segunda-feira, janeiro 22, 2007

(343) PELOS CAMINHOS DE PORTUGAL

O nosso país é um pitoresco do terceiro-mundo armado ao pingarelho. Morrem pescadores a quinze metros da areia de uma praia. Morrem cidadãos porque as ambulâncias não aparecem a tempo. Os bares das praias são engolidos pelos mares revoltos de Inverno. Por todo o litoral as ondas beijam de espuma casas, prédios e outras construções que nunca ali deviam ter sido permitidas. Portugal está transformado num Big Brother quotidiano de desgraça e decadência. Claro, a culpa é dos cidadãos. Quem tem culpa que haja marés vivas? Quem devia ter previsto que o mar entraria dunas adentro? Os cidadãos, sempre os mesmos algozes. O poder pode dormir descansado.

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