde possam apresentar os seus processos, de escolherem para onde descontar o seu dinheiro quando pensam na sua reforma.
A oposição parlamentar não difere. Até o CDS se incomoda com as malfeitorias de pormenor feitas ao socialista Serviço Nacional de Saúde. E, para cúmulo, o PSD não vê melhor do que criar mais ministérios. Agora lembrou-se de um ministério novinho para as pequenas e médias empresas. Como se a despesa fosse pouca, como se não houvessem ministérios demais, como se os problemas da economia se resolvessem com ministros, secretários de Estado, assessores, adjuntos, motoristas, seguranças e secretárias. Se assim fosse, já os problemas da economia do mundo inteiro estariam há muito resolvidos. Como está bem de ver esta ideia brilhante do PSD mais não conseguiria do que angariar colocações a alguns putativos ministros do aparelho laranja.
Na essência, os problemas estão lá. Mais ou menos disfarçados conforme os ventos da economia europeia e mundial vão permitindo. Apenas isso. É pouco. Porque sendo assim, os mesmos problemas voltarão sempre.
Portugal vai voltar este ano a ter a pior taxa de crescimento da economia de todos os países da União Europeia. Ao mesmo tempo, o país deverá ser o único membro da zona euro a manter um défice orçamental acima dos 3% do PIB, o limite autorizado pelos polícias financeiros de Bruxelas.
A tentação é zurzir o Governo socialista por estes paupérrimos resultados que farão como de costume sorrir o Primeiro-Ministro, embora não se perceba de que se ri ele. A verdade é que este resultado deve-se à acumulação de décadas de socialismo. Um socialismo despesista, gastador e abusador no Estado e ineficaz e improdutivo na economia.
A pesada factura está muito longe de ser paga e apesar das aparências continuamos no mesmo caminho, ou seja, a caminho do socialismo, como prescreve o preâmbulo da Constituição e cada vez mais pobres como é fatal que aconteça enquanto nos mantivermos na radiosa e prometedora estrada do socialismo.
A verdade é que continuamos a viver num Estado socialista que actua como se fosse a nossa mãe e o nosso pai: protege-nos, alimenta-nos e impõe-nos a escola, o hospital, o tribunal e a segurança social. Por isso as reformas de José Sócrates são uma ilusão, pois as funções do Estado continuam inalteradas.
Acresce que um dos mais perniciosos efeitos deste desvario é o de que continua a não existir liberdade de escolha para os cidadãos. Entre tantas “reformas”, o Governo continua a defender alguns grupos económicos existentes mas esquece-se de dar liberdade aos cidadãos: liberdade de escolher a escola que querem para os seus filhos, de escolher o hospital ou o centro de saúde onde possam ser tratados, o tribunal onde possam apresentar os seus processos, de escolherem para onde descontar o seu dinheiro quando pensam na sua reforma.
A oposição parlamentar não difere. Até o CDS se incomoda com as malfeitorias de pormenor feitas ao socialista Serviço Nacional de Saúde. E, para cúmulo, o PSD não vê melhor do que criar mais ministérios. Agora lembrou-se de um ministério novinho para as pequenas e médias empresas. Como se a despesa fosse pouca, como se não houvessem ministérios demais, como se os problemas da economia se resolvessem com ministros, secretários de Estado, assessores, adjuntos, motoristas, seguranças e secretárias. Se assim fosse, já os problemas da economia do mundo inteiro estariam há muito resolvidos. Como está bem de ver esta ideia brilhante do PSD mais não conseguiria do que angariar colocações a alguns putativos ministros do aparelho laranja.
Na essência, os problemas estão lá. Mais ou menos disfarçados conforme os ventos da economia europeia e mundial vão permitindo. Apenas isso. É pouco. Porque sendo assim, os mesmos problemas voltarão sempre.
(publicado na edição de hoje do Semanário)
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