Algumas vozes respeitáveis têm tido nas últimas semanas palavras de esperança num novo ciclo do CDS. Compreende-se: para quem não está para se dar à trabalheira de tentar fazer algo de novo e com o PSD em cacos, resta o CDS. Hoje devem ter ficado esclarecidas essas vozes. Este CDS não é igual ao anterior, o que seria péssimo. É pior. A entrevista de Luís Guedes ao Expresso revela que o CDS é mais uma variante do PS, doutrinariamente estatista e socialmente desequilibrado e uma variante do Bloco de Esquerda nos temas fracturantes. E a fractura está exposta. A grande novidade da entrevista é a entrada do CDS no lobby gay.
"O Bloco de Esquerda e o PS trarão os seus temas fracturantes: os casamentos homossexuais e depois a eutanásia. Eu acho que as pessoas que não concordam com o casamento entre homossexuais e com a adopção por homossexuais devem tomar também uma posição. Ou são contra tudo, ou acham que a forma de prevenir um retrocesso social é dizer que em relação aos homossexuais e às escolhas que as pessoas fazem, é tempo de em Portugal se permitir a contratualização civil das relações entre homossexuais. Há um contrato civil para pessoas do mesmo sexo em tudo equiparável ao casamento, mas que não é o casamento que é gerador de família e que possibilita a adopção." Louçã, a ILGA, o movimento GLBT e tutti quanti ganharam o dia. Ainda os vamos ver todos a manifestarem-se pela causa.
3 comentários:
Trata-se de uma posição pessoal do entrevistado, que não vincula, de forma alguma, os seus correlegionários.
Pelo menos a mim, de certeza absoluta que não.
Vindo de quem vem não espanta.
«A grande novidade da entrevista é a entrada do CDS no lobby gay.»
Mas sabe bem que no seu tempo esse lóbi já tinha peso no Partido. Nunca houve foi coragem para então o denunciar.
E hoje é público e notório que o Grupo Parlamentar é disso exemplo.
Nomes? Nós sabemos, a comunicação social sabe.
Pode ser que agora Paulo Portas tenha coragem para se assumir.
E já reparou o interesse do Miguel Castelo Branco no CDS-PP por causa do "Direito de Tendência"?
Caro Jorge Ferreira, nunca diga que "não há bruxas"...
Enviar um comentário