João Morgado Fernandes queixa-se que vivemos nisto. E o que é o nisto? Haver pessoal a queixar-se da propaganda do Governo e não criticar o acompanhamento em tempo real da visista de Cavaco silva à Índia no sítio da Presidência nos mesmos termos, ou seja, de que é propaganda. A afirmação só aparentemente faz sentido. Que cada político faça a sua propaganda, não é de estranhar e é mesmo legítimo. Que cada orgão de soberania faça a sua propaganda no seu sítio, idem aspas.
Sucedem, porém, duas coisas, essas sim relevantes: a perimeira é que o sítio do Governo na internet é de uma pobreza tecnológica e de conteúdos verdadeiramente incompatível para quem quer aplicar um Plano Tecnológico. Posso até esclarecer o João que subscrevi uma newsletter da Presidência do Conselho de Ministros vai para um ror de meses e que até agora recebi uma meia dúzia de emails, todos, aliás, com informação requentada e atrasada. Por mim, gostava mesmo de poder acompanhar as visitas do Primeiro-Ministro em tempo real. Creio que era muito pedagógico. Em tempo real, isto é, sem edição posterior.
A segunda, é que o problema com a propaganda do Governo, a meu ver, é a propaganda que é dissimulada em manchetes de jornais, alinhamentos de televisão e tratamento desequilibrado entre todas as correntes de opinião e não a que é feita directamente, já que é essa é sindicável e vê-se à vista desarmada. Talvez devesse o Eng. Sócrates voltar a contratar Diogo Vasconcelos para uma assessoria informática, já que José Magalhães parece andar atarefado noutras funções, não?
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