"Há em todas as esquinas máquinas de preservativos. Há em todas as farmácias espermicidas e pílulas do dia-seguinte acessíveis às pobres donzelas que, como dizia a rábula, "sabiam para o que é que iam; sabiam, mas iam". É tempo de acabar com a a velha estória das pobres meninas, criadas de servir, chegadas da província e abusadas pelo patrão lúbrico ou pelo magala. Este rebaixamento paternalista da mulher, encarada como objecto da fisiologia do instinto masculino, é insultuoso, porquanto as mulheres sabem perfeitamente fazer uso da sua sexualidade. "
Miguel Castelo Branco, no Combustões
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