"Ao longo destes oito anos, as mulheres que optaram por abortar não tiveram acompanhamento ou aconselhamento visando convence-las do erro da sua opção. Hipócrita e politicamente desonesta foi pois a posição de políticos que apelando ao Não apontaram o caminho de alternativas ao aborto. Temos o direito, e até o dever, de lhes perguntar: mas se existem, ou existiam, alternativas que razão impediu a sua adopção. Ou será que só o IVA para as fraldas, como tão enfaticamente foi referido por alguns conselheiros deste e do anterior presidente do CDS, é que mereceu destaque nos governos de Durão Barroso/Portas e de Santana Lopes/Portas? A vitória do Sim é pois também a tradução da inexistência de políticas alternativas, credíveis e palpáveis, por parte de governos constituídos por partidos maioritariamente defensores do Não. Paulo Portas e até Marques Mendes deveriam ter a noção de que sofreram uma pesada derrota, porque foi graças à sua ineficiência que os adeptos do Sim puderam convencer muitos portugueses. "
Manuel Monteiro, no Democracia Liberal
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