quinta-feira, abril 26, 2007

(942) A ARRUAÇA

"Em comunicado, a polícia esclarece que «na rua do Carmo, quando (os manifestantes) desciam em direcção ao Rossio, elementos da PSP conseguiram abordar e agarrar um grupo que graffitava uma das paredes, sendo de imediato rodeados pelos restantes indivíduos que, no intuito de impedirem a sua detenção, agrediram os agentes com garrafas, paus e barras de ferro». Segundo a PSP, depois desta ocorrência houve um «incremento da agressividade dos manifestantes» e como consequência foram «de imediato» destacados reforços de Equipas de Intervenção Rápida e do Corpo de Intervenção. Ainda assim, segundo a polícia «os actos violentos» aumentaram tendo sido novamente atiradas garrafas, sacos de tinta e ferros. Através dos altifalantes das carrinhas policiais foi dada ordem de dispersão que não terá sido acatada e que, segundo o comunicado, «apenas resultou em mais agressões, agora com disparos de very light e com a preparação de cocktails molotov». (bomba incendiária feita com gasolina). Durante a marcha os jovens atiraram tinta para dentro de lojas. A Gardénia foi uma das atingidas. Ao PortugalDiário a empregada da loja explicou: «atiraram uma bola com tinta que deixou clientes, loja e roupa com manchas. Na altura não percebi qual a origem do protesto». Os manifestantes estavam de cara coberta com gorros e lenços e atiraram garrafas de vidro, pedras e agrediram os agentes com paus e barras de ferro. "
Esta civilizada manifestação de apoio ao 25 de Abril não mereceu até agora uma palavrinha de todos os que têm andado preocupados com a ameaça fascista. Aguarda-se mega-operação policial para investigar e deter os proprietários de tão democráticos instrumentos de luta revolucionária como barras de ferro e very lights.

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